quinta-feira, 26 de julho de 2018

Lula tem 41% e leva no 1° turno

Por isso, o TSE, o STJ, o STF e a Globo não permitem que ele se candidate
publicado 26/07/2018
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(Reprodução: PT-MG)


Do Portal da CUT:

CUT/Vox: com 41% das intenções de votos, Lula continua imbatível


Mesmo mantido como preso político há mais de 100 dias na sede da Polícia Federal, em Curitiba, e atacado ferozmente por setores do Judiciário e da mídia, o ex-presidente Lula continua imbatível e seria eleito no primeiro turno se as eleições fossem hoje, de acordo com pesquisa CUT/Vox Populi, realizada entre os dias 18 e 20 de julho.

Ao contrário do que os opositores sonharam, Lula segue na liderança e nem mesmo as manobras políticas e jurídicas para mantê-lo preso abalaram as intenções de votos no ex-presidente.

É o que comprovou a pesquisa, inclusive nas simulações de segundo turno, onde Lula também derrotaria qualquer adversário por ampla margem de votos.

Pesquisa estimulada
No cenário estimulado, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados, as intenções de voto em Lula aumentaram para 41% contra 39% registrado em maio.

Já a soma de todos os outros adversários alcançou 29%, segundo a pesquisa CUT/Vox Populi, divulgada nesta quinta-feira (26).

No segundo lugar, com praticamente um terço das intenções de votos de Lula, está o deputado Jair Bolsonaro (PSL), que se manteve com 12%; seguido por Ciro Gomes (PDT), que alcançou 5%. Marina Silva (Rede) caiu de 6% para 4%, empatando com Geraldo Alckmin (PSDB), que também registrou apenas 4%.

Manuela D’Ávila (PC do B) e Álvaro Dias (Podemos) têm cada um 1% das intenções de votos. Os entrevistados que disseram que irão votar em outros candidatos atingiu 2%. O percentual dos que não vão votar em ninguém, brancos e nulos totalizou 18% e não sabem ou não responderam, 12%.



Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, Lula segue na liderança de todas as pesquisas eleitorais porque os brasileiros sentem saudade de seu governo e não esquecem como a vida era melhor quando ele era presidente do Brasil.

O ex-presidente Lula, lembra Vagner, fez a economia crescer e ainda distribuiu renda, gerou mais de 20 milhões de empregos sem alterar uma vírgula a CLT, tirou milhões de brasileiros da fome e da miséria e proporcionou a maior inclusão social e educacional da história, com a ampliação do acesso de milhões de brasileiros e brasileiras às universidades.

“Com o golpe, praticamente 80 mil alunos deixaram de ingressar no ensino superior privado neste ano por causa da crise. Já são quase 14 milhões de desempregados, fora os mais de 27 milhões de subempregados, que poderiam estar trabalhando, mas não há vaga no mercado de trabalho”, critica Vagner, ao destacar que as pessoas voltaram a passar fome no País e milhares de famílias estão endividadas e sem esperança.

“O povo sabe que a vida era melhor com Lula e tem a consciência de que ele é o mais preparado para tirar o Brasil da crise provocada por Temer e seus aliados golpistas, por isso ele é continua sendo o preferido pelo povo.”

Nordeste inteiro está com Lula
No Nordeste, a saudade de Lula é ainda maior e ele continua sendo imbatível e o mais querido pelo povo da Região.

O ex-presidente tem 58% das intenções de votos entre os nordestinos contra os 8% alcançado por Ciro, seguido por Bolsonaro, com 7%. Alckmin aparece com 3% e Marina caiu de 6% para 2%. Os demais não pontuaram.

Aumentam as intenções de votos no Sul
No Sul, aumentou de 31% para 34% as intenções de voto em Lula. Em segundo lugar aparece Bolsonaro, com 19%, seguido por Álvaro Dias, que caiu de 10% para 5%, empatando com Ciro Gomes (5%). Marina e Alckmin também aparecem empatados com 4% cada. Manuela tem 1% e outros 4%.

No Sudeste, Lula tem 33% das intenções de voto contra 12% de Bolsonaro. O candidato tucano, Geraldo Alckmin, apesar de governar São Paulo por quase 14 anos, aparece com apenas 6% das intenções de votos na Região. Marina tem 4%; Ciro 2%; Manuela e Álvaro Dias 1% cada; e outros 3%. O percentual dos que não vão votar em ninguém, brancos e nulos atingiu o maior índice no Sudeste, sendo a opção de 25% dos entrevistados.

Centro-Oeste também está com Lula
No Centro-Oeste e Norte, Lula também é o preferido pelo eleitorado e tem 39% das intenções de votos. Em segundo lugar aparece Bolsonaro com 17%, seguido por Marina (8%); Ciro (6%); Alckmin (2%); Álvaro Dias (1%); e outros (1%).

Cenário espontâneo
Na pesquisa espontânea, Lula também está bem na frente dos demais candidatos.

O ex-presidente passou de 34% para 37% das intenções de votos. Bolsonaro se manteve em segundo lugar, com 10%; Ciro tem 3%; Alckmin caiu de 3% para 2% e segue empatado com Marina Silva (2%) e com o ex-presidente FHC, citado por 2% dos entrevistados.

Joaquim Barbosa, Sergio Moro, Aécio Neves, Eduardo Jorge e Álvaro Dias aparecem com 1% das intenções de voto cada.

Os que disseram que vão votar em outros candidatos alcançaram 3%. Ninguém, brancos e nulos 18% e não sabem ou não responderam 18%.

Segundo turno
Nas simulações de segundo turno, Lula derrotaria todos os adversários com tranquilidade.

