sexta-feira, 31 de março de 2017

Moro, responde ao Damous!

Filme trash vai estrear na Globo
publicado 31/03/2017

Do Facebook do C Af:
Tania Mara Ghazi Moro participou, sim! Grande PHA, precisamos saber a resposta do Moro, numa simples e clara pergunta do Deputado Damous. Alguém ainda acha que tudo foi por acaso? Que um delegado ilegalmente filmou sequestro do Lula e a partir daí surgiu esse trash filme? Com tanto dinheiro e com pré-venda no exterior, deveria ser muito bem planejado, com um roteiro fixo e direcionado, incluindo o Moro no laboratório. Então, não tem mais frescura, com esses...: tem que falar alto! Os advogados do Lula deveriam já avisar todo mundo que esse filme foi feito sobre uma grande ilegalidade, cometida pela policia. O mundo livre e democrático não vai gostar nada disso! Existem muitas maneiras legais de barrar esse filme antecipadamente! No mundo, claro. Por aqui, com nossa justiça, eu espero a grande estreia desse trash na Globo.

Base golpista: a vaca foi pro brejo

Impopularidade do MT contamina e deputados tiram o time
publicado 31/03/2017
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Do Drive, de Fernando Rodrigues:

Derrotas assustam Planalto


O Drive informou na 5ª (23.mar) que a aprovação da terceirização, no dia anterior, acendeu luzes amarelas de alerta no governo. O projeto obteve apenas 232 dos 357 votos que compõem a chamada base governista. Nesta semana, o sinal de alerta avermelhou-se. Michel Temer colecionou 4 derrotas no Congresso:

∙ dívidas dos Estados: projeto saiu de pauta por falta de apoio;
∙ educação: governo não conseguiu aprovar na Câmara, por apenas 4 votos, emenda constitucional que autorizava universidades públicas a cobrar por cursos de MBA;
∙ MP do Cartão Reforma: a oposição aprovou emenda à medida provisória que obriga o governo a destinar, no mínimo, 20% dos recursos para famílias que morem em zonas rurais;
∙ MP 752 sobre concessões: não houve acordo nem quórum nesta 5ª feira para ler nem votar essa medida provisória, vital para aumentar investimentos em infraestrutura.
Em tempo: não é à toa que o Renan já aportou na barca do Lula... - PHA

Escracho contra Globo esquenta Greve Geral

Manifestações pelo Brasil contra os ataques do MT
publicado 31/03/2017
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Bloqueio de rodovia pela manhã em Mauá, na Grande São Paulo (Reprodução: RBA)
Centrais Sindicais e movimentos sociais como a Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular promovem desde a manhã de hoje manifestações em doze Estados do Brasil. Os protestos têm como principais bandeiras a luta contra a reforma da Previdência, o desmonte das leis trabalhistas e a terceirização.
Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), as lutas de hoje servem como um “esquenta” para a Greve Geral do dia 28 de abril - leia também no Conversa Afiada a entrevista com o presidente da CUT, Vagner Freitas.
No Rio, o Levante Popular da Juventude ocupa desde cedo a entrada do prédio da Rede Globo, no Jardim Botânico, em denuncia ao apoio do PiG aos golpes de 1964 e 2016.


Reprodução: Levante Popular da Juventude
O Sindicato dos Bancários também paralisou as agências do centro da cidade. A partir das 16h, diversos movimentos irão participar de um ato unitário, na Cinelândia.


Reprodução: RBA
Em São Paulo, pela manhã, movimentos sociais como o MTST e a União de Movimentos de Moradia (UMM) organizaram o trancaço de avenidas e rodovias.

Bloqueio no Rodoanel, no ABC (Reprodução: RBA)

Às 7h, Rodovia Régis Bittencourt trancada! (Reprodução: RBA)
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC também participaram das manifestações durante a manhã.

