sexta-feira, 28 de junho de 2013

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA ABRE PROCESSO CONTRA A TELEXFREE

Ministério da Justiça abre processo contra a Telexfree

Publicado em 28.06.2013, às 16h08


O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, instaurou processo administrativo contra a empresa Telexfree (Ympactus Comercial Ltda.) por indícios de formação de pirâmide financeira. A decisão está em despacho do DPDC publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 28.

Segundo informações do Ministério, O DPDC recebeu no início do ano denúncias contra a empresa de vários órgãos estaduais do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, principalmente Procon e Ministério Público do Acre. A empresa estaria violando princípios básicos do Código de Defesa do Consumidor, como o dever de transparência e boa-fé nas relações de consumo, além de veicular publicidade enganosa e abusiva.

"A prática de esquemas de pirâmides, além de crime, acarreta danos irreparáveis aos consumidores. As empresas que incorrerem nessas práticas também serão sancionadas com base no Código de Defesa do Consumidor", alertou Amaury Oliva, diretor do DPDC, em nota emitida pelo Ministério. Se confirmada a prática abusiva, a empresa poderá ser multada em mais de R$ 6 milhões.
Fonte: Agência Estado

CNJ APOSENTA DESEMBARGADORES DO RN SUSPEITOS DE DESVIO NOS PRECATÓRIOS

CNJ aposenta desembargadores do RN suspeitos de desvio nos precatórios

Publicado em 28.06.2013, às 09h12


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Osvaldo Cruz (á esq) e Rafael Godeiro (à dir) desembargadores potiguares acusados de participação no esquema de desvio de dinheiro público.
Fotos: Internet

Kívia Soares Do NE10/Rio Grande do Norte
Os desembargadores potiguares Osvaldo Soares Cruz e Rafael Godeiro Sobrinho, ex-presidentes do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), tiveram suas aposentadorias compulsórias determinadas  pelo  Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A punição  publicada nessa quinta-feira (27), se deu pela suspeita de envolvimento dos magistrados no esquema que desviou R$ 14,195 milhões destinados ao pagamento de precatórios no Estado.

Os precatórios são títulos emitidos pelo poder público para pagar dívidas reconhecidas pela Justiça feitos pelo próprio Judiciário. Segundo informações do CNJ, o relator do processo administrativo disciplinar foi o conselheiro Jorge Hélio.
Em seu voto de 12 páginas, o relator detalhou os desvios e a conduta dos desembargadores, além disso, rebateu as principais argumentações da defesa, as quais afirmavam que as assinaturas nos documentos que autorizaram os pagamentos dos precatórios não eram autênticas ou de que eles teriam assinado documentos posteriormente preenchidos.

“O que me parece nítido é que, ainda que afastemos a hipótese de participação consciente e motivada no esquema, restam duas hipóteses: o desembargador assinou os cheques sem o mínimo de cautela ou assinava cheques em branco, depois preenchidos”, explicou Jorge Hélio. Ele citou como exemplo a assinatura, pelo desembargador OsvaldoCruz, de três cheques nominais num mesmo dia em valores diferentes para uma pessoa que não era beneficiário ou procurador de processo de precatórios.

Os dois magistrados respondem ainda a processo criminal que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e já haviam sido afastados de seus cargos. Recentemente o desembargador Rafael Godeiro Sobrinho foi aposentado por ter alcançado o limite de 70 anos de idade. Além da aposentadoria,  Godeiro vai perder o direito de praticar a advocacia e assumir cargo comissionado no Judiciário.

O processo, iniciado em 25 de maio de 2012, já havia sido colocado em julgamento no CNJ em 29 de janeiro deste ano, mas, na ocasião, o plenário adiou a decisão final para que fossem refeitas perícias de documentos usados como prova, conforme havia sido pedido pela defesa.O esquema, segundo as informações que constam no processo, esteve em funcionamento entre os anos 2007 a 2011.

QUASE OITO MIL PESSOAS SAEM AS RUAS PARA PROTESTAR EM NATAL NESTA SEXTA-FEIRA

Quase oito mil pessoas saem as ruas para protestar em Natal nesta sexta-feira

Publicado em 28.06.2013, às 20h33


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Manifestantes em frente à Praça dos Três Poderes no Centro de Natal
Fotos: Kívia Soares/NE10 RN

Kívia Soares Do NE10/Rio Grande do Norte
ATUALIZADA ÀS 21H06
O protesto #RevoltadoBusão, em Natal, iniciado na tarde desta sexta-feira (28) reuniu cerca de 8 mil pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar. A concentração do ato público ocorreu na Praça Cívica, partir das 15h, e somente após plenária realizada momentos antes da passeata, o grupo decidiu o percurso da manifestação,que durou cerca de 5h e percorreu várias ruas e avenidas da cidade. A manifestação seguiu pacífica e não houve confronto entre a PM e manifestantes.
Durante a plenária, o grupo deliberou seguir primeiro para a Câmara dos Vereadores no bairro do Tirol, e depois para o Sindicato das Empresas de Transporte Urbanos de Passageiros de Natal (Seturn), na Ribeira. Logo em seguida, o destino foi a Praça dos Três Poderes, no Centro da Cidade, onde ficam localizadas as sedes da Prefeitura, Assembleia Legislativa e Tribunal de Justiça do Estado. Por volta das 16h, o grupo saiu em caminhada pela Rua Trairi, passando pela Avenida Prudente de Morais até a Campos Sales esquina com a Jundiaí, onde fica a Casa Legislativa.