O ex-presidente tem 50% das intenções de votos contra 16% de Bolsonaro (em maio Lula tinha 47% e Bolsonaro 16%).

Lula também ganharia com folga da candidata da rede com 50% dos votos contra 12% de Marina (em maio o placar era de 45% contra 14%).

Contra Ciro, o resultado é semelhante. Lula tem 50% das intenções de voto e o candidato do PDT apenas 11%.

Já quando o adversário é Alckmin, o ex-presidente Lula passa dos 50% para 52% das intenções de votos contra apenas 10% do candidato tucano (em maio, Lula tinha 47% contra 11% de Alckmin).

A pesquisa CUT/Vox Populi foi realizada com brasileiros de mais de 16 anos, residentes em áreas urbanas e rurais, de todos os estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior, de todos os estratos socioeconômicos.

Foram ouvidas 2000 pessoas, em entrevistas feitas em 121 municípios. Estratificação por cotas de sexo, idade, escolaridade e renda. A margem de erro é de 2,2 %, estimada em um intervalo de confiança de 95%.
TV Afiada

Quem governará o poste do Lula?

domingo, 22 de julho de 2018

Pesquisa genética desenvolve mamona atóxica capaz de alimentar animais


Foto: Saulo Coelho
Saulo Coelho -
Cientistas conseguiram resolver um dos maiores desafios para o uso da mamona (Ricinus communisL.) na alimentação animal. Pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF) desenvolveram uma mamona sem ricina, uma das substâncias mais tóxicas conhecidas que chega a ser citada na Convenção Internacional para Proibição de Armas Químicas. Os pesquisadores preveem que o novo material deve demorar, no mínimo, quatro anos para estar disponível no mercado.
Proteína presente na semente da planta, a ricina inviabiliza o uso da torta de mamona, subproduto do processamento do óleo de mamona, na alimentação animal. A proteína também apresenta riscos de intoxicação durante o processo de obtenção do óleo, produto valorizado na indústria por sua alta qualidade e empregado em cosméticos, tintas, lubrificantes e vários outros produtos.
Por isso, mesmo sendo potencialmente interessante para a alimentação animal, a torta de mamona passou a ser descartada pelos produtores rurais por causa da substância tóxica que é encontrada exclusivamente no endosperma (tecido de armazenamento de nutrientes) das sementes da planta.

Silenciamento gênico em mamona

Na pesquisa conduzida pela equipe do pesquisador da Embrapa Francisco Aragão, foram geradas mamoneiras sem a presença de ricina por meio de silenciamento gênico, técnica que permite “desligar” genes específicos.
Proteínas das sementes foram usadas em experimentos com ratos em uma quantidade de 15 a 230 vezes os valores da dose letal mediana (DL50), suficiente para matar metade da população dos animais pesquisados, e todo o grupo sobreviveu sem sequelas. “Uma vez incorporado, esse resultado promoverá grandes impactos econômicos na cadeia produtiva da mamona e da produção animal, com inserção estratégica e competitiva na bioeconomia”, acredita Aragão.

Mercado promissor

O teor de óleo na semente de mamona varia de 40% a 43%. Após a extração do óleo, a torta resultante é utilizada como fertilizante orgânico, com baixo valor no mercado. A torta de mamona sem ricina poderá ser utilizada na formulação de rações animais, elevando, assim, seu valor de mercado.
Considerando a produção nacional estimada para a safra de 2017/2018 de 16,2 mil toneladas de bagas de mamona e que a torta representa cerca de 60% desse montante, a produção de torta da oleaginosa poderá ser de 9.720 toneladas para o aproveitamento na alimentação animal. Além do Brasil, a tecnologia tem potencial para ser empregada em outros países produtores de mamona, com destaque para Estados Unidos, Índia e China.

Próximos passos

Para que a mamona sem ricina chegue ao mercado, há diversas etapas a serem percorridas, segundo explica o pesquisador José Manuel Cabral, chefe-geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. “O próximo passo deverá ser a associação da Embrapa com empresa privada para incorporar a característica genética em cultivares de interesse comercial”, detalha. Após essa fase, a ser desenvolvida em laboratórios e casas-de-vegetação, Cabral conta que será iniciada a etapa de experimentos em campo, para determinação dos parâmetros necessários para o registro dessas novas cultivares no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Em seguida, será necessário preparar o processo para aprovação pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). “Para percorrer todo esse caminho, o lançamento comercial da mamona sem ricina deverá demorar entre quatro a cinco anos, prazo necessário para cumprir todas as exigências da legislação brasileira”, prevê o chefe-geral.

A mamona

Essa planta é a única fonte comercial de ácido ricinoléico, aquele que apresenta o maior índice de viscosidade e estabilidade entre os óleos vegetais. Por isso, seu emprego é valorizado na indústria automobilística, em sistemas de freios, e até na indústria aeroespacial, que o utiliza em forma de fluidos de aeronaves e foguetes.
O óleo de rícino, também conhecido como óleo de mamona, e seus derivados são utilizados na indústria química, farmacêutica, cosmética e de lubrificantes de alta qualidade. As sementes, depois de industrializadas, dão origem ao óleo e à torta de mamona, que é o resíduo da extração do óleo, e consiste no mais tradicional e importante subproduto dessa cadeia produtiva.

