quarta-feira, 30 de maio de 2018

Como o WhatsApp contribuiu para fragmentar os caminhoneiros

por Marina Gama Cubas publicado 30/05/2018 13h32, última modificação 30/05/2018 14h55
Pablo Ortellado explica que a multiplicação de grupos limitados a 256 usuários descentraliza o movimento e dificulta as negociações

Tomaz Silva / Agência Brasil
Caminhoneiro durante a greve
Boa parte da comunicação entre os caminhoneiros grevistas foi feita através do comunicador do Facebook
Na entrevista a seguir, o pesquisador alerta para o fato de que cada grupo do comunicador pertencente ao Facebook está limitado a apenas 256 usuários. Segundo Ortellado, isso contribui para fragmentar o movimento, pois não há uma plataforma central de distribuição de informações, o que leva muitos delas a demorar dias para serem repassadas. Essa característica também favorece a disseminação de fake news, diz.
CartaCapital: O uso das redes sociais vem se sofisticando em relação à organização de greves ou das mobilizações sociais?
Pablo Ortellado: A relação entre internet e mobilização sociais é algo que se fala desde os movimentos antiglobalização dos anos 90. Mas acho que a mobilização dos caminhoneiros tem uma característica específica. Ela ocorreu muito por meio do WhatsApp. Não só por ele, tem um pedaço acontecendo no Facebook.
Mas é uma relação entre o Facebook e o WhatsApp. Isso tem impactos na forma do movimento responder, porque o Whatsapp é uma rede privada e limita os grupos a 256 usuários, impedindo que as redes formadas sejam muito amplas. A organização fica fragmentada.
Essa característica explica, em parte, o fato de o governo ter feito rodadas de negociações com lideranças diferentes e não ter gerado um desmobilização imediata. O governo fez uma primeira rodada de negociação e achou que tinha feito o acordo, mas não foi o suficiente. Então apresentou outras mudanças, uma nova rodada e ainda seguimos com bloqueios nas estradas.
Leia também: Há algo em comum entre maio de 2018 e junho de 2013?
O uso das redes privadas e limitadas de WhatsApp cria estruturas de organizações mais horizontais e mais descentralizadas. Por isso estruturas mais verticais ficam desconectadas da estrutura viva e mais horizontal, como a dos caminhoneiros.
CC: Então diálogos e negociações ficam perdidos?
PO:
Fica muito difícil. Quando se está negociando com metalúrgicos, eles têm uma unidade de comando com quem se constrói o acordo. No caso dos caminhoneiros, a gente fala de uma categoria que já tinha várias associações de representação. Não havia uma unicidade. E além disso, nesse processo de mobilização ela produziu lideranças locais, quem tem a ver tanto com a dimensão continental do Brasil e da mobilização estar espalhada pelas redes de estrada do Brasil.
Tem um outro elemento: a comunicação por WhatsApp é muito mais lenta que a comunicação pelo Facebook. Um exemplo: por Facebook uma postagem pode ter repercussões imediata porque a rede comporta páginas e perfis com grande alcance. Algumas páginas políticas tem mais de 100 milhões de seguidores. Em poucas horas, aquela mensagem chega.
No WhatsApp isso não acontece justamente pelo limite da rede de 256 pessoas. Então para a informação começar a atingir milhões de pessoas ela tem que ir passando de grupo em grupo e isso demora dias. A dinâmica de difusão muito mais lenta. Acho que tudo isso contribuiu para a fragmentação desse movimento e dificultar a negociação.
CC: Nesse sentido, as mobilizações de 2013, que usou o Facebook, foi muito diferente com a do caminhoneiros?PO: Tem essa diferença porque no Facebook a comunicação viraliza muito mais rápido devido as páginas e perfis de grande alcance enquanto no WhatsApp não. Mas vale lembrar que esse processo da greve dos caminhoneiros tem dois processos sociais em paralelo. Tem o processo da categoria e tem o movimento de apoio aos caminhoneiros, que está inclusive muito engajado nos bloqueios da estradas. Os bloqueios não tem só caminhoneiros, tem população também. Eu passei por cidades no sul do país que tinha mil pessoas bloqueando a rua e não eram caminhoneiros, eram família. Naquela região eles estavam organizados pela página dos moradores da cidade, do Facebook. Eram famílias com crianças jogando futebol para bloquear a via.
CC: O senhor acredita que as redes sociais reforçam o comportamento de um espírito de manada?
PO: Acho que isso acontece… Não é qualquer coisa que viraliza. Ninguém tem o poder de escolher o que vai viralizar. Viraliza aquilo que toca em um determinado ponto, que move um sentimento de urgências nas pessoas.
Uma mobilização desse tipo ela é muito imprevisível. Ela começa muito devagar e de repente explode ao tocar em alguns pontos. Ela foi ressignificada. Não dá para ser construído voluntariamente. Teve gente que tentou fazer isso, mas é algo espontâneo.
CC: O movimento foi ressignificado e a partir daí vieram as fake news...
PO: Está cheio. Tenho dezenas de material a esse respeito. Chega mais fake news via WhatsApp. Há dezenas de coisas dizendo que intervenção militar está a caminho, supostos militares gravando áudio, supostos vídeos de militares. Os intervencionistas estão extremamente ativos, entrando nos grupo e se difundido. Tem uma campanha muito pesada.
Leia também: Grupo de caminhoneiros ignora acordo e pede intervenção militar na Paulista
CC: E que conclusão chega ao ver esse material nas redes?
PO: É engraçado. Vou te dar uma opinião porque não tem como ver o todo. Estou lendo o que está circulando. O meu sentimento é que não é uma demanda autoritária da parte da população. O apelo à intervenção militar está ligado ao sentimento anti-corrupção. A ideia de que o sistema político não consegue corrigir a si mesmo. Tiraram o PT, puseram a direita e viram que direita é tão ruim se não pior que a esquerda. Então vem a pergunta: “do sistema político, quem a gente vai por lá?”. Precisa vir uma solução de fora, mas essa solução não é necessariamente autoritária.
O apelo não é por autoridade ou suspensão por direitos democráticos. Ela é por combate à corrupção. Então ela não é um apelo antidemocrático. Claro que seu resultado é antidemocrático e as pessoas que estão explorando isso são abertamente antidemocráticas.
Segundo o levantamento que fizemos esta semana, há um número grande de postagens no Facebook articulando direito de voto e intervenção militar. As coisas são muito mais confusas do que a gente pensa. Vale a pena investigar mais. 