No início da tarde, os bancários fizeram sua intervenção durante o noticiário local da Globo com cartazes e palavras de ordem. A partir das 16h, a categoria irá se unir a outros milhares de pessoas em um ato na Avenida Paulista.

Em Curitiba, o protesto aconteceu dentro da Assembleia Legislativa do Paraná, em uma audiência pública com os senadores Paulo Paim, Gleisi Hoffmann e Roberto Requião.

Reprodução: RBA
Outros atos importantes aconteceram pela manhã também em outros estados, como Minas Gerais, Piauí, Bahia, Pernambuco, Pará e Mato Grosso do Sul.


Frente Povo Sem Medo bloqueou a BR-101 na Zona Oeste do Recife (Reprodução: RBA)

Estudantes da rede pública nas ruas de Petrolina-PE (Reprodução: BDF)

Luta no campo - MTST e Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) em luta no Piauí. (Reprodução: Frente BrasiL Popular)



Reprodução: BDF

Manifestação na Avenida Antônio Carlos Magalhães, em Salvador.

MST em luta no interior do Mato Grosso do Sul (Reprodução: RBA)


Em Belém, manifestantes se preparam para ato em frente ao Tribunal de Justiça do Pará (Reprodução: RBA)

Em Campinas, interior de SP, manifestantes participaram do ato contra as Reformas do MT (Reprodução: RBA)
Em Uberlândia, Minas Gerais, o ato foi recebido com violência pela PM. Sem qualquer diálogo, a tropa de choque, além de viaturas de outros batalhões, atacou manifestantes do MTST e de outros movimentos. Pelo menos 15 pessoas foram feridas, alguns com projéteis de borracha no rosto.

Reprodução: MTST


Cerca de 5 mil trabalhadores se concentram no Tribunal Regional do Trabalho, em Maceió (Reprodução: BDF)

registrado em:
                                                

Centrais sindicais convocam greve geral para 28 de abril

Em nota conjunta assinada pelas nove centrais sindicais, inclusive a CUT e a Força, dirigentes prometem paralisar o país contra as reformas da Previdência e tributária e o projeto que abre terceirização até para atividade-fim de empresa


CUT
Centrais sindicais prometem parar o país contra mudanças nas áreas trabalhista e previdenciária

Quase sempre divididas, as centrais sindicais resolveram se unir contra as reformas trabalhista e previdenciária e a ampliação das possibilidades de terceirização. Em reunião nessa segunda-feira (27), dirigentes de nove entidades decidiram convocar os trabalhadores em todo o país para uma greve geral no dia 28 de abril. O objetivo do ato, segundo eles, é alertar o governo de que a sociedade e a classe trabalhadora não aceitarão as mudanças defendidas pelo presidente Michel Temer como fundamentais para o Brasil superar a crise econômica.
“Em nossa opinião, trata-se do desmonte da Previdência Pública e da retirada dos direitos trabalhistas garantidos pela CLT. Por isso, conclamamos todos, neste dia, a demonstrarem o seu descontentamento, ajudando a paralisar o Brasil”, dizem as entidades, em nota conjunta. Entre elas, estão a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical, que têm divergências históricas e muitas vezes polarizam o movimento sindical no país.
A terceirização irrestrita, inclusive para atividade-fim da empresa, passou na Câmara semana passada com menos votos do que previa o governo. O Senado ensaia votar outra proposta, menos radical, mas esbarra na resistência do Palácio do Planalto. As reformas da Previdência e tributária ainda são discutidas pelos deputados.
Mas as centrais prometem intensificar a pressão contra o governo já nesta sexta-feira (31), com a convocação do Dia Nacional de Mobilização Rumo à Greve Geral. O movimento é organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo em todo o Brasil. O movimento acusa o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de não cumprir o compromisso assumido no dia 13, segundo os dirigentes, de suspender a votação do projeto da terceirização por 30 dias.
Veja a íntegra da nota assinada pelas centrais:
“Dia 28 de abril: Vamos parar o Brasil
As centrais sindicais conclamam seus sindicatos filiados para, no dia 28, convocar os trabalhadores a paralisarem suas atividades, como alerta ao governo de que a sociedade e a classe trabalhadora não aceitarão as propostas de reformas da Previdência, Trabalhista e o projeto de Terceirização aprovado pela Câmara, que o governo Temer quer impor ao País.
Em nossa opinião, trata-se do desmonte da Previdência Pública e da retirada dos direitos trabalhistas garantidos pela CLT.
Por isso, conclamamos todos, neste dia, a demonstrarem o seu descontentamento, ajudando a paralisar o Brasil.
São Paulo, 27 de março de 2017
Adilson Araújo
Presidente da CTB