A produção no mundo

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), os principais países produtores de mamona são a Índia (74%), China (13%), o Brasil (6,1%) e Moçambique (2,5%). Os maiores consumidores são China, Estados Unidos, França, Alemanha e Japão.
A produção brasileira na safra 2017/2018 teve um incremento de 23,7% em relação à safra anterior, atingindo cerca de 16,2 mil toneladas em uma área de pouco menos de 34 mil hectares. A principal região produtora é o Nordeste, sendo que a Bahia responde por mais de metade da produção.

sábado, 21 de julho de 2018

As explosões de Ciro Gomes e o direito à indignação, por Luis Nassif

Foto: Leo Canabarro
 
 
Por Luis Nassif
 
O mínimo que se pode dizer de Ciro Gomes é que não tem papas na língua. Mas aos
que se escandalizam com alguns rompantes seus, é bom que se indaguem a razão de
não se escandalizarem com os motivos que provocaram as explosões.
 
Uma delas foi em uma entrevista que me concedeu, quando afirmou que se a Polícia
Federal invadisse sua casa, ele sendo inocente, seria recebida à bala.
 
Uma opinião midiática amorfa, bestificada, incapaz de enfrentar o monstro que criou,
escandalizou-se com a explosão, e se mantem impassível ante os abusos cometidos
por juízes, procuradores e policiais, invadindo os lares das pessoas, sob qualquer
pretexto.
 
Diz o artigo 5º da Constituição Federal:
 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou
para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; (Vide Lei nº
13.105, de 2015) (Vigência)
 
Ora, determinação judicial não é um ato neutro, acima de qualquer julgamento. Há
que ser bem fundamentada. Ao poder absoluto de ordenar a invasão de um lar, tem
que se contrapor a exigência absoluta de que a medida seja bem fundamentada.
No direito penal, é considerado crime o mero fato de uma pessoa invadir o lar de
outra, nem que de lá nada leve. E para o juiz que autoriza invasões de domicílio sem
justa causa, nada acontece. Há uma banalização do arbítrio.
 
É o que vem ocorrendo com juízes abusando de suas prerrogativas, exagerando no
recurso da prisão cautelar, na autorização para a invasão de casas, sem que haja
razões fundamentadas para tal. Ou havia razão para se invadir a residência do reitor da
Universidade Federal de Santa Catarina ou da Universidade Federal de Minas Gerais e
humilhá-los, como foi feito?
 
Os tribunais superiores nada fazem. O Conselho Nacional de Justiça e o Conselho
Nacional do Ministério Público menos ainda. No Congresso, um grupo de
parlamentares suspeitos e atemorizados não permite avançar uma lei que puna
abusos de autoridade.
 
Restam o quê? As explosões de indignação, ainda que retóricas.
 
Essa é a pior consequência da falta de respeito aos direitos, de limites à atuação
individual dos juízes, procuradores e delegados de polícia.
 
As Associações de Classe pouco se importam com os abusos individuais, que afetam
toda a corporação. Só sabem se manifestar burocraticamente em solidariedade aos
membros que incorrem nesses abusos.
 
O mesmo ocorre nesse segundo episódio, em que uma procuradora estadual de São
Paulo denunciou Ciro por “ofensa racial”, por ter taxado de “capitão do mato” um
vereador presunçoso, que nada faz em defesa das pessoas da sua cor.
 
É evidente quem a decisão da procuradora teve intuito meramente político. Interfere
nas eleições, ao criminalizar uma crítica que não é racista, participa indevidamente do
jogo político – e o MP, hoje em dia, está coalhado de seguidores do MBL – e nada
acontece. Se nada acontece, a não ser a defesa corporativa do MPE de São Paulo,
quem irá conter os abusos?
 
Ao afirmar que ninguém pode se considerar acima da Constituição, o que Ciro
anunciou foi a intenção de, eleito presidente, aprovar leis que coíbam os abusos.
 
Será uma medida benvinda, em defesa do futuro da autonomia de juízes,
procuradores e delegados, cujas corporações não conseguem sequer exigir dos seus

membros o básico: respeito ao poder do qual foram investidor.

Editora Abril, do brilho dos anos 70 ao esgoto de Veja, por Luis Nassif


Em 1998, sabendo que eu tinha boas relações com João Saad, o patriarca da Rede Bandeirantes, Otávio Frias – o dono da Folha – me pediu que fizesse um meio campo entre eles. A Folha e a Abril, de Roberto Civita, pretendiam propor uma participação no capital da Bandeirantes, talvez até uma fusão. Pouco antes, ambos haviam se associado no portal UOL, que absorveu o BOL, da Abril.
Fui o intermediário da sondagem. De concreto, rendeu apenas um almoço na Folha, no qual Frias e Saad me deliciaram com histórias de suas vidas e, principalmente, de Ademar de Barros, ex-governador, sogro de Saad e sócio de Frias em alguns empreendimentos imobiliários.
O caso não avançou. Mas mostrava a pujança dos dois grupos, antes da grande crise cambial de 1999, que resultou em um aumento brutal do endividamento das duas empresas, da Folha devido aos investimentos em uma nova gráfica, da Abril, devido às aventuras na televisão e a uma enorme dispersão de investimentos.