Gatinho angorá e Quadrilha se esmurram no Palácio

Moreira entra sem bater e deve usar o banheiro de porta aberta
publicado 30/05/2018
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Do Globo Overseas:

Crise mostra disputa de poder entre ministros do núcleo duro do Planalto


A crise deflagrada pela paralisação dos caminhoneiros evidenciou uma antiga disputa de poder no núcleo duro do presidente Michel Temer. Encarregado de pilotar a reação do Planalto ao levante dos caminhoneiros, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, deixou de fora das negociações o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, que não foi convocado para integrar o comitê de crise.

Contrariado, Moreira aproveitou a viagem de Temer ao Rio, na quinta-feira, dia em que a crise atingiu o ponto mais agudo, para retornar ao estado. O ministro, um dos mais presentes em todas as atividades do Planalto, só voltou a aparecer em Brasília na tarde de segunda-feira, durante a posse do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Ronaldo Fonseca.

— O Padilha não convocou o Moreira. Há uma guerra entre os dois desde o começo do governo, quando o Padilha virou ministro da Casa Civil e o Moreira ficou sem ministério — diz um auxiliar direto de Temer.

A crise entre a dupla agravou-se quando Padilha, então ministro mais importante do governo, enfrentou problemas de saúde, precisou se afastar e ainda envolveu-se em um embate com o amigo de Temer, o advogado José Yunes, que se disse “mula” do chefe da Casa Civil no episódio da suposta entrega de R$ 1 milhão da Odebrecht em seu escritório, em São Paulo.

Moreira aproveitou a fragilidade de Padilha para ganhar espaço. Depois de tornar-se ministro da Secretaria-Geral da Presidência, avocou para si o controle das verbas do setor de publicidade do Planalto e do programa Avançar — a versão de Temer para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) —, e ainda acumulou o controle da política de concessões do governo.

Desconforto no Planalto
Poderoso, Moreira passou a circular por Brasília e em agendas oficiais pelo país sempre acompanhado por uma equipe de jornalistas da EBC, a emissora de TV estatal. Padilha recolheu-se aos bastidores. Os dois passaram a alimentar desconfianças mútuas e o convívio tornou-se cada vez mais protocolar.