Antonio Neto
Presidente da CSB


José Calixto Ramos
Presidente da Nova Central

Paulo Pereira da Silva (Paulinho)
Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah
Presidente da UGT
Vagner Freitas
Presidente da CUT
Edson Carneiro (Índio)
Secretário Geral Intersindical
Luiz Carlos Prates (Mancha)
Secretaria Nacional da CSP-Conlutas



Ubiraci Dantas de Oliveira (Bira)
Presidente da CGTB

São Paulo, 27 de março de 2017″

Governistas resistem à reforma da Previdência com medo de perder a eleição

Base aliada resiste em mudar regras da aposentadoria rural por causa da rejeição do eleitorado. Deputados favoráveis à reforma foram vaiados e impedidos de falar na Bahia. Maioria do PTB avisa que votará contra proposta de Temer


Beto Barata/PR
Jovair foi avisado que projeto do governo tira votos

O medo de perder a reeleição em 2018 tem levado deputados e senadores a resistir em votar a favor da reforma da Previdência proposta pelo presidente Michel Temer em tramitação na Câmara e já discutida pelos senadores. A maioria da bancada do PTB na Câmara avisou ao líder Jovair Arantes (GO) que o projeto do governo é impopular e tira votos de quem se posicionar a favor de mudanças no regime previdenciário.
Com 17 deputados, a bancada do PTB, que faz parte da base de apoio parlamentar ao governo Temer, reuniu-se no Hotel Nacional em Brasília há duas semanas e mandou um recado ao Palácio do Planalto: como está, a reforma da Previdência não será aprovada. Se for, será superficial e não terá efeito no ajuste das contas públicas como espera o governo. A deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) é a favor da reforma da Previdência, mas teme por sua reeleição porque a maioria dos seus eleitores é formada por idosos, sua área de atuação na Câmara.
Preocupado com a resistência dos deputados, o governo escalou seus principais líderes para fazer uma verificação entre os colegas de bancadas para identificar as resistências e quais pontos precisa alterar no texto enviado ao Congresso para conseguir aprovar alguma reforma. A principal resistência detectada nos levantamentos é a regra para as aposentadorias dos trabalhadores rurais que os obriga a contribuir o mesmo período dos urbanos para se aposentar.
No último fim de semana, os deputados Mário Negromonte Junior (PP-BA) e João Carlos Bacelar (PR-BA) foram vaiados e impedidos de discursar em eventos com prefeitos, vereadores e outros convidados porque votaram a favor do projeto de lei que regulamenta a terceirização de mão de obra. Negromonte foi vaiado e impedido de falar na cidade de Cícero Dias, no Norte da Bahia, e Bacelar no município de Riachão do Jacuípe, no sertão do estado. Os dois estão assustados com a reação popular e a possibilidade de não se reeleger.
Boiafria.com
Até o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), ficou preocupado com as consequências eleitorais e passou a criticar duramente o governo pela proposta de reforma da Previdência e o projeto da terceirização. No terceiro  mandato, Renan terá que disputar nova eleição em 2018 e, no seu estado, os dois temas são muito sensíveis ao eleitorado. Para resistir à reforma da Previdência, Renan lembra que há municípios no interior do pais em que a economia depende dos aposentados, e a reforma poderá inviabilizá-los.
O ex-presidente do Senado ficou assustado com uma pesquisa de intenção de votos que o deixou em quarto lugar em Alagoas, atrás dos ministros Max Beltrão, do Turismo, e Maurício Quintela Lessa, dos Transportes, e do senador Benedito de Lira (PP). Renan mandou fazer uma segunda pesquisa pelo Ibrape que o colocou em primeiro lugar na preferência do eleitor para a renovação das duas vagas para o Senado. O parlamentar tem criticado sempre a reforma da Previdência e o projeto de terceirização que ele chamou de “boiafria.com”.
O senador Valdir Raupp (RO), ex-vice-presidente nacional do PMDB, e sua mulher, a deputada Marinha Raupp (RO), já avisaram a Temer que terão muita dificuldade para aprovar a reforma da Previdência. A base eleitoral dos dois é contra a mudança nas aposentadorias. Os governistas na Câmara e no Senado estão com pressa para votar a reforma da Previdência na esperança de chegar à eleição de 2018 com o assunto superado e diluído entre o eleitorado.
“Em um país disforme do ponto de vista financeiro, econômico, social e até geográfico, uma reforma com regras genéricas para todos os brasileiros é repetir o erro de quem vive em Brasília e acredita que uma receita única para o Brasil pode resolver seus problemas”, observou o senador Otto Alencar (PSD-BA). Ele é contra a versão da reforma da Previdência apresentada pelo governo.