Foi o último momento de brilho de Civita.
O início da decadência ocorreu com o próprio BOL. No início, houve uma disputa entre o modelo UOL e o modelo BOL. A BOL contava com as dezenas de revistas da Abril para fornecer conteúdo. A UOL corria atrás de parcerias de conteúdo.
A UOL foi mais rápida inclusive na montagem da rede de Internet. Enquanto a BOL montava uma verdadeira central telefônica, a UOL saiu atrás de parcerias com os provedores que começavam a se espalhar pelo país.
A fusão foi fatal para a Abril, na medida em que a gestão ficou com Luiz Frias.
Civita não seguiu uma lição da ATT. Sempre que surgia uma tecnologia matadora, a ATT montava uma empresa independente, para que a empresa não fosse sufocada pela reação dos executivos da empresa mãe.
Na Abril, os executivos da era digital foram dizimados pelos velhos executivos do papel.
Pouco tempo depois, Luiz se associou à Portugal Telecom e promoveu um aumento rápido e imprevisto no capital da empresa, diluindo a participação da Abril.
Nos anos seguintes, a UOL empreenderia a mais bem-sucedida aventura tecnológica da Internet brasileira. Aproveitou a liderança na audiência para abrir um sem-número de produtos digitais, de servidores a educação à distância, culminando com o Pag Seguro, que a tornou uma empresa bilionária.
A reação de Civita foi se valer dos recursos mais indecentes do jornalismo empresarial, para tentar recuperar o brilho perdido. Comandou uma campanha de cartelização da mídia que promoveu os momentos mais execráveis da história da imprensa brasileira, um jorrar intermitente de esgoto que tirou grande parte da credibilidade da mídia.
Fez mais que isso. Para tentar sustentar as tabelas de publicidade da Veja, havia indícios de que falsificava a tiragem, através de um expediente custoso: a distribuição indiscriminada da revista, a manutenção de assinaturas vencidas, para iludir o Instituto Verificador de Circulação (IVC) sobre a tiragem paga.
De nada adiantou. As tabelas caíram pela crise e pela competição dos novos veículos que surgiam, basicamente o Google e o Facebook. Quando ostentava ainda a tiragem de 1,2 milhão, o mercado já trabalhava com uma tiragem real de 800 mil.
Ao mesmo tempo, a falta de limites editoriais, o jornalismo baixo praticado no período foi afastando os melhores leitores, derrubando as vendas e aumentando os custos de turbinar a tiragem.
Dali em diante, Roberto Civita mostrou ao país a face mais pestilenta do jornalismo. Criou um macarthismo a brasileira, adotando o estilo de Rupert Murdok. A primeira experiência do jornalismo de ódio foi na campanha do desarmamento. A partir dali, Veja passou a trabalhar um jornalismo de ódio poucas vezes visto na história de qualquer nação civilizada.
E, por trás do estilo, passou a se valer da política para tentar afastar concorrentes do mercado de cursos apostilados e livros didáticos, vender capas ao Banco Opportunity e para a indústria farmacêutica.
Na busca desesperada de alternativas, entrou no mercado de educação, valendo-se da virulência da Veja para ameaçar autoridades e conquistar favores. De José Serra, conseguiu assinaturas de todo tipo, adquiridas pela Secretaria da Educação, da revista Abril a gibis. Enquanto isto, colocava exército de vendedores para abordarem prefeituras e escolas públicas para que adotassem seus cursos e seus livros didáticos.
Quando o Ministério da Educação Tarso Genro decidiu adotar a isonomia na compra de livros didáticos, oferecendo à rede escolar a relação dos livros adquiridos pelo MEC, Civita chegou a ameaça-lo com uma capa de Veja. Não colou.
Nada disso impediu sua decadência.
A Abril de Victor Civita, das coleções de música popular, dos Economistas, dos filósofos, cedeu lugar ao pior jornalismo da história. O corpo de funcionários, antes orgulhosos do profissionalismo com que eram tratados e, principalmente, da imagem da Abril junto à opinião pública, perdeu o brilho. O espaço foi ocupado por blogueiros especializados em disseminar o ódio e os baixos instintos.

Agora, a Abril morre sem deixar saudades.

Globo esculhamba aliança do Alckmin com Centrão

Quanto pagou?
publicado 21/07/2018
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O Conversa Afiada reproduz editorial deste sábado 21/VII do Globo Overseas (empresa que tem sede na Holanda para lavar dinheiro e subornar agentes da FIFA com objetivo de ter a exclusividade para transmitir os jogos da seleção):

A espúria negociação de uma aliança


Se o anunciado acordo entre o dito centrão e Geraldo Alckmin for confirmado no decorrer da semana, a candidatura do tucano ganhará forte impulso medido em tempo de propaganda eleitoral. Liderará o ranking de exposição na TV, com no mínimo 4 minutos e 46 segundos, 38% do total do horário político.
Isso porque Alckmin contará com as cotas, além do PSDB, do DEM, do PP, do PR, do PRB e do SD. Terá feito o maior lance de um candidato antes do período de convenções, que começou ontem. Reforça-se a imagem de Alckmin como eficiente político à antiga, da conversa ao pé do ouvido, expertise desenvolvida no interior de São Paulo, onde se lançou no ramo em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, até governar o estado por quatro vezes: ao finalizar o mandato de Mário Covas, de quem era vice, e mais três gestões.
Como o momento é de baixo nível ético na política brasileira, as legendas que compõem o centrão usam conhecidas moedas de troca nessas negociações: cargos e acesso ao dinheiro público. O PP tem extensa experiência neste balcão de negócios, bem como o PR, virtual “dono” do Ministério dos Transportes, desde o primeiro governo Lula, a partir de 2003. Enquanto Paulinho da Força, do Solidariedade (SD), até já teria conseguido algum compromisso de Alckmin de, no Planalto, encontrar nova fonte de financiamento sindical, para substituir o imposto revogado pela reforma trabalhista. Pode-se entender que a origem do dinheiro, como sempre nessas circunstâncias, será o Tesouro, sustentado pelo contribuinte.
É natural que se argumente que este é o padrão da política brasileira, e que não há outra maneira de se chegar ao poder. Argumento forte, mas o último que aceitou sujar as mãos nessas barganhas está preso em Curitiba, enquanto seu partido, o PT, se esforça para viabilizar sua impossível candidatura.
Se Alckmin seguir a trilha dessas barganhas, será necessário que o eleitor saiba o que foi negociado. Tanto quanto isso, suas propostas de governo precisarão ser claras, e terá de recusar ideias de aliados que não façam sentido no seu programa. E sem transigir na ética.
O estilo de fazer política ajuda Alckmin nesta costura, mas devem ter contribuído, também, na decisão do centrão de se afastar de Ciro Gomes e optar pelo ex-governador paulista, as posições do candidato do PDT contra a associação Embraer/Boeing, leilões do pré-sal e a reforma trabalhista. Além de clássicas demonstrações de destempero do ex-ministro e ex-governador do Ceará.
A princípio, o cobiçado espaço do centro passa a ter um forte aspirante a ocupá-lo. Mas tudo depende do comportamento de Alckmin, que nem de longe pode ser o da campanha que disputou (2006, contra Lula), em que ficou receoso de ir contra a demagogia. Ao contrário, aderiu.