— Causava muito desconforto no palácio o hábito de Moreira de usar celular nas reuniões e de entrar sem bater no gabinete do Michel. Moreira nem usava gravata no palácio. Isso foi minando o Padilha, que já evitava conversas sigilosas com a presença de Moreira — conta um importante ministro de Temer.
Em tempo: sobre o gatinho angorá, favor consultar o ABC do C Af.
Em tempo2: "Eliseu Quadrilha" é como ACM se referia a Eliseu Padilha.
TV Afiada

Ao vivo: petroleiros em greve respondem a blogueiros

Ciro foca no elevador de cima

Benevides: fim da pejotização e taxar a herança e lucros e dividendos
publicado 30/05/2018
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Ao receber R$ 9 bi cada, sem pagar imposto, os Setúbal (E), Moreira Salles (D) e os Villela não devem votar em Ciro (Crédito: AE)

O Conversa Afiada reproduz do PiG cheiroso trechos de entrevista concedida pelo economista Mauro Benevides Filho, ex-secretário da Fazenda do Ceará e responsável pelo programa econômico de Ciro Gomes, pré-candidato à presidência pelo PDT, a Marta Watanabe e Ricardo Mendonça:
(...) Valor: Para acabar com a greve, o governo promete subvenção e diz que o resultado primário e o teto de gastos estariam garantidos neste ano. Não se sabe para 2019. O que um governo Ciro faria?
Benevides: Primeiro, questionar o teto de gasto. Os governantes não conseguem controlar pessoal nem Previdência. Então essa história de que a PEC dos gastos está controlando gastos não procede. Pessoal e Previdência vão aumentando. Como é que fica o teto? Cortam em investimento. O Brasil está no menor nível de investimento dos últimos 35 anos. Aí dizem: "olha, o Ciro quer afrouxar o teto dos gastos". Afrouxar? Quando eu tiro investimento eu forço que o controle da despesa seja feito lá em pessoal, em custeio ou Previdência.
Valor: Então a proposta é manter um teto de gastos, mas sem considerar investimento?
Benevides: Sim. Mas não por 20 anos, e aliviando em educação e saúde, que poderão subir mais que a inflação.
Valor: Então fica o que no teto?
Benevides: Pessoal, Previdência, custeio, os maiores gastos.
Valor: Mas esses gastos são obrigatórios. Vai parar de pagar aposentadoria?
Benevides: O plano de governo do Ciro só fica pronto no fim de junho. Todo mundo diz: "o ajuste fiscal é o primeiro alicerce da retomada do crescimento". O Ciro tem algumas propostas para deixar a carga tributária mais justa.
Valor: Qual é a proposta?
Benevides: Proponho reduzir Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, acabar com a "pejotização", que a aquisição de máquinas e equipamentos não tenha ICMS.
(...) Valor: E a redução do IRPJ?
Benevides: É calibrar o percentual. Estamos discutindo criar IR sobre distribuição de lucros e dividendos, que só o Brasil e a Estônia não têm.
(...) Valor: O senhor falou em acabar com "pejotização". Como será isso?
Benevides: "Pejotização" é assim: você me contrata, pessoa física; mas aí eu crio uma empresa e vou pagar 15% [de IR]. Na física seria 27,5%. É uma mera burla à contratação da pessoa física. Vamos acabar com isso.
Valor: Sim, mas como?
Benevides: Por lei, dizendo "acabou a pejotização".
Valor: Mas basta escrever?
Benevides: É assim que funciona. Criou, vai ser extinta. A lei criou essa possibilidade, a lei permitiu que contrate como pessoa jurídica. Vamos acabar com isso. Pessoa jurídica é, por definição, pessoa jurídica.
(...) Valor: E o imposto de heranças?
Benevides: Esse é estadual, com alíquota máxima de 8%. Mas 23 Estados cobram 4%. Pensamos em compartilhar com Estados e municípios. O Estado aumenta a alíquota de 4% para 12%, [a União fica com outros 12%]. Aí teria essa alíquota mínima de 24%, também com faixa de isenção.
Valor: Qual a arrecadação?
Benevides: Da ordem de R$ 38 bilhões. O total. E tem mais uma mudança importante.
Valor: Qual?
Benevides: Reduzir o imposto sobre consumo, que tem PIS/Cofins e tem o ICMS. Vamos criar o IVA, com cobrança no destino. Da carga tributária, que é de R$ 1,9 trilhão, R$ 1,45 trilhão é imposto sobre consumo, o mais regressivo. No imposto sobre propriedade, eu consigo cobrar só sobre o de cima. Portanto, o foco será cobrar no elevador de cima. Isso tem de ficar claro. "Ah, mas ele vai aumentar o imposto." Não. Vai abaixar uns, vai aumentar outros. E os outros serão para o elevador lá de cima. E tem um terceiro aí, que nós não falamos.
Valor: O que seria?
Benevides: Não vamos falar em CPMF, pelo amor de Deus. CPMF todo mundo pagava, era o imposto do cheque. Nós queremos tributar grandes movimentações financeiras. A ideia é criar um piso, de R$ 3 mil ou R$ 4 mil, que aí você tira 86% da população. A receita cai dos R$ 98 bilhões, considerando [alíquota de] 0,38%, para R$ 55 bilhões ou R$ 58 bilhões.
(...)