Ministro do STF cobra legalização das drogas: “Precisamos de ousadia”

Para Roberto Barroso, Estado deve regular e desestimular as pessoas a consumirem. Ideia é compartilhada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que admite ter adotado política equivocada nessa área em seus dois mandatos


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Nelson Jr./STF
Roberto Barroso: “Não estamos defendendo as drogas, temos que enfrentar o problema"

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Roberto Barroso e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defenderam a legalização, com regulação rígida pelo Estado, de todos os tipos de drogas no país. Para o ministro, a legalização das drogas quebraria o poder do tráfico nas comunidades carentes e reduziria os casos de vítimas inocentes, que morrem por causa de bala perdida em favelas e de jovens humildes cooptados pelo tráfico. Já Fernando Henrique Cardoso admitiu ter adotado política errada nessa área em seus dois mandatos presidenciais.
“Estamos precisando de alguma ousadia. Minha posição é legalização e regulação rígida do Estado. A droga é ruim, e portanto o papel do Estado é desestimular o usuário e combater o traficante”, disse o ministro. “Não sei se vai dar certo, mas quando regula, se diz onde vai vender, tributa e proíbe a venda a menores. Se der certo, estende para a cocaína”, acrescentou.
Na avaliação de Barroso, cabe ao Estado mostrar os malefícios das drogas para as pessoas. “Não estamos defendendo as drogas, temos que enfrentar [o problema]. A guerra às drogas fracassou no mundo inteiro, mas o consumo só aumenta.” Ele defendeu que o uso recreativo das drogas, em ambiente privado, não seja proibido. “Cada um faz as suas escolhas de vida, e talvez este [consumo de drogas] não esteja entre os maiores riscos”, afirmou.
Barroso e FHC participaram de seminário sobre descriminalização do uso de drogas, promovido pela Fundação Fernando Henrique Cardoso, na capital paulista. O evento foi promovido pela revista Época, pela editora Zahar, pelo Instituto Igarapé e pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) na capital paulista.
Julgamento interrompido
O Supremo deverá retomar, em breve, o julgamento de um recurso apresentado por um ex-preso de Diadema (SP), condenado a dois meses de prestação de serviços à comunidade por porte de maconha. A droga foi encontrada na cela dele. Se a maioria da corte julgar inconstitucional o artigo da lei contestada, o porte de droga para consumo pessoal estará, na prática, descriminalizado. O recurso é relatado pelo ministro Gilmar Mendes.
Em 2015, ao examinarem esse caso, Barroso e outros dois dos 11 ministros votaram pela liberação do porte de maconha para uso pessoal. O julgamento foi interrompido por pedido de vista de Teori Zavascki. Caberá ao seu substituto, Alexandre de Moraes, seguir com o processo.
Para Roberto Barroso, comportamentos que não causam danos a terceiros poderiam ser liberados e réus primários, com bons antecedentes, flagrados com drogas não deveriam ser presos preventivamente e, sim, receber outros tipos de punição, como prestação de serviço à comunidade.
Barroso afirmou que pretende defender inicialmente no STF a descriminalização apenas da maconha, para, em um segundo momento, fazer com que a decisão possa ser estendida para outras drogas.
Recado para Moraes
O ex-presidente Fernando Henrique disse que, quando governou o país, cometeu erros na política de combate às drogas, como repressão e ações simbólicas como o corte de pés de maconha, assim como o ministro recém-empossado no STF, Alexandre de Moraes, filiado até o início de fevereiro ao PSDB. “Ele [Alexandre de Moraes] vai perceber, depois, que [cortar pés de maconha] não adianta nada.”
Barroso espera que Alexandre de Moraes estude sobre a descriminalização das drogas antes de seu voto no STF. “A posição dele não chega lá carimbada, eu acho que ele vai estudar e emitir uma opinião. Seja ela qual for, merecerá respeito”, declarou.
Com informações da Agência Brasil