Dias traça o mapa dos jovens bolsominions

Elite jovem dá um tiro no pé
publicado 21/07/2018
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O Conversa Afiada extrai da Carta Capital desta semana a Rosa dos Ventos, de Mauricio Dias:

Os jovens bolsominions


deputado e ex-capitão do Exército Jair Bolsonaro tornou-se, sem dúvida, a mais curiosa e perigosa atração de uma eleição na qual  boa parte dos eleitores parece mesmo disposta a votar nele. Sem a presença de Lula, as chances deste tresloucado competidor crescem. A competição é importante. Talvez uma das mais inquietantes da República. Ela sucede a um golpe que, lentamente, leva o País para o fundo do poço. A queda é profunda e está longe do fim. 
Pode-se falar de uma disputa que, na reta final, é hoje, e poderá vir a ser amanhã, uma inédita reação suicida da sociedade. O Brasil tem cerca de 150 milhões de eleitores. Se a eleição fosse hoje, a metade não votaria. As pesquisas, até agora, apontam para uma grande rejeição na intenção de votos nulos e brancos. Eles se somam àqueles eleitores que não souberam e os que não responderam à pergunta: “Em quem vai votar?” E há ainda os cidadãos dispostos a não se aproximar das urnas. 
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Protesto infantil. Para saciar o paladar de Bolsonaro, a elite jovem, neste caso, está disposta a dar um tiro no pé. Ou no coturno. Ao votar no ex-capitão, os jovens talvez se sintam descrentes da política. Talvez confiem na equivocada tentativa de vencer o faroeste. Ou, quem sabe, bastariam atrabiliaridades do juiz Sergio Moro?
Dados colhidos na mais recente pesquisa do Ibope mostram a predominância de Lula entre os eleitores mais jovens. Mas essa diferença já foi maior. Eleitores de idade entre 25 e 34 anos ainda perdem para os 23% que sustentam o voto em Lula. Bolsonaro, porém, aproxima-se com 14%. O critério da escolaridade, entretanto, mostra que, no nível superior de ensino, Bolsonaro tem 17% e Lula, 15% (tabela).
Os votos dos mais jovens nas regiões Sudeste e Sul já não são mais sustentados por Lula. O apoio a Bolsonaro é expressivamente maior pelo critério de renda. Entre aqueles que ganham mais de 5 salários mínimos e outros com ganho superior a 2 salários mínimos, Bolsonaro tornou-se, em princípio, insuperável. 
As duas eleições presidenciais, vencidas por Lula, além da vitória de Dilma Rousseff, foram conquistadas com a ampliação de um voto que foi além da linha fronteiriça e própria ao PT. Há agora, no entanto, um claro recuo. Jair Bolsonaro nunca escondeu, nem esconderá agora, que não tem limites para alcançar a cadeira presidencial. Vale tudo. Ele se explica: “Se o nosso foco é a cadeira presidencial, paciência. Só não vamos fazer pacto com o Diabo”.
Calma lá, capitão. O Diabo, caso existisse, não daria nenhuma importância à sua patente. 
TV Afiada

Lula não ser candidato significaria jogar a toalha

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Ipsos/Estadão: rejeição a Moro vai às alturas!

Brito: taxa de aprovação de Lula é imbatível
publicado 19/07/2018
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(Reprodução/Ipsos/Estadão)

Do Tijolaço, de Fernando Brito:

Lula segue líder e passa até o “querido Moro” na Ipsos-Estadão


Nunca antes na história da Lava Jato o prestígio público de seu “super-herói”, Sérgio Moro, esteve tão baixo.
Segunto a pesquisa “Barômetro Político”, realizada pelo Ipsos para o Estadão, o  juiz, que chegou a ter índices de aprovação de 69% em maio do ano passado – quando só tinha 22% de reprovação, baixou para meros 37% de apoio e 55% de rejeição.
Já aquele a quem Moro jurou de morte, Lula, continua sendo o candidato com maior taxa de aprovação (45%) e o de menor índice de rejeição entre os principais nomes na disputa presidencial.
Não coube, no gráfico a  Marina Silva, mas registro: 63%, estatísticamente igual a Ciro Gomes (65%) e a Jair Bolsonaro (64%)  e um pouco menos que Geraldo Alckmin (70%), a quem só Michel  Temer conforta, com seus estratosféricos 93% de reprovação.
A força da verdade é como a lava dos vulcões: pode ficar represada sob a crosta de mentiras e propaganda que os donos da mídia fazem, mas acaba por brotar e olhe lá se não numa violenta erupção, que os sismógrafos das pesquisas mostram estar se armando.
Espero que não se acuse a Ipsos, uma multinacional francesa e o nosso geriátrico Estadão de estarem em alguma aventura bolivariana de lulopetismo estatístico.
Aliás, nem destaque deu para a caríssima pesquisa – R$ 183 mil – nas páginas do jornal paulista.
Meteram os pés pelas mãos e estão colhendo os frutos da manipulação que fizeram, os aprendizes de feiticeiro do golpe judicial.