Em frente à Câmara, os manifestantes fizeram um apitaço e cobraram votação de matéria que determina o passe livre. Já no Seturn, eles ficaram pouco tempo e subiram a Avenida Duque de Caixas em direção ao Palácio Felipe Camarão, sede da Prefeitura, onde entoaram o hino nacional. Houve o reforço na segurança do prédio durante o protesto, mas nenhum confronto ocorreu.
PAUTAS - Gritando várias palavras de ordem e erguendo cartazes e faixas, os natalenses fizeram um movimento plural que apesar do foco ser a melhoria no transporte público, também reivindicava dentre outras pautas melhorias na Saúde, na Educação, reforma política, não a homofobia e contra a corrupção.
Uma das manifestantes, a adminstradora Walkiria Kozakevic, 54 anos, protestava por melhorias na Saúde. Segundo ela, “há muito tempo que esperava um movimento como este no País e ela não podia deixar de participar”, comenta.  "O Brasil está sofrendo pela falta de leitos nos hospitais e o Rio Grande do Norte não é diferente", acrescentou.
Já a estudante Marcela Alencar, 23, acompanha a #RevoltadoBusão desde o primeiro ato e desta vez trouxe a sua mãe Ione Alencar, 51, para participar pela primeira vez. “Eu participava com minhas amigas, mas hoje minha mãe decidiu vir e estamos aqui reivindicando por melhorias”, disse Marcela. Ione completa a fala da filha dizendo que, “o fato das pessoas estarem nas ruas mostra a indignação do povo, que agora não aceita mais tudo calado”, acrescenta.

PRISÕES - Até o fim da tarde, a PM havia detido oito pessoas e apreendido bombas, coquetéis molotov,  rojões, bolinhas de gude e estilingues, utensílios que poderiam ser utilizados em possíveis confrontos ou para depredar o patrimônio público. Diferentemente do outro ato ocorrido no dia 20 de junho, a PM acompanhou o protesto de perto, inclusive com policiais militares infiltrados no movimento para identificar a ação dos vândalos que por ventura aproveitassem a movimentação para agir.
Ao todo, 27 pessoas foram levadas para delegacias em Natal durante o protesto desta sexta. Os adultos preencheram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foram liberados, já os menores apreendidos também foram liberados.
BLOQUEIO NA BR-101- Fora do que estava combinado em plenária, ao chegarem na Prefeitura, parte dos  manifestantes decidiu seguir até a sede da Governadoria, em Lagoa Nova, enquanto os demais permaneceram na sede do Executivo natalense. No trajeto até o local, pela avenida Prudente de Morais, por volta das 19h, houve tumulto e militantes mais exaltados queimaram pneus e lixo.

Um carro da Polícia Militar também chegou  a ser apedrejado no cruzamento da avenida Prudente de Morais com a rua Apodi. O comandante da PM, coronel Francisco Araújo, confirmou o vandalismo. Os militantes avançam então para a BR-101, próximo à Potilândia bloqueando a rodovia. O Batalhão de Choque permaneceu posicionado na entrada da Governadoria e alertou que caso o grupo tente entrar, eles iriam agir.
Após uma nova reunião, o grupo começou a se dispersar por volta das 20h40. Na próxima segunda-feira (1º), às 17h, outra plenária deve acontecer para decidir os novos rumos do protesto. O comandante da PM, coronel Francisco Araújo, considerou o protesto em Natal tranquilo apesar das tentativas de vândalos de manchar a manifestação ordeira.

ESTUDANTES DESOCUPAM PRÉDIO DA REITORIA DA UNESP EM SP

Estudantes desocupam prédio da reitoria da Unesp em SP
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DE SÃO PAULO
O grupo de estudantes que invadiu a reitoria da Unesp na manhã desta quinta-feira (27) desocupou o prédio que fica no centro de São Paulo no começo da madrugada de hoje (28).
A desocupação ocorreu após reunião dos estudantes com a vice-reitora da universidade, Marilza Vieira Cunha Rudge, que se comprometeu a atender reivindicações do grupo.
Os alunos pediam prioridade da direção da Unesp para políticas de permanência. Atualmente, cada aluno pode receber mensalmente R$ 150 de auxílio-aluguel, R$ 50 de alimentação e mais R$ 300 de bolsa-estudo.
Segundo a universidade, será definido um plano de obras específico para a permanência estudantil, com prioridade para a construção de moradias e restaurantes universitários nos campi da Unesp que não contam com essa infraestrutura. Os já existentes serão reformados e ampliados.
Além disso, a reitoria irá aumentar a quantidade de bolsas BAAE 1 --voltadas a alunos de baixa renda-- para 447, mais 36 auxílios-aluguel. O pagamento retroativo das bolsas BAAE 2 -- para alunos que desenvolvem projetos de extensão ou monitoria-- também está garantido.
Representantes do Adunesp (Associação de Docentes da Unesp) e Sintunesp (Sindicato dos Trabalhadores da Unesp) também participaram da reunião. As entidades têm encontros marcados com a reitoria na próxima semana para discutir reivindicações próprias.