O que pensa e para onde vai o Congresso



Quais são as tendências em relação aos grandes temas à espera de deliberação dos parlamentares federais. Os grupos mais bem organizados no Congresso Nacional. Como os principais líderes do Legislativo avaliam o governo, em suas diversas áreas de atuação, e as principais instituições do país.
Congresso em Foco construiu uma ferramenta que permitirá responder essas e muitas outras perguntas. Com o Painel do Poder, ouviremos regularmente (veja o calendário abaixo) os deputados e senadores que formam a elite do Parlamento brasileiro. Eles incluem líderes partidários, membros das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, presidentes de comissões permanentes e os mais importantes influenciadores das bancadas temáticas.
Enfim, mediremos a temperatura do poder, reunindo informações estratégicas fundamentais para orientar a ação de empresários, líderes de classe e todos aqueles que podem ser fortemente impactados pelas decisões do Congresso.
Você também pode contratar para a sua organização uma pesquisa exclusiva ou uma apresentação dos principais achados do Painel do Poder, num encontro com os profissionais que fizeram do Congresso em Foco o mais influente veículo jornalístico nacional especializado em política.

Não perca tempo! Para ter mais informações envie um e-mail para paineldopoder@congressoemfoco.com.br


Calendário das pesquisas

Exclusivo: antes mesmo da lista de Janot, um em cada três deputados já é acusado de crimes no STF

Pelo menos 155 dos 513 integrantes da Câmara são alvos de acusações criminais no Supremo, mostra levantamento do Congresso em Foco. PP, PMDB, PT e PR concentram mais da metade da bancada dos suspeitos. Veja a lista


Dorivan Marinho/STF
De um lado, a Estátua da Justiça, do escultor Alfredo Ceschiatti; do outro, o Congresso Nacional, com seus parlamentares sob suspeita