Caminhoneiro liberado de bloqueio desabafa: “estávamos desesperados”

Jordana Martinez
O depoimento de um caminhoneiro liberado de um bloqueio pela Polícia Rodoviária Federal evidencia que muitos profissionais estão sendo obrigados a permanecer na rodovia contra a vontade.
O registro foi feito por equipes da PRF que liberaram o homem na noite desta terça-feira (29), em Cascavel, na região oeste do estado. Dormindo no caminhão há dias, sem comida e coagido por um grupo que não teria nenhum vínculo com a categoria, ele desabafou:
“Estou desde segunda aqui. Eu agradeço, vocês são uns anjos de Deus, porque nós estávamos desesperados. Ontem à noite eu fiz uma postagem para minha esposa de que nós iríamos reunir um grupo aqui e enfrentar esses caras. Nós iríamos morrer ali, mas nós iríamos enfrentar. Deus não deixou… ela falou que iria orar e que Deus iria providenciar”, disse.
Segundo o caminhoneiro, a grande maioria teria deixado a estrada desde segunda, se não fossem as ameaças.

“Os que estão aqui embaixo, todos querem ir embora, mas muitos tem medo de falar, né”, afirmou.
A Secretaria de Segurança Pública informou que Polícia Civil irá investigar e identificar a movimentação de grupos que estejam impedindo o fim da paralisação dos caminhoneiros. Para o secretário de segurança, Júlio Reis, o caso pode ser caracterizado como cárcere privado.
“Demanda uma investigação até da Polícia Civil por diversos crimes, até eventual crime de cárcere privado para aqueles casos em que (os caminhoneiros) queiram trabalhar e estejam sendo impedidos de sair devido a outros interesses naquele local. “, disse Reis.
O gerente comercial de uma das distribuidoras de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, afirmou ao Paraná Portal que as ameaças se repetiram nos últimos dias. Com medo de represálias, ele preferiu não ser identificado, mas fez a denúncia:
“Alguns núcleos se infiltraram e, agora, com essa bandeira de intervenção militar, essa manifestação se dá de uma maneira bastante truculenta, bem marginal mesmo. Não há uma conversa, é cerceado o direito de ir e vir do profissional. Ele é coagido, é abordado de maneira, até certo ponto, violenta”, afirmou.
“Com que direito que um civil, uma pessoa qualquer, desprovida de qualquer direito de polícia, pode abordar um veículo seja qual for, um caminhão pequeno ou grande, parar o indivíduo, pedir nota fiscal, e se o caminhão estiver indo para uma empresa, ser impedido de seguir”, desabafou.
A Polícia Rodoviária Federal explica que, em caso de o caminhoneiro estar no bloqueio impossibilitado de sair, coagido por outros motoristas, deve acionar a PRF pelo 191. Nesta quarta-feira (29), 10º dia de paralisação, o Paraná tem 159 pontos de interdição nas rodovias estaduais e 107 em estradas federais.