ANÁLISE: COM MANOBRA, CHANCE DE CPI ALVEJAR HADDAD SERÁ MÍNIMA

Análise: Com manobra, chance de CPI alvejar Haddad será mínima
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FÁBIO ZAMBELI
EDITOR-ASSISTENTE DE "PODER"
País em protestoApós medir o dano político de eventual arquivamento de uma CPI na área do transporte público, faísca das manifestações de rua em São Paulo, Fernando Haddad manobrou para tomar controle das investigações, que prometem vasculhar as planilhas das empresas de ônibus.
Emparedado por requerimento do oposicionista Ricardo Young (PPS), o prefeito mobilizou sua bancada para apresentar pedido paralelo de apuração, subscrito por aliados e redigido sob supervisão cirúrgica do secretário João Antonio (Relações Governamentais), responsável pela articulação do governo com os vereadores.
Com a aprovação, dará a seu núcleo político o comando irrestrito da comissão -o presidente deverá ser o petista Paulo Fiorilo e o relator, Milton Leite (DEM), recém-incorporado ao bloco governista e ligado a cooperativas de perueiros.
A hegemonia aliada na comissão ditará o rumo dos trabalhos e, sobretudo, o roteiro de depoimentos.
Haddad afasta, assim, o risco de ver secretários e assessores inquiridos em extenuantes sessões com ampla exposição midiática.
Além de "imunizar" seu primeiro escalão, em particular o titular dos Transportes, Jilmar Tatto, que também ocupou a pasta na gestão de Marta Suplicy (2001-04), o petista garante a prerrogativa de constranger antecessores.
A estratégia permite que Haddad compartilhe com Gilberto Kassab e José Serra o desgaste que enfrenta desde a autorização do reajuste de R$ 0,20 na tarifa -só revisto após a pressão popular.
Diante da configuração de forças na CPI e da fidelidade da ampla maioria haddadista, a chance de o relatório final alvejar o coração da atual administração é ínfima.

'CHAPA BRANCA', CPI 'ACABARÁ EM NADA', DIZ OPOSIÇÃO

'Chapa branca', CPI 'acabará em nada', diz oposição
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GIBA BERGAMIM JR.
DE SÃO PAULO
País em protestoPara a oposição, a CPI criada pelo PT para investigar contratos do sistema de ônibus vai "acabar em nada".
"Se depender do governo, não terá investigação nenhuma. O presidente vai nomear o relator que ele quiser e ficará por isso mesmo. É chapa branca", disse Floriano Pesaro, líder do PSDB.
O relator é quem define eventuais responsáveis por irregularidades constatadas.
Após ver seu pedido de CPI ser rechaçado, Ricardo Young (PPS) afirmou que a base do prefeito Fernando Haddad (PT) na Casa subestimou a criação da CPI dos Transportes e depois recuou.
"Foi parecido com a queda da tarifa. Primeiro, o prefeito não deu importância e depois teve que reduzir o valor. Com a CPI foi o mesmo recuo. As mudanças só aconteceram porque teve esse movimento que foi às ruas", disse.
Já Paulo Fiorilo (PT), autor e presidente da CPI aprovada, diz que o pedido feito por Young não tinha foco. "Temos agora um objetivo claro, que é analisar todas as planilhas de custos do sistema."
Segundo ele, o partido nunca foi contra a investigação.
PERUEIROS
Provável relator da CPI, Milton Leite (DEM), tem estreita relação com perueiros. Em 2006, ele foi investigado após uma empreiteira que lhe pertencia ter feito a reforma -de R$ 7 milhões- da garagem da cooperativa Cooper Pan.
"Represento os permissionários [perueiros] na Câmara, eles têm meu apoio", disse.
Sobre o contrato para a reforma, afirmou que foi provado que era legal. "O próprio Ministério Público já constatou a legalidade e arquivou [a investigação]", disse.
O vereador defende que a licitação de perueiros seja feita separadamente da que escolherá as empresas de ônibus. "E a prefeitura precisa melhorar o repasse aos perueiros, que recebem R$ 1,50 por passageiro. As empresas recebem R$ 2,30. Não é justo."
FAIXAS
Além de Fiorilo e Leite, farão parte da comissão Dalton Silvano (PV), Edir Sales (PSD), Adilson Amadeu (PTB) e Nelo Rodolfo (PMDB).
Entre os que votaram contra a CPI proposta pelo PT estão Young, a bancada do PSDB, Toninho Vespoli (PSOL) e Gilberto Natalini (PV).
A sessão ocorreu com o plenário lotado. Donos de peruas levaram faixas de protesto. Do lado de fora, 12 manifestantes bloquearam uma pista em frente à Câmara, com uma faixa: "O povo exige CPI dos Transportes".