Lula à Folha: o que vocês temem que eu diga?

Por que não publicou o artigo nos blogs sujos?
publicado 19/07/2018
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Em artigo exclusivo para a Fel-lha, que se dedica a destruir o Lula, o PT e militou no golpe dos canalhas e canalhas, o Presidente Lula voltou a proclamar sua inocência e prometeu fazer um Governo de diálogo:

Luiz Inácio Lula da Silva:
Afaste de mim este cale-se


Estou preso há mais de cem dias. Lá fora o desemprego aumenta, mais pais e mães não têm como sustentar suas famílias, e uma política absurda de preço dos combustíveis causou uma greve de caminhoneiros que desabasteceu as cidades brasileiras. Aumenta o número de pessoas queimadas ao cozinhar com álcool devido ao preço alto do gás de cozinha para as famílias pobres. A pobreza cresce, e as perspectivas econômicas do país pioram a cada dia.

Crianças brasileiras são presas separadas de suas famílias nos EUA, enquanto nosso governo se humilha para o vice-presidente americano. A Embraer, empresa de alta tecnologia construída ao longo de décadas, é vendida por um valor tão baixo que espanta até o mercado.

Um governo ilegítimo corre nos seus últimos meses para liquidar o máximo possível do patrimônio e soberania nacional que conseguir —reservas do pré-sal, gasodutos, distribuidoras de energia, petroquímica—, além de abrir a Amazônia para tropas estrangeiras. Enquanto a fome volta, a vacinação de crianças cai, parte do Judiciário luta para manter seu auxílio-moradia e, quem sabe, ganhar um aumento salarial.

Semana passada, a juíza Carolina Lebbos decidiu que não posso dar entrevistas ou gravar vídeos como pré-candidato do Partido dos Trabalhadores, o maior deste país, que me indicou para ser seu candidato à Presidência. Parece que não bastou me prender. Querem me calar.

Aqueles que não querem que eu fale, o que vocês temem que eu diga? O que está acontecendo hoje com o povo? Não querem que eu discuta soluções para este país? Depois de anos me caluniando, não querem que eu tenha o direito de falar em minha defesa?

É para isso que vocês, os poderosos sem votos e sem ideias, derrubaram uma presidente eleita, humilharam o país internacionalmente e me prenderam com uma condenação sem provas, em uma sentença que me envia para a prisão por "atos indeterminados", após quatro anos de investigação contra mim e minha família? Fizeram tudo isso porque têm medo de eu dar entrevistas?

Lembro-me da presidente do Supremo Tribunal Federal que dizia "cala boca já morreu". Lembro-me do Grupo Globo, que não está preocupado com esse impedimento à liberdade de imprensa —ao contrário, o comemora.

Juristas, ex-chefes de Estado de vários países do mundo e até adversários políticos reconhecem o absurdo do processo que me condenou. Eu posso estar fisicamente em uma cela, mas são os que me condenaram que estão presos à mentira que armaram. Interesses poderosos querem transformar essa situação absurda em um fato político consumado, me impedindo de disputar as eleições, contra a recomendação do Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas.

Eu já perdi três disputas presidenciais —em 1989, 1994 e 1998— e sempre respeitei os resultados, me preparando para a próxima eleição.

Eu sou candidato porque não cometi nenhum crime. Desafio os que me acusam a mostrar provas do que foi que eu fiz para estar nesta cela. Por que falam em "atos de ofício indeterminados" no lugar de apontar o que eu fiz de errado? Por que falam em apartamento "atribuído" em vez de apresentar provas de propriedade do apartamento de Guarujá, que era de uma empresa, dado como garantia bancária? Vão impedir o curso da democracia no Brasil com absurdos como esse?

Falo isso com a mesma seriedade com que disse para Michel Temer que ele não deveria embarcar em uma aventura para derrubar a presidente Dilma Rousseff, que ele iria se arrepender disso. Os maiores interessados em que eu dispute as eleições deveriam ser aqueles que não querem que eu seja presidente.

Querem me derrotar? Façam isso de forma limpa, nas urnas. Discutam propostas para o país e tenham responsabilidade, ainda mais neste momento em que as elites brasileiras namoram propostas autoritárias de gente que defende a céu aberto assassinato de seres humanos.

Todos sabem que, como presidente, exerci o diálogo. Não busquei um terceiro mandato quando tinha de rejeição só o que Temer tem hoje de aprovação. Trabalhei para que a inclusão social fosse o motor da economia e para que todos os brasileiros tivessem direito real, não só no papel, de comer, estudar e ter moradia.

Querem que as pessoas se esqueçam de que o Brasil já teve dias melhores? Querem impedir que o povo brasileiro —de quem todo o poder emana, segundo a Constituição— possa escolher em quem quer votar nas eleições de 7 de outubro?

O que temem? A volta do diálogo, do desenvolvimento, do tempo em que menos teve conflito social neste país? Quando a inclusão dos pobres fez as empresas brasileiras crescerem?

O Brasil precisa restaurar sua democracia e se libertar dos ódios que plantaram para tirar o PT do governo, implantar uma agenda de retirada dos direitos dos trabalhadores e dos aposentados e trazer de volta a exploração desenfreada dos mais pobres. O Brasil precisa se reencontrar consigo mesmo e ser feliz de novo.

Podem me prender. Podem tentar me calar. Mas eu não vou mudar esta minha fé nos brasileiros, na esperança de milhões em um futuro melhor. E eu tenho certeza de que esta fé em nós mesmos contra o complexo de vira-lata é a solução para a crise que vivemos.