De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Autônomos (CNTA), Dilmar Bueno, que representa 120 sindicatos de todo o país, os bloqueios de rodovias já não são mais dos caminhoneiros.  Ele denunciou a “infintração” de pessoas “alheias ao movimento” que tem “interesses difusos”.
“Não existe um dono da categoria. A categoria instaurou o movimento de forma independente até um determinado momento sob orientação das entidades sindicais que estão debaixo do guarda-chuva da confederação. Agora, em função da expressão do movimento dos caminhoneiros em nível nacional, começou uma invasão de pessoas alheias aos interesses dos caminhoneiros. Recebemos a informação de que caminhoneiros, com necessidade de ir embora, estão sendo impedidos”, afirmou Bueno.
Apesar de afirmar que o movimento organizado pela categoria acabou, o presidente da CNTA não deu garantias de que a orientação das lideranças signifique o fim da greve.
“Garantias, ninguém pode dar. Não existe esse Deus na nossa categoria. É um pedido e uma orientação da Confederação”, afirmou.
Logo após a coletiva, a CNTA divulgou uma nota que parabeniza as conquistas da categoria mas chama atenção para o desgaste desnecessário que começa a ocorrer em todo o país. “Tudo que foi conquistado até agora, como a boa imagem da categoria perante a população e as reivindicações atendidas, correm o risco de se perder. […] Entendemos que daqui para frente só haverá prejuízo aos caminhoneiros, de modo que a CNTA e todas as entidades sindicais de sua base, pedem a compreensão pelo fim da paralisação”.
O superintendente da PRF no Paraná, Adriano Furtado, afirmou que não houve interdições totais de rodovias federais no estado e que a PRF acompanha a paralisação do segmento de cargas, mas que os caminhões não podem parar no acostamento.
Jordana Martinez
Profissional multimídia com passagens pela Tv Band Curitiba, RPC, Rede Massa, RicTv, rádio CBNCuritiba e BandNewsCuritiba. Hoje é editora-chefe do Paraná Portal.


Paulinho da Força vai em cana

Jovair é o canalha que relatou o impeachment da Dilma
publicado 30/05/2018
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Jovair lê o relatório que pede aos canalhas para derrubar uma presidenta honesta (Créditos: Valter Campanato/Agência Brasil)

Da Fel-lha:

Deputados Paulinho da Força, Jovair Arantes e Wilson Filho são alvo de ação da PF


A Polícia Federal deflagrou nesta quarta (30) operação para desarticular organização suspeita de fraudar a concessão de registros sindicais no Ministério do Trabalho. ​Segundo fontes com acesso às investigações, entre os alvos estão os deputados federais Paulinho da Força (SDD-SP), Jovair Arantes (PTB-GO) e Wilson Filho (PTB-PB), cujos partidos controlam a pasta.

(...) Por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), estão sendo feitas buscas nos gabinetes dos congressistas e no ministério, em Brasília, além das sedes dos partidos e de centrais sindicais. Paulinho lidera a Força Sindical. (...)

Na petição enviada ao STF, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apontou a existência de um esquema criminoso estruturado em cinco núcleos de atuação: administrativo, político, sindical, captador e financeiro.

Ela explicou que pagava-se R$ 4 milhões pela liberação de um único registro sindical. Desde 2017, parte dos integrantes do grupo criminoso responde a uma ação por improbidade administrativa em andamento na Justiça Federal, em Brasília. (...)
Em tempo: Paulinho da Força também é conhecido, no ABC do C Af, como Pauzinho do Dantas.
Em tempo2: sobre os canalhas e canalhas.

Temer vai mudar política do Parente e Míriam se revolta

"Presidente da República não pode falar assim", diz ela...
publicado 30/05/2018
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Temer é um irresponsável! (Reprodução: Rede Globo)

O ladrão presidente disse à extinta TV Brasil:
- Não queremos mudar a política (de reajustes diários do Pedro Malan Parente). Nós podemos reexaminá-la, mas com muito cuidado.
No Mau Dia Brasil, a Míriam Lúcia deu-lhe uma esculhambação:
- Um Presidente da República não pode falar assim!
E explicou a única porta-voz autorizada deste governo de canalhas e canalhas.
- Eu tenho falado com pessoas importantes deste Governo...
Ela fala com qualquer um deste Governo.
E chegou à conclusão de que pode haver um "meio de caminho" entre os reajustes diários e os reajustes sete vezes por semana, desde que não cause prejuízo à Petrobras...
"A Petrobras não pode perder remuneração!" - determinou a dona da voz da Globo Overseas, essa empresa que tem sede na Holanda.
E concluiu:
- Um Presidente da República não pode provocar incerteza!
E viva a República Federativa da Cloaca!