quinta-feira, 27 de junho de 2013


Por unanimidade, Câmara decide abrir processo para cassar Donadon

Aiuri Rebello
Do UOL, em Brasília
  • Rodolfo Stuckert/Câmara
    Deputado Natan Donadon, que foi hoje condenado à prisão pelo STF Deputado Natan Donadon, que foi hoje condenado à prisão pelo STF
A mesa diretora da Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (26), por unanimidade, abrir um processo regimental para cassar o mandato do deputado Natan Donadon (PMDB-RO), que teve a prisão decretada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
De acordo com o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa será informado ainda hoje sobre a abertura formal do processo e deverá designar o relator.
O Supremo manteve hoje a condenação do deputado por 8 votos a 1 e pediu que fosse expedido um mandado de prisão contra o réu. Em 2010, a corte o condenou a 13 anos e quatro meses de prisão por formação de quadrilha e peculato. Donadon é acusado de participação em desvio de cerca de R$ 8 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia em simulação de contratos de publicidade.  Ele é o primeiro parlamentar condenado à prisão desde a Constituição de 1988.
Mais cedo, Alves disse que Donadon terá cinco sessões para se defender. Depois, o caso seguirá para votação secreta em plenário.
"Reuni todos os líderes desta Casa e, de forma absolutamente amadurecida, responsável, cautelosa e serena, todos decidiram que cabe à Câmara, neste momento, iniciar o exame da perda de seu mandato", disse Alves.
"É bom que toda nação assista. Faço questão de registrar para mostrar a serenidade e a responsabilidade com que esta Casa trata seus deveres. A meu ver, essa Casa a cada dia cresce no conceito da população", afirmou Alves.

Toda semana temos abacaxi pra descascar, diz Alves

Outro lado

Questionado se o deputado ia se entregar, seu advogado, Nabor Bulhões, disse que o deputado está em casa, em Brasília, aguardando a chegada de uma decisão sobre seu destino e o fato de ele se apresentar ou não é "decisão de caráter pessoal".
"Na minha opinião profissional, a decisão do STF é contra toda a ordem institucional vigente. Ele só poderia ser preso de duas formas: ou caso ele tivesse sido cassado pela Casa ou caso a ordem de prisão fosse cumprida posteriormente ao término do mandato do parlamentar,e nunca dessa forma imediata, como foi colocado".
De acordo com o advogado, a situação cria "uma perplexidade institucional", já que há um ruído entre os poderes.

Infográfico

  • Arte/UOL Clique na imagem e veja as funções dos deputados que fazem parte da Mesa Diretora da Câmara

Reunião de líderes

O líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), disse que o processo de cassação deve começar ainda hoje com a escolha de um relator do caso entre os membros da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Segundo ele, o relator deve ser o deputado Sergio Zveiter (PSD-RJ). "Qualquer pessoa que foi condenada criminalmente tem de cumprir sua pena", afirmou Sampaio.
A CCJ aprovou a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 196/12, que institui o voto aberto para processos de cassação de mandato parlamentar por falta de decoro e por condenação criminal com sentença transitada em julgado. Caso a proposta seja votada antes da decisão da cassação pelo Plenário, o processo de Donadon poderá ter os votos abertos.

PMDB expulsa deputado condenado pelo STF do partido

Aiuri Rebello
Do UOL, em Brasília
  • Leonardo Prado - 20.mar.2012/Agência Câmara
    20.mar.2012 - Deputado Natan Donadon (PMDB-RO) durante reunião da bancada do PMDB com o ministro do esporte, Aldo Rebelo 20.mar.2012 - Deputado Natan Donadon (PMDB-RO) durante reunião da bancada do PMDB com o ministro do esporte, Aldo Rebelo
O PMDB expulsou o deputado Natan Donadon (RO) dos quadros do partido nesta quarta-feira (26).
O STF (Supremo Tribunal Federal) manteve ontem a condenação do deputado e pediu que fosse expedido um mandado de prisão contra ele, que ainda não foi encontrado pela Polícia Federal. Em 2010, a Corte o condenou a 13 anos e quatro meses de prisão por formação de quadrilha e peculato.
Donadon é acusado de participação em desvio de cerca de R$ 8 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia em simulação de contratos de publicidade.  Ele é o primeiro parlamentar condenado à prisão desde a Constituição de 1988.
A informação sobre a desfiliação de Donadon foi dada à reportagem do UOL pelo presidente do partido, senador Valdir Raupp (RO). Questionado pela reportagem o que achava da condenação do deputado, Raupp recusou-se a responder, ficou em silêncio e entregou uma nota do diretório estadual do PMDB de Rondônia informando a desfiliação.
Donadon não cumpriu o acordo de se entregar à Polícia Federal até as 12h desta quinta-feira (27). Agora, Donadon está sendo procurado por agentes da PF.
"O diretório estadual do PMDB de Rondônia informa que decidiu desligar de seus quadros Natan Donadon e Marcos Antônio Donadon", dizia o documento entregue por Raupp.
Marcos Antônio é deputado estadual em Rondônia e foi preso na madrugada de ontem em Porto Velho. Ele foi condenado pelos crimes de peculato e formação de quadrilha por envolvimento em um esquema de desvio de recursos da Assembleia Legislativa local.