Luiz Inácio Lula da Silva
Ex-presidente da República (2003-2010)

quarta-feira, 18 de julho de 2018

NOSSO RETRATO

NADA MAIS REAL COMO UM  FATO QUE ESTÁ ACONTECENDO EM SÃO TOMÉ, TEMOS UMA COMUNIDADE EGRESSA DE UMA ÁREA DO GOVERNO FEDERAL, QUE AOS POUCOS FOI CHEGANDO GENTE E HOJE TEM UM GRANDE CONTINGENTE. VIZINHO A ESTE AGLOMERADO, TEMOS UM GRUPO DE CASAS COM UMA CASA DE SHOW NO MEIO, QUE SEGUNDO UM DOS INTERLOCUTORES ESTÁ HÁ ALGUM TEMPO TENTANTO CONSEGUIR ÁGUA DA CAERN.
O GRUPO DO FOMENTO CONSEGUI ATRAVÉS DO GOVERNO MUNICIPAL ANTERIOR, COM FINANCIAMENTO DO DNOCS UMA PERFURAÇÃO DE UM POÇO NO MEIO DO RIO E TRANSPORTAR ESTA ÁGUA PARA A COMUNIDADE USAR PARA OS ANIMAIS E LIMPEZA DA CASA, LEMBRANDO QUE ESTA  ÁGUA ESTÁ CONTAMINADA PELOS ESGOTOS DA CIDADE QUE SÃO JOGADOS NO SEU LEITO SEM NENHUM TRATAMENTO; EM CONTRAPARTIDA NESTE FINAL DE SEMANA ASSISTO A ESCAVAÇÃO DAS VALAS NO PERCURSO DESTE GRUPO DE CASAS PARA COLOCAÇÃO DE ÁGUA DA CAERN, E SEGUNDO UM DOS BENEFICIÁRIOS FOI CONSEGUIDO ATRAVÉS DA INTERFERÊNCIA DO PREFEITO DE SÃO GONÇALO EM TROCA DA GARANTIA DOS VOTOS PARA A SUA MULHER QUE VAI SER CANDIDATA. CORRUPÇAO PURA. ENQUANTO ISTO O POVO DO FOMENTO SÓ TEM DIREITO A ÁGUA CONTAMINADA, ENQUANTO O GRUPO DA PEDRA DO NAVIO, VAI DE ÁGUA DA CAERN.
LEMBRANDO QUE ESTE GRUPO DO FOMENTO TENTOU COM UMA MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE  SER AGRACIADO PELA ÁGUA DA CAERN E NÃO CONSEGUI.

Sabe o que eu quero para o Galvão?

Ouça um aperitivo do que foi para os assinantes do C Af
publicado 18/07/2018
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Esta é a amostra de mais um episódio da Rádio Navalha, o podcast exclusivo para os assinantes do Conversa Afiada.
Rádio Navalha é o nosso programa de rádio na web, com comentários de PHA sobre a política brasileira e análises sobre o PiG e seus efeitos (deletérios).
Seja um assinante afiadoClique aqui e saiba mais sobre as vantagens para os assinantes do Conversa Afiada.
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TV Afiada

Lula apoia a candidata do PT em PE. E a Gleisi?

terça-feira, 17 de julho de 2018

Falta uma Rosa Weber para enquadrar a PF

Condução coercitiva de PHA não o calará pelo medo nem pelo bolso!
publicado 15/07/2018
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A propósito do post "Navegantes protegem PHA de delegados da PF!", o Conversa Afiada mereceu o seguinte comentário do amigo navegante e blogueiro Esmael Morais, de Curitiba
PHA, em julho de 2016 a ministra Rosa Weber suspendeu 42 ações individuais de juízes contra a Gazeta do Povo. Na época, ela decidiu que "... não se pode afastar o risco de dano, decorrente do comprometimento, cada vez maior, do pleno exercício do direito de defesa nas ações em trâmite, que se diz efetuado com grave prejuízo financeiro e pessoal aos reclamantes (o jornal e os jornalistas), compelidos a se deslocar por todo o Estado para comparecimento em audiências". Os membros do judiciário não gostaram de reportagem sobre supersalários.
A lembrança é oportuna.
Em 1º de julho de 2016, a Ministra Rosa Weber decidiu suspender todas as ações contra três repórteres, um analista de sistemas e um infografista.
Os Juízes e promotores que processavam os funcionários da Gazeta do Povo, de Curitiba, queriam receber mais de R$ 1 milhão.
O amigo navegante chamou a atenção para trecho da decisão da Ministra Weber em que se ressaltam os transtornos de grandes deslocamentos para comparecer a audiências.
(Reveja a TV Afiada "PF submete PHA a condução coercitiva" para perceber que o ansioso blogueiro não mereceu, ainda, preocupação semelhante, mesmo submetido a deslocamentos interestaduais).
A própria Gazeta do Povo, em manifestação da defesa, constatou que o ajuizamento das ações tinha o objetivo de gerar despesas e transtornos para evitar a publicação de novas reportagens desfavoráveis aos magistrados.
É o que o Conversa Afiada chama de "tentar calar pelo bolso".
Naquela oportunidade, o Supremo se comportou como Supremo.
E desta vez?
O "cala a boca" já morreu mesmo, Ministra Cármen Lúcia?

