quarta-feira, 11 de junho de 2014

Em depoimento anônimo, segurança do STF diz que advogado estava embriagado

Fernanda Calgaro
Do UOL, em Brasília
Compartilhe5452,8 mil
 Imprimir Comunicar erro
  • Roberto Jayme - 6.ago.2012/UOL
    O advogado Luiz Fernando Pacheco durante o julgamento do mensalão em 2012
    O advogado Luiz Fernando Pacheco durante o julgamento do mensalão em 2012
Seguranças do STF (Supremo Tribunal Federal) que expulsaram nesta quarta-feira (11) o advogado do petista José Genoino do plenário, por ordem do presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa, disseram, em depoimento interno da Corte, que Luiz Fernando Pacheco estava "visivelmente embriagado" e teria dito que, "se tivesse uma arma, daria um tiro na cara do presidente".
Procurado pelo UOL para comentar o depoimento, Pacheco não atendeu às ligações feitas para seu telefone celular.
O advogado Luiz Fernando Pacheco acabou sendo retirado à força após subir à tribuna para pedir que o tribunal decidisse sobre pedido da defesa para que Genoino volte a cumprir pena em regime domiciliar.
"Como o advogado, visivelmente embriagado, alterou o tom de voz de maneira desrespeitosa, o presidente, suspendendo a sessão, ordenou sua imediata retirada do plenário", diz o relato divulgado pela assessoria de imprensa da Corte, sem identificar o nome do servidor.

 

E continua: "segundo depoimento do agente segurança que participou da ação de retirada do advogado, já fora do tribunal ele, visivelmente transtornado, teria dito que 'se tivesse uma arma, daria um tiro na cara do presidente'".
O registro, que é feito toda vez em que há alguma ocorrência fora do normal no tribunal, pode depois ser enviado ao Ministério Público Federal, à Polícia Federal ou permanecer apenas como um registro interno mesmo.
Barbosa, então, discutiu com Pacheco e pediu que se retirasse. Diante da insistência, o microfone do advogado foi cortado e Barbosa determinou aos seguranças do tribunal que o removessem do local.
Pacheco deixou o plenário protestando: "Eu pegarei Vossa Excelência também... por abuso de autoridade. (...) Isso é abuso de autoridade! Isso é abuso de autoridade", ao que Barbosa rebateu: "Quem está abusando de autoridade é Vossa Excelência. A República não pertence à Vossa Excelência e nem a sua grei [povo], saiba disso."
No final da tarde, por meio de nota, Barbosa disse que considerou "lamentável" o episódio. Segundo Barbosa, Pacheco agiu "de modo violento" e dirigiu "ameaças" contra ele.

Nenhum comentário:

Postar um comentário