Cassação

A mesa diretora da Câmara dos Deputados decidiu ontem, por unanimidade, abrir um processo regimental para cassar o mandato do deputado Natan Donadon. O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) já foi informado e o parlamentar terá cinco sessões para se defender. Depois, o caso seguirá para votação secreta em plenário.

Gilmar Mendes diz que classificar corrupção como crime hediondo não é suficiente

Pedro Peduzzi
Da Agência Brasil, em Brasília
  • Pedro Ladeira/Folhapress
    Ministro Gilmar Mendes durante sessão do STF no início do mês Ministro Gilmar Mendes durante sessão do STF no início do mês
Para o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a aprovação do projeto de lei que considera hediondo o crime de corrupção não apresentará os resultados esperados pela sociedade, por causa das falhas e da lentidão da Justiça Criminal e do sistema penal brasileiro. A matéria, aprovada ontem (26) pelo Senado, aguarda votação na Câmara dos Deputados.
"Não vejo que isso vá trazer de fato combate à corrupção ou a qualquer outro crime que venha a ser considerado hediondo, porque nós temos um sistema penal e uma Justiça Criminal altamente falhos e lentos, que permitem que muitos escapem pela prescrição, e que, às vezes, fiquem presos para depois [serem] absolvidos", disse nesta quinta-feira (27) o ministro em evento no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Segundo o ministro, seria mais interessante que fossem dadas prioridade e ênfase ao sistema criminal. "Se me coubesse fazer uma escolha política, eu tentaria articular as ações do CNMP, do CNJ [Conselho Nacional de Justiça], da Polícia Civil e da administração, porque é um todo complexo, que envolve a investigação, a denúncia, o acompanhamento pelo Ministério Público e o julgamento pelo Judiciário", acrescentou o ministro.
Gilmar Mendes elogiou o arquivamento, pelo Congresso Nacional, da Proposta de Emenda Constitucional 37/2011 – chamada PEC 37, que limitaria o poder de investigação criminal do Ministério Público.
"Foi um grande ganho. Não era necessária uma PEC para disciplinar matéria. Até porque, como o próprio STF vem sinalizando, é possível compatibilizar as atividades de investigação da polícia, reconhecidas no texto constitucional, com as atividades complementares de investigação que podem ser desenvolvidas pelo Ministério Público", disse Mendes. Ele acrescentou que "talvez caiba [ainda] uma lei ou uma alteração no Código de Processo Penal para que não haja dúvida quanto à observância do devido processo legal por parte do MP".

FALSO DEBATE SOBRE A PEC 37

Falso debate sobre a PEC 37

Por Paulo Moreira Leite
Desde janeiro de 2013, é diretor da ISTOÉ em Brasília. Dirigiu a Época e foi redator chefe da VEJA, correspondente em Paris e em Washington. É autor dos livros A Mulher que era o General da Casa e O Outro Lado do Mensalão.

O debate em torno da PEC 37 ocorre num momento especialmente instrutivo para quem se preocupa com a preservação das instituições democráticas.