Antes mesmo da divulgação do nome dos políticos que serão investigados com base na delação premiada de 77 executivos da Odebrecht na Operação Lava Jato, o Supremo Tribunal Federal (STF) já tem uma extensa lista de parlamentares para julgar. De cada três integrantes da Câmara, um é alvo de inquérito (investigações preliminares que podem resultar na abertura de processos) ou ações penais (processos que podem acabar em condenação).
Levantamento do Congresso em Foco revela que pelo menos 155 dos 513 deputados devem explicações não só ao eleitor, mas também à principal corte do país, responsável pelo julgamento de processos contra parlamentares federais e outras autoridades. Em novembro de 2015, data da pesquisa anterior, eram 148 os investigados.
No Senado, como mostrou este site, a situação não é diferente: ao menos 34 senadores são acusados de crimes. Somadas as duas Casas, pelo menos 188 congressistas respondem a acusações criminais. Ou seja, um em cada três dos 594 parlamentares. O número de suspeitos pode ser ainda maior, já que o Supremo conserva em absoluto segredo a existência de algumas investigações.
CONFIRA A LISTA DOS DEPUTADOS ACUSADOS DE CRIMES, POR ESTADO
A relação dos parlamentares acusados de crimes crescerá nos próximos dias, com os 83 pedidos de abertura de inquérito pela Procuradoria-Geral da República com base nas delações premiadas da Odebrecht. Ainda não é possível saber quantos congressistas mais serão investigados. A autorização das apurações, bem como a divulgação dos acusados, só será revelada em abril pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato. Entre os novos investigados deve aparecer o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), citado por delatores.
Atualmente, 29 deputados são investigados por participação no esquema de corrupção da Petrobras. Desses, apenas Aníbal Gomes (PMDB-CE), Nelson Meurer (PP-PR) e Vander Loubet (PT-MS) tiveram denúncias aceitas e viraram réus na Lava Jato.
A bancada dos pendurados no Supremo é suprapartidária e desconhece diferenças regionais. Reúne representantes de 19 dos 26 partidos políticos com assento na Câmara e de todas as unidades da federação. Ao todo, eles acumulam 323 inquéritos e ações penais. As siglas com mais deputados sob suspeita no Supremo são o PP, o PMDB, o PSDB, o PT e o PR, que, juntas, abrigam mais da metade dos investigados da Câmara, com 92 nomes.
Bancada dos réus
As acusações contra os deputados variam de crimes eleitorais, contra o meio ambiente, contra a fé pública, falsidade ideológica, corrupção, tráfico de influência, formação de quadrilha e até lesão corporal. A situação é mais delicada para 49 deles, que já são réus em 71 ações penais no Supremo. Nesses casos, os ministros aceitaram os argumentos da Procuradoria-Geral da República e concluíram haver indícios de que os parlamentares cometeram os crimes que lhes são imputados. Nenhum deles, porém, pode ser considerado culpado, pois seus processos ainda não foram julgados.
Com 46 deputados em exercício, o PP tem a quarta maior bancada da Câmara. Mas quando o assunto é problema na Justiça, o partido é insuperável. Pelo menos 27 integrantes da legenda de Paulo Maluf (PP-SP) respondem a ações penais ou inquéritos, inclusive o ex-prefeito paulistano. Desses, 20 estão na mira da Lava Jato. A sigla é a que tem mais políticos com acusações no Supremo relacionadas à maior operação de combate à corrupção da história do país. Nessa situação estão o novo líder do governo, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e o líder da bancada, Arthur de Lira (PP-AL), já denunciado ao STF por corrupção e lavagem de dinheiro.