Solidariedade a PHA ultrapassa as redes sociais

Maneschy, do PDT, e Duplo Expresso defendem o ansioso blogueiro
publicado 15/07/2018
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O Conversa Afiada mostrou no sábado 14/VII como os amigos navegantes tomaram as redes sociais para demonstrar irrestrito apoio ao ansioso blogueiro, vítima de uma condução coercitiva da Polícia Federal aecista que é parte de uma estratégia de tentar, pelo bolso, calar o jornalismo independente.
Agora, as manifestações de apoio a Paulo Henrique Amorim ultrapassam os valentes amigos navegantes do Conversa Afiada.
Osvaldo Maneschy, membro do diretório nacional do PDT - e conhecedor dos segredos do voto eletrônico desde os tempos do Governador Leonel Brizola - publicou, no início deste domingo 15/VII, a seguinte mensagem em seu perfil no Facebook:
POLÍCIA FEDERAL & CENSURA - O jornalista Paulo Henrique Amorim está sendo criminosamente perseguido por agentes da Polícia Federal insatisfeitos com críticas dirigidas a eles sob o comando, segundo o próprio Paulo, da delegada federal Marena, a responsável pelo inquérito e vazamentos à imprensa que levaram ao suicídio o então reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz Carlos Cancelier. Neste vídeo, Paulo Henrique conta detalhes da perseguição e vale a pena assisti-lo. E é sempre bom lembrar que, na época da ditadura, quem fazia censura à imprensa – através de notinhas datilografadas encaminhadas às redações – era exatamente a impoluta Polícia Federal. Jornalista que viveu aquela época da ferrenha e permanente censura à imprensa, não esquece. Eu vivi.
Também neste domingo, o blog Duplo Expresso, de Wellington Calasans e Romulus Maya, saiu em defesa do ansioso blogueiro:
O Duplo Expresso manifesta aqui o total e irrestrito apoio ao jornalista Paulo Henrique Amorim. No seu recente vídeo (13 de julho), este jornalista denuncia ser vítima de uma perseguição de quadros da Polícia Federal. Uma “chuva” de processos, estrategicamente iniciados em diferentes pontos do país, tenta amedrontar e “calar pelo bolso” este profissional de relevantes serviços prestados à imprensa brasileira.
Assistimos, poucas horas depois de publicado na página Conversa Afiada, ao vídeo denominado “Qual lei é para todos?” no post “PF SUBMETE PHA A CONDUÇÃO COERCITIVA – É preciso refundar a PF!”. Nele, Amorim – com a voz embargada pelo calor da emoção – conta detalhes deste festival de arbitrariedades praticadas por funcionários da Polícia Federal.
A nossa página é uma defensora irredutível das liberdades de expressão e de imprensa. Os nossos dois editores, Wellington Calasans e Romulus Maya, vivem em países onde esses direitos são uma realidade – Suécia e Suíça, respectivamente. Diariamente recebemos mensagens do público e de fontes que apontam para o aprofundamento do “Estado de Exceção” vivido no Brasil. As palavras convergem para a mesma, lamentável, conclusão: “que sorte a nossa de ter vocês falando a partir de países democráticos”.
A solidariedade ao jornalista Paulo Henrique Amorim é, antes de tudo, um apelo aos amantes da justiça e da democracia para que saiamos deste estágio contemplativo. É preciso reagir, incomodar, gritar e, até, chorar para que o mundo saiba o que acontece hoje no Brasil. Somente uma reação, com doses gigantes de democracia, será capaz de barrar os avanços da “meganhagem” no nosso país.
Paulo Henrique Amorim sequer citou que esta Polícia Federal é a mesma que recebe milhões de dólares da CIA para funcionar como um “araponga oficial” que passa informações estratégicas do nosso país para o Tio Sam. Uma CPMI da relação PF/CIA se faz necessária para que possamos avaliar os níveis de crime lesa-pátria destes meganhas.
A página Conversa Afiada presta serviços maravilhosos à comunicação social brasileira. O jornalista Paulo Henrique Amorim tem o nosso apoio e, se necessário for, iremos denunciar às associações de jornalistas de diversos países para que este absurdo seja repudiado, também, além fronteiras.
Assista ao vídeo em que PHA detalha a perseguição da qual é vítima.

Em tempo: mas, o Conversa Afiada não pode deixar de agradecer, mais uma vez, aos amigos navegantes que demonstram o seu apoio à liberdade de expressão, em todas as redes sociais:
Gladys Noemi Martinez Admiro muitisimo voce Paulo Enrique,eu sou argentina,e aquí acontece a mesma coisa con os periodistas que informan a verdade,estos governos operan con censura e represao utilizando os mesmos mecanismos,mais os nossos povos nao sao bobos,e cuando querem saber o que realmente acontece,sabemos onde procurar! Muita força pra voce,e torcemos pra que afiadamente falando ,saia a frente! Un abraço da sua admiradora!
Angela Maria Liuti Paulo Henrique Amorim , seu jornalismo qualificado e corajoso é imprescindível para o aprofundamento da democracia. Quem está na contramão da democracia são parcelas da polícia federal, ministério público e judiciário, que não acompanham o estágio Democrático civilizatório pos ditadura, não conseguem sair da casa grande e querem manter a senzala no porrete. Mas não conseguirão . avante tens o nosso apoio.
Isabel Simeão PH não passo um dia sem acessar sua página. É a informação honesta que todos precisamos. Você é cultura , é aprendizado. Estou com você.
Jose Raimundo Dos Santos Raimundo Estão tentando calar sua voz. Resista! Pois o povo precisado necessita dos seus comentários favoráveis à um país mais justo e digno como VOCÊ.
Álvaro Coelho Netto Putz, PH, quando vier a Campo Grande para uma nova ODIÊNCIA de um minuto, ME AVISA, pego você no aeroporto, vamos lá na tal da PF (Gestapo).e depois vou levar você e sua advogada pra comer a melhor costela de ripa do centro-oeste, tudo por minha conta. Tá feito o trato, aguardo o comunicado, sou seu fâ😁😁😁