A PEC, nós sabemos, pretende garantir exclusividade às forças policiais no trabalho de investigação criminal.
Só para você ter uma ideia do que está acontecendo.
Dias atrás, tivemos um mutirão de 158 promotores. Os jornais e emissoras de TV disseram que sua finalidade era combater a corrupção. O próprio Roberto Gurgel, procurador-geral da República, deu um esclarecimento em outra linha: "O MP está mobilizando a sociedade no sentido de mostrar que o que se deseja com a PEC 37 é concentrar as investigações num único órgão do Estado, a Polícia. É um retrocesso gigantesco para a persecução penal e para o combate à corrupção.”
É grotesco.
O procurador-geral admite que o Ministério Público fez prisões e operações de busca com a finalidade de fazer propaganda de um ponto de vista político e pressionar o Congresso. O Estado de S. Paulo, o mais antigo dos grandes jornais do país, diz que é isso mesmo – e critica Gurgel, em editorial.
“Se fosse apenas uma demonstração de eficiência dos Ministérios Públicos (MPs) estaduais e da Procuradoria-Geral da República no cumprimento de suas atribuições funcionais, o mutirão contra a corrupção - integrado por 158 promotores - mereceria aplauso. Infelizmente, porém, ele foi realizado com propósitos corporativos e políticos.” 
Disse ainda o jornal: “Mais do que um ato de protesto, essas operações midiáticas são uma verdadeira tentativa de retaliação contra políticos, por parte do MP.”
É isso, meus amigos: “uma tentativa de retaliação contra políticos.” Quem quer retaliar os políticos?
Até onde eu sei, quem faz isso é o eleitor, em urna. Retalia quem não gosta, promove quem agrada e dá uma chance a quem levanta esperanças. Fazemos isso pelo voto em urna, soberano, origem dos poderes da nação. 
É assim nas democracias, o pior regime que existe com exceção de todos os outros. 
Vamos pensar um pouco mais. Nesta operação exemplar, tivemos dezenas de prisões, operações de busca, e até dois parlamentares paulistas com seus telefones grampeados, em algo que é uma campanha marketing. Não se iluda. Em poucos dias, o saldo dessa operação de “demonstração” estará nos jornais, um punhado de políticos será acusado a partir de informações vazadas e o país estará estarrecido diante de mais um escândalo.
Sei que a corrupção existe e que é preciso que seja punida e investigada.  Mas a perseguição política não leva a parte alguma.
Seleciona alvos, define adversários e escolhe suas vítimas ao sabor de opções que não têm caráter técnico. 
Só para dar um exemplo, que todos podem lembrar: não é curioso que o celebre mensalão mineiro, pioneiro e original, iniciado nas eleições de 1998, só tenha sido investigado anos depois que se apurou o mensalão petista? 
E não é curioso que até ministros admitem que o interesse da imprensa – uma instituição privada, com interesses próprios e visão política própria – tenha interferido nesse comportamento?
Não se deve generalizar uma discussão que não tem mocinhos nem bandidos, mas é preciso entender o principal: estamos assistindo a uma disputa de garantias constitucionais e direitos democráticos. Este é o debate em torno da PEC 37.
Não sou em quem diz isso, mas a seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil, que acaba de criar uma Comissão de Defesa da Constitucionalidade das Investigações Criminais. Procurando esclarecer as coisas, o advogado Marcos Costa, presidente da OAB-São Paulo apoia a PEC 37 e explica, em entrevista ao Estado de S. Paulo de hoje:
"A PEC não quer restringir os poderes do Ministério Público, cujo papel é relevantíssimo e está claramente estabelecido pela Constituição Federal de 88. Na verdade, propõe restabelecer a imparcialidade na fase de investigação, segundo a qual a Polícia Judiciária (Civil e Federal) investiga, o Ministério Público denuncia, a Advocacia faz a defesa e o Judiciário julga."
Para Costa, "quem acusa não pode comandar a investigação, porque isso compromete a isenção, quebra o equilíbrio entre as partes da ação penal".
A PEC 37 devolve à polícia o direito de investigar uma denúncia criminal.
Já ao Ministério Público caberia  determinar a abertura de uma investigação e apresentar uma denúncia à Justiça, se for o caso. 
Por quê? Como ensina o mesmo Estadão: “No Estado de Direito, quem acusa não deve ter a prerrogativa de investigar, sob pena de se pôr em risco o devido processo legal e ferir liberdades públicas e individuais.”
O problema é que vivemos hoje uma situação em que essas funções estão embaralhadas. Temos, assim, uma situação estranha, em que o trabalho da polícia é diminuído e dispensado, em nome da supremacia do Ministério Público. Vamos ver alguns casos realmente exemplares.
Como é fácil de comprovar pela leitura dos autos da ação penal 470, várias conclusões da Polícia Federal – sobre os empréstimos ao PT, sobre o papel dos dirigentes partidários e ministros, contribuições de empresas privadas – não foram devidamente respondidos nem considerados pela denúncia.
Uma leitura possível  é que se considerou o que interessava – e se dispensou aquilo que não ajudava na tese da acusação. 
Outro aspecto. Os doadores privados do mensalão foram excluídos da denúncia e nenhum se sentou no banco dos réus. Entregaram  milhões de reais, informa a Política Federal e também a CPMI dos Correios. Foram seletivamente deixados de lado. Mesmo documentos oficiais não foram levados em conta, no esforço para denunciar que houvera desvio de dinheiro público.
Na morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel, tivemos duas conclusões opostas. A Polícia Civil de São Paulo concluiu que foi crime comum. A pedido de Geraldo Alckmin, uma nova equipe policial, com uma delegada de outra área, refez o inquérito e chegou à mesma conclusão. A Polícia Federal, num trabalho realizado a pedido do então presidente Fernando Henrique Cardoso, também. 
Mas o Ministério Público diz que foi um crime encomendado.
Resultado: os réus são acusados de um tipo de crime que contraria frontalmente a conclusão de três investigações policiais. Muitos já foram até condenados em nome do crime encomendado.
Nem vou entrar no mérito desses casos específicos, embora tenha uma opinião conhecida a respeito.
Mas é difícil negar que, ao evitar a separação entre o trabalho de investigar e o de acusar, a legislação deixa uma porta aberta para abusos.
É simples como uma fábula infantil: a parte que acusa não pode estar contaminada nem envolvida com o trabalho de investigação.
Eu não posso ter a função legal de encontrar aquilo que quero procurar. É absurdo.
Cabe à acusação levantar as hipóteses que considerar cabíveis numa denuncia e exigir que todas sejam investigadas e examinadas com rigor. Os promotores podem mandar a polícia refazer o trabalho, reexaminar suas conclusões e ir atrás de novos indícios.
Não podem, no entanto, substituir a polícia.  Não podem ocupar seu lugar quando discordam da investigação.
O Estadão escreveu que a PEC 37 merece ser aprovada.
Conheço opiniões que defendem uma outra proposta, que preserve o poder de investigação da polícia, mas assegure que os promotores possam supervisionar o trabalho.
Observadores céticos de Brasília julgam que é tudo um teatro, mais uma vez.
Se o MP faz um mutirão para ameaçar os parlamentares, estes fingem que irão colocar a PEC 37 em votação como uma forma de amansar o Ministério Público.
Aqueles que têm motivo real para temer uma investigação bem feita se escondem por trás das garantias fundamentais para assegurar a própria proteção.
Sentem-se chantageados e respondem com a mesma arma.
Mas seria bobo desprezar os aspectos políticos do debate.
As democracias justificam sua existência porque garantem os direitos a todos e só condenam uma pessoa depois que sua culpa foi inteiramente provada. A separação de atribuições é uma forma de a própria sociedade controlar o que é feito e impedir abusos.
O predomínio de uma força sem controle é o caminho mais fácil para o abuso em que se condena com base em indícios, em suposições, em deduções ou com base em denúncias arrancadas daquele jeito tão feio e tão selvagem que anos depois é preciso fazer Comissões da Verdade para descobrir um pouco, mas só um pouco, daquilo que havia por trás de tanta mentira e tanta brutalidade que envergonha a todos, não é mesmo?