Pai e filho
Arthur de Lira é um dos líderes com maior número de processos instaurados na corte. Ele e o pai, o senador Benedito de Lira (PP-AL), tiveram os bens bloqueados, no valor de R$ 10 milhões. A assessoria do deputado afirmou ao Congresso em Foco que os inquéritos tratam de “narrativas infundadas”. “O líder esclarece que os inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) não têm elementos que corroborem os fatos. Trata-se de narrativas infundadas de delatores com inimizade patente com o parlamentar. Arthur Lira está à disposição da Justiça para esclarecer o que for necessário”, disse em nota. Outro réu na Lava Jato, do PP, é o ex-líder Nelson Meurer (PR).
O PT, dos ex-presidentes Lula e Dilma, aparece logo na segunda posição com 19 deputados sob investigação. Entre os investigados, está o ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS). Relator da CPI mista da Petrobras em 2014, ele responde a inquérito que apura sua atuação em um esquema para impedir convocações de empreiteiros na CPI da Petrobras. As suspeitas surgiram a partir de delação do ex-senador cassado Delcídio do Amaral (ex-PT-MS).
Em seguida, entre as legendas com mais deputados que respondem por ações penais ou inquéritos no STF, está o PMDB do presidente Michel Temer, com 18 deputados investigados. Três deles se encontram licenciados do mandato. Embora não haja investigação em andamento contra o presidente, ele aparece entre os políticos citados como beneficiários de doações de empreiteiras em delações da Odebrecht.
Em quarto lugar está o PR, com 15 nomes. Na sequência vêm o PSD, com 13 integrantes da Câmara sob investigação, e o PSDB, também com 13. O PTB, PDT, PSB, SD, PRB, PSC, DEM, PTN, PTdoB, PSL, PPS e PCdoB surgem na sequência como bancadas com mais parlamentares acusados de crimes.
Foro em xeque
Nas últimas semanas cresceu o apelo, inclusive entre ministros do Supremo, por restrições à prerrogativa dos parlamentares e outras autoridades de serem julgadas por determinada corte. Na Câmara, há 12 propostas nesse sentido em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Caso avance na CCJ, o texto será analisado, em seu mérito, por uma comissão especial a ser instalada para esse fim. No Senado, a discussão já está no plenário da Casa. A expectativa é que os senadores votem o projeto de lei em abril.
Um dos argumentos utilizados para a revisão do foro é de que o Supremo, corte responsável para dar a palavra final sobre questões constitucionais, não tem estrutura nem agilidade para dar andamento a investigações criminais envolvendo políticos. Levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro mostra que 276 (68%) das 404 ações penais concluídas entre 2011 e março de 2016 prescreveram ou foram repassadas para instâncias inferiores, porque a autoridade deixou o cargo. A condenação ocorreu só em 0,74% dos casos.
A legislação brasileira prevê foro privilegiado não só para o presidente da República, mas também para o vice-presidente, ministros, parlamentares, prefeitos, governadores, juízes e integrantes do Ministério Público. Deputados, senadores, o presidente da República e ministros são julgados pelo Supremo Tribunal Federal. Já os governadores e autoridades estaduais são julgados pelo Superior Tribunal de Justiça, e os prefeitos, por tribunais de segunda instância.