AS INCELENÇAS

As Incelenças, também denominadas Incelências (em língua portuguesa: Excelência, por corruptela), Cantigas de GuardaCantigas de Sentinela ou Benditos de defuntos constituem uma forma de expressão musical típica de localidades do Ceará, Sertão Nordestino, cidades do Vale do Paraíba e, em escala maior, em outras regiões do Brasil.[2] O termo Incelença remete a uma ampla coletânea de pequenos cânticos executados especialmente em virtude de falecimentos. De forma similar, podem ser também executados sob a cabeceira dos enfermos terminais, substituindo a extrema unção na ausência de sacerdote e apressando-lhes a morte, diminuindo-se-lhes, então, o sofrimento.[1] Neste âmbito, credita-se às Incelenças a propriedade de despertar nos agonizantes o remorso sobre os pecados, incitando-os ao arrependimento.[3] Não obstante associadas, no mais das vezes, aos ritos mortuários, há registros de sua utilização em meio a preces contra males infecciosos, inundações ou mesmo para amenizar as duras estiagens que castigam a região do semi-árido.[2] Em outras acepções, porém, a utilização destas cantigas fora dos contextos estritamente fúnebres é considerada um agouro de morte.[4]
Marcadas pela perpetuação de sua oralidade (estendendo-se de pai para filho e de benzedores para jovens através da memória), as Incelenças apresentam uma estrutura rítmica bastante simples e compõem-se sempre de doze estrofes - o número dos apóstolos de Cristo[5] -, idênticas à primeira exceto pela marcação numeral no início de cada uma. A execução de tais cantigas é feita sem acompanhamento instrumental, sendo, geralmente, iniciada por uma ou mais vozes femininas, que cantam os primeiros versos de cada estrofe e às quais se segue um coro em uníssono, entoando os demais.[6] Outras vezes, embora mais raramente, podem ser rezadas, cantadas em solo, uníssono ou coro.[7] Seja como for, acredita-se que uma vez iniciada a execução das incelenças não podem ser interrompidas, nem mudados seus executantes, sob pena de a alma do falecido não alcançar a salvação.
Embora tenham sido, no passado, parte integrante da generalidade dos velórios sertanejos, a severa repressão policial,[6] em parceria com o descaso das autoridades católicas, tornou a utilização das Incelenças restrita às zonas rurais mais isoladas e distantes das grandes aglomerações urbanas.[6] Atualmente, entretanto, medidas pontuais vêm sendo tomadas para reavivar a tradição das Incelenças em certos contextos[8]

terça-feira, 29 de maio de 2018

Podcast: o que a Globo quer e o que não quer

Só um Governo fraco preserva a concessão dela
publicado 29/05/2018
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Podcast: o que a Globo quer e o que não quer

Olá, tudo bem?
Esse podcast é sobre o que a Globo quer - e sobre o que a Globo não quer.
O que a Globo quer é manter a concessão para explorar o espectro eletromagnético em nome do povo brasileiro e descer o relho no lombo do povo brasileiro.
A prioridade da Globo é não perder a concessão.
A Globo também quer que o Banco Central mantenha a quarta taxa de juros real mais alta do mundo, porque a Globo hoje é um tamborete de usura.
O lucro dela vem dos juros.
O que a Globo quer é um governo que mantenha a PEC da morte, a Emenda 95 e separe dinheiro para pagar os rentistas, os financistas e os banqueiros – e danem-se a segurança, a educação e a saúde do povo brasileiro.
Por tudo isso, a Globo quer um governo fraco.
Como o governo Sarney, quando quem mandava no Brasil era o fundador da Globo, o dr. Roberto Marinho.
(Basta ler o best-seller O Quarto Poder para ver como o Roberto Marinho presidiu o Brasil no tempo do presidente Sarney)
A Globo quer um governo em que ela e a Míriam Leitão mandem.
O Pedro Malan Parente é pau mandado.
Por isso, a Globo não quer um Golpe militar.
A Globo não quer Bolnossauro.
A Globo não quer o Ciro, de jeito nenhum.
A Globo quer um Golpe dentro do Golpe.
Um Golpe Parlamentarista. Semipresidencialista
Um golpe gerado no ventre do Supremo Tribunal Federal, como pretende a ministra Carmém Lúcia.
E o parto será no Congresso.
O feto é concebido numa madrugada no Supremo.
E a cesariana, a fórceps, noutra madrugada do Congresso de canalhas e canalhas.
O primeiro-ministro?
Qualquer um serve.
Desde que a Globo mande nele.
Tudo isso porque o que a Globo não quer é voto.
O que a Globo não quer é uma eleição em que o povo brasileiro escolha um presidente com autoridade e legitimidade. E casse a concessão da Globo.
Isso, a Globo não quer!

Rui Costa dá um murro no Temer, no palanque da Globo

Por que o Parente fechou as refinarias? Para servir aos gringos?
publicado 29/05/2018


Em dois anos de governo golpista, 239 reajustes de combustíveis! (Reprodução/Rede Globo)
O Conversa Afiada reproduz da Globo da Bahia uma esculhambação que o governador do PT, Rui Costa aplicou nos golpistas canalhas e canalhas, sem poupar o Pedro Malan Parente, que relaxou, gozou e se calou.