CENTRAIS SINDICAIS E MST MARCAM ATO UNITÁRIO PARA 11 DE JULHO EM TODO O PAÍS

Do Brasil de Fato
Centrais sindicais e MST marcam ato unitário para 11 de julho em todo o país
da Redação
Em reunião realizada nessa terça-feira (25), as centrais sindicais e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) marcaram para 11 de julho o Dia Nacional de Lutas, com o lema “Pelas liberdades democráticas e pelos direitos dos trabalhadores”. As paralisações, greves e manifestações terão como objetivo destravar a pauta da classe trabalhadora no Congresso Nacional e nos gabinetes dos ministérios, além de construir e impulsionar a pauta que veio das ruas nas manifestações realizadas em todo o país nos últimos dias.
Vão participar da mobilização nacional a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central Sindical e Popular (CSP) Conlutas, a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), a Central dos Sindicatos do Brasil (CSB) e a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), além do MST.
Na reunião dessa terça-feira, as centrais sindicais e o MST estabeleceram uma plataforma unitária de lutas, com os seguintes pontos: 1) Educação: pelos 10% do PIB, melhoria da qualidade, ciranda infantil nas cidades, etc.; 2) Saúde: garantia de investimentos conforme a Constituição, melhoria do Sistema Único de Saúde (SUS), apoio à vinda dos médicos cubanos, etc.; 3) Redução da jornada de trabalho para 40 horas: aprovação do projeto que está na Câmara; 4) Transporte público de qualidade: proposta de tarifa zero em todas as grandes cidades; 5) Contra a PEC 4330: projeto do governo que institucionaliza o trabalho terceirizado sem nenhum direito, como Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e férias; 6) Contra os leilões do petróleo; 7) Pela Reforma Agrária: solução dos problemas dos acampados, desapropriações, recursos para produção de alimentos sadios, legalização das áreas de quilombolas, entre outras reivindicações; 8) Pelo fim do fator previdenciário, que afeta a classe trabalhadora ao se aposentar.
Além disso, os movimentos sociais defendem como bandeiras da mobilização a reforma política e do plebiscito popular sobre o tema; a reforma urbana para enfrentar a crise das grandes cidades e a especulação imobiliária; e a democratização dos meios de comunicação, com o encaminhamento ao Congresso Nacional do Projeto de Lei de Iniciativa Popular construído pelo Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC) e em fase de coleta de assinaturas.
A mobilização nacional também denunciará o genocídio da juventude negra e dos povos indígenas; a repressão e a criminalização das lutas e dos movimentos sociais; e a impunidade dos torturadores da ditadura civil-militar. Além disso, as centrais sindicais e os movimentos demonstrarão repúdio à aprovação do estatuto do nascituro e à redução da maioridade penal.
Nesta quarta-feira (26), os itens da pauta foram apresentados à presidenta Dilma Roussef, em audiência realizada no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). (com informações da CUT)