“Esquenta” para greve geral do próximo dia 28 leva milhares às ruas nesta sexta-feira

Contra as reformas da Previdência e trabalhista, bem como o projeto de terceirização aprovado pela Câmara, o “fora Temer” também esteve presente nos atos organizados por entidades sindicais


Mídia Ninja
Manifestantes reunidos no Museu de Arte de São Paulo
O “esquenta” das centrais sindicais para a greve geral do dia 28 de abril levou, nesta sexta-feira (31), milhares de pessoas às ruas em diversas capitais do país. Além dos protestos já anunciados contra a pauta reformista do governo Michel Temer – como as reformas da Previdência e trabalhista e o projeto de terceirização aprovado pela Câmara –, o “Fora, Temer” foi o tom dos atos organizados por entidades sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a  Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Intersindical e mais de 100 outras entidades.
As manifestações desta sexta-feira coincidem com a divulgação da mais recente pesquisa Ibope – o resultado mostra que despencam a popularidade, a aprovação e a confiança em Temer. Na Avenida Paulista, em São Paulo, uma multidão protestou sob o comando de Guilherme Boulos, membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente de Resistência Urbana. Em salvador, Belo Horizonte e Rio de Janeiro milhares de pessoas aderiram ao movimento e tomaram as ruas.

Mídia Ninja
manifestantes se concentraram na Rodoviária de Brasília
Em Brasília, manifestantes fecharam o Eixo Monumental, entre a Rodoviária do Plano Piloto e o Museu da República. Professores, em greve na capital, gritavam palavras de ordem e pediam respeito à categoria. Além dos temas já anunciados, o “Fora, Temer” foi predominante em frases escritas em cartazes e faixas com os dizeres.
Na Rodoviária do Plano Piloto, onde o grupo se reuniu para iniciar a manifestação, entoando gritos de ordem contra o que considera retrocessos em direitos sociais, também foram realizados panfletagens e bate-papos com frequentadores do terminal rodoviário.
Em fortaleza, o ato reuniu cerca de 35 mil pessoas, conforme informações divulgadas pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Em Natal (RN), aos gritos de “aposentadoria fica, Temer sai”, cerca de 15 mil pessoas participaram do ato, conforme informações da CUT.
No dia 15 de março, em protestos organizados pelas centrais sindicais, milhares de brasileiros foram às ruas contra a reforma da Previdência. A greve geral teve o apoio de trabalhadores da educação, do transporte, limpeza urbana, dentre outros.
Na ocasião, em Brasília, segundo a Polícia Militar, 10 mil pessoas participaram dos atos e ocuparam o Ministério da Fazenda e o gramado do Congresso Nacional. Parlamentares da oposição também participaram do protesto.

Desemprego é de 13,2% e atinge 13,5 milhões de trabalhadores, diz IBGE

Do UOL, em São Paulo
O desemprego no país foi de 13,2%, em média, no trimestre de dezembro a fevereiro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa é a mais alta para trimestres desde que o instituto começou a publicar a pesquisa, em 2012.
No período, o número de desempregados no Brasil foi de 13,5 milhões de pessoas.
São cerca de 1,4 milhão de desempregados a mais do que no trimestre de setembro a novembro, alta de 11,7% na população desocupada. Em um ano, são 3,2 milhões de pessoas a mais sem emprego, um aumento de 30,6%.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (31) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE. A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.).

Comparação com resultados anteriores

No trimestre de dezembro de 2016 a fevereiro de 2017, a taxa de desemprego foi de 13,2%:
  • no trimestre de setembro a novembro, havia sido de 11,9%;
  • no trimestre de novembro a janeiro, havia sido de 12,6%;
  • um ano antes (dezembro de 2015 a fevereiro de 2016), havia sido de 10,2%.
O número de desempregados chegou a 13,5 milhões:
  • no trimestre de setembro a novembro, havia sido de 12,1 milhões;
  • no trimestre de novembro a janeiro, havia sido de 12,9 milhões;
  • um ano antes (dezembro de 2015 a fevereiro de 2016), havia sido de 10,4 milhões.

Número de trabalhadores

O número de pessoas com trabalho foi de 89,3 milhões entre dezembro e fevereiro, queda de 1% em relação ao período de setembro a novembro, ou 864 mil pessoas a menos.
Em um ano, o total de trabalhadores caiu 2%, o que equivale a cerca de 1,8 milhão de pessoas.

Rendimento de R$ 2.068

O rendimento real (ajustado pela inflação) do trabalhador ficou, em média, em R$ 2.068. O valor é 0,93% maior que o do trimestre de setembro a novembro (R$ 2.049) e 1,52% maior comparado com o mesmo período do ano anterior (R$ 2.037). O IBGE considera que houve estabilidade nas duas comparações.

Número de carteiras

O número de empregados com carteira assinada ficou em 33,7 milhões, queda de 1% na comparação com o trimestre de setembro a novembro, ou 337 mil pessoas a menos com carteira. Em um ano, o país perdeu 1,1 milhão de empregos com carteira, recuo de 3,3%.

Metodologia da pesquisa

Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. São pesquisadas 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios.
O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados. 

MICROFRANQUIA É ALTERNATIVA PARA DESEMPREGADOS

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Página faz piada com entrevistas de emprego12 fotos

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Página "Entrevistamento", do Facebook, faz piada com processos seletivos para vagas de empregoImagem: Reprodução/Facebook