Após reunião com Dilma, Campos diz que base "majoritariamente" apoia plebiscito

Débora Melo
Do UOL, em Brasília
  • Roberto Stuckert Filho/PR
    A presidente Dilma Rousseff se reúne nesta manhã com os presidentes dos partidos que compõem a base aliada no Congresso A presidente Dilma Rousseff se reúne nesta manhã com os presidentes dos partidos que compõem a base aliada no Congresso
Após reunião na manhã desta quinta-feira (27) da presidente Dilma Rousseff com os presidentes dos partidos da base aliada do governo federal no Palácio do Planalto, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que é presidente do PSB, disse que a base aliada pretende ajudar a presidente e que "majoritariamente" os partidos concordaram com a ideia de fazer um plebiscito sobre a reforma política.
"Dá para fazer uma reforma política sem ouvir a sociedade? Todos foram unânimes em dizer que temos que ouvir. Pode ser até que tenha alguém que pense em ouvir depois, mas, majoritariamente, entende-se que é preciso ouvir antes", disse Campos em referência à realização do plebiscito sobre a reforma política.

Qual a melhor maneira de fazer a reforma política no Brasil?

Resultado parcial
O governador evitou, no entanto, declarar apoio abertamente ao plebiscito. "O Congresso vai poder, em decidindo pelo plebiscito,  ouvir objetivamente a sociedade brasileira", disse.
"A disposição nesse momento dos partidos da base é de ajudar a presidente Dilma a dar sequência ao esforço que tem feito de ouvir e dar consequência aos reclames das ruas do Brasil. Que a gente possa fazer com toda essa energia faça bem ao Brasil", declarou o governador pernambucano, que é tido como provável candidato nas eleições presidenciais de 2014.
Participaram também da reunião os ministros Aloizio Mercadante (Educação), Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e José Eduardo Cardozo (Justiça), além do vice-presidente, Michel Temer.
Entre os presidentes de partidos, estiveram presentes, além de Campos, Gilberto Kassab (PSD), Alfredo Nascimento (PR), Carlos Lupi (PDT), Renato Rabelo (PC do B), Rui Falcão (PT), Valdir Raupp (PMDB), Ciro Nogueira (PP), Marcos Pereira (PRB) e Benito Gama (PTB).

Encaminhamento do plebiscito

Segundo Mercadante, que falou em nome do Planalto, o modo pelo qual a consulta será feita, assim como o conteúdo, ainda estão em aberto. Ele disse que não houve tempo ainda para discutir as perguntas do plebiscito, mas que dois temas surgiram como principais: financiamento e sistema eleitoral (forma de votação).

Plebiscito x referendo

Caio Guatelli/Folhapress
Plebiscito é uma consulta direta ao cidadão em que ele se manifesta sobre um assunto antes que uma lei sobre o tema seja estabelecida. Leia mais
Referendo é uma forma de consulta ao cidadão sobre um determinado tema. No entanto, ele ocorre quando o povo é chamado a manifestar-se sobre uma lei após ela ter sido elaborada e aprovada pelos órgãos competentes do governo federal. Leia mais
Quem é a favor do plebiscito: O governo federal. "É muito importante que o povo opine. A reforma política se arrasta há anos. É necessário que o povo diga qual o sistema que ele quer, qual o sistema que ele acha legítimo", disse o ministro da Justiça. Leia mais
Quem é a favor do referendo: A oposição ao governo. Os oposicionistas afirmam que o referendo tem maior facilidade de ser colocado em prática porque os temas da reforma são complexos para serem respondidos de forma simplificada pela população em um plebiscito Leia mais
Mercadante afirmou ainda que a decisão do governo é pelo plebiscito e que o governo está aguardando definição do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) uma definição sobre a melhor data para a realização da consulta.
"Vamos tratar do que é essencial, das balizas. O plebiscito vai nortear e balizar a reforma. Tem que ir no cerne do problema", disse Mercadante.
O ministro voltou a afirmar que a palavra final sobre a realização da consulta é do Congresso Nacional. "Mas não acho que qualquer partido vai negar a vontade manifestada pelo povo."
A agenda de reuniões continua: às 14h, a presidente se encontra com líderes partidários da Câmara e, às 16h, com os líderes do Senado.
Após anunciar um plebiscito sobre a reforma política e um pacto com cinco itens para a melhoria dos serviços públicos, a presidente foi criticada por ter tomado a decisão sem ouvir o Congresso.
Na terça-feira, Renan disse que talvez a presidente "não tenha tido tempo" de consultar os parlamentares sobre seu projeto de reforma política.
Depois do pacto, Dilma já se reuniu com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, e com o presidente do Congresso nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Após protestos, Dilma propõe cinco pactos - 8 vídeos