sábado, 31 de agosto de 2019


Agricultores de Mato Grande tiveram oficina sobre Sementes Crioulas

Algumas sementes crioulas do RN (Foto: José Bezerra)
Uma oficina de capacitação sobre sementes crioulas foi ministrada neste dia 27 de agosto, no Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de João Câmara-RN, Região de Mato Grande. O evento teve a presença de representantes da Sedraf, Ufersa, AACC, Emater e de 25 agricultores e agricultoras de São Bento de Norte, João Câmara e Touros, segundo informação de Edmundo Sinedino, da Associação de Apoio às Comunidades do Campo (AACC), organização da rede Asa Potiguar.
O professor e Engenheiro Agrônomo Leilson Costa Grangeiro, da UFERSA, apresentou o processo de produção, com escolha de área, distância de uma cultura para outra, no caso do milho e a importância da secagem. Também foram apresentadas técnicas sobre tratos culturais, colheita, armazenamento e orientações sobre a importância de não misturar as variedades das sementes.
Outro momento foi com o representante da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, (SEDRAF), Diógenes, que falou sobre o montante de recursos para aquisição de sementes (Projeto Piloto). Serão disponibilizados cerca de R$ 500.000,00 pela CONAB e R$ 150.000,00 pela FUNAI. Houve a participação qualificada de agricultores e agricultoras, mostrando que há oferta de sementes crioulas de milho. “Estão sendo produzidas há mais de 20 anos. Esse dado quebra o dogma de que não temos sementes crioulas para oferta. Estamos com uma base de 10 a 15 toneladas de milho para vender ao programa”, informaram os agricultores.
No encontro também foram realizados 16 testes de transgenia, que apresentaram dados preocupantes de nível de contaminação. A oficina contou com a participação de 34 representantes de casas de semente existentes na região de Mato Grande. Essas casas dispõem de variedades dos milhos pontinha, pingoró, massa e ibra; do feijão cariri, costela de vaca, enrica pobre, rabo de peba e riso do ano; de mandioca canelinha e manipeba; e de remédios nativos, entre os quais a batata de purga.

AVANÇO DA TRANSGENIA

por ocasião da oficina de produção e armazenamento de sementes da tradição, realizamos 16(dezesseis) testes de transgenia com milho: pontinha, moita, massa, pingoró e os resultados foram de certa forma assustadores, principalmente naqueles/as agricultores/as com maior produção, com  10 testes com contaminação, representando 63 %; interessante observar que em 03(três) agricultores/as do P. A. Santo Antônio em Touros, estão com 23 mil quilos para venda para o programa,  mas, com a realização do teste, os mesmos estão contaminados, principalmente no elemento  de tolerância a lagarta.
Mas, com todos estes dados, o mato grande tem a ofertar hoje, 5.350 kg de milho, lembrando que a agricultora Elma Nascimento do P.  A. Santo Antônio fez um contato sob a possibilidade de ofertar para testes outros milhos de agricultoras do P. A.
É interessante que este trabalho derruba a tese : "da não existência de sementes crioulas por parte de agricultores/as para ofertar ao governo para aquisição e distribuição. Necessário um aprofundamento maior do GT de agrobiodiversidade sobre  esta ação e lê e pesquisar no que foi e está sendo realizado na paraiba, principalmente na modalidade de aquisição, com menos burocracia e amarras; talvez o compra direta com distribuição simultânea.
edmundo sinedino

Vem aí a CPI da Lava Toga

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Adriano Machado/Reuters
Adriano Machado/Reuters
Um grupo de senadores conseguiu reunir na quinta-feira, 29, as assinaturas necessárias para protocolar novo pedido de criação da chamada CPI da ‘Lava Toga’. A rubrica de Mara Gabrilli (PSDB/SP) completou as 27 necessárias – um terço da Casa – para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar integrantes do Supremo.

O novo requerimento tem como principal alvo o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, e a abertura do inquérito das fake news.
O pedido deve ser protocolado na próxima terça, 3, indica o senador Alessandro Viera (Cidadania), que assina o requerimento e encabeça a lista dos parlamentares que pedem a investigação. Caberá ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP)autorizar a comissão.
De Exame

 "Mico diplomático", diz Reinaldo Azevedo sobre reunião de Eduardo e Araújo com Trump

Jornalista Reinaldo Azevedo diz que a reunião do deputado Eduardo Bolsonaro, possível indicado para a embaixada do Brasil em Washington, e do chanceler Ernesto Araújo, com o presidente dos EUA, Donald Trump, para discutir os incêndios na Amazônia resultou na “invenção de uma nova categoria das relações internacionais: a reunião simbólica”
Ministro Ernesto Araújo recebe o deputado federal Eduardo Bolsonaro.
Ministro Ernesto Araújo recebe o deputado federal Eduardo Bolsonaro. (Foto: Arthur Max/MRE)

247 - O jornalista Reinaldo Azevedo, em sua coluna no UOL, avalia que “Jair Bolsonaro e seu governo estão se tornando a caricatura que a esquerda sempre fez da submissão da direita brasileira aos EUA”. Para ele, “o troço é bastante constrangedor” e o “americanismo” do atual governo “se mostra a expressão do infantilismo”. Para ele, apesar do alinhamento do governo Bolsonaro à política externa dos EUA, uma reunião do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), possível indicado para a embaixada do Brasil em Washington, e do chanceler Ernesto Araújo, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para discutir os incêndios na Amazônia resultou na “invenção de uma nova categoria das relações internacionais: a reunião simbólica”.
“O que isso significa? Na saída, nem um nem outro tinham algo a dizer. Eduardo se negou a dar entrevista em inglês à imprensa internacional. Deixou para Araújo. Falou apenas com repórteres brasileiros. Em português. Bolsonaro havia anunciado "novidades" decorrentes do encontro. Não veio nada”, ressalta Azevedo. “Acordos de livre comércio e de treinamento militar conjunto também foram falados. “Treinamento militar onde? Na Amazônia? Militares estrangeiros, americanos ou não, não põem os pés na Amazônia brasileira. Esse sempre foi um ponto de honra para as nossas Forças Armadas. Vai mudar a escrita agora?”, questiona.
“Parece que as considerações de Eduardo e Araújo sobre soberania são bastante elásticas. É… O Exército Brasileiro resolveu dar folga à tropa às segundas por falta de recursos. Será a que dupla foi a Trump para pedir alguns soldados de empréstimo? Saldo da viagem? Desperdício de algum dinheiro. E só. Tempo, com efeito, eles não perderam. Eis uma coisa que os dois têm de sobra”, ironiza. 

 Veja encontra Queiroz

A revista Veja fez o que a Polícia Federal não conseguiu: encontrou o caixa do clã Bolsonaro, o ex-PM Fabrício Queiroz. O coordenador do esquema de lavagem de dinheiro que ocorria no gabinete de Flavio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, foi flagrado passando pela porta do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, no último dia 26. Atualmente, ele mora no Morumbi (SP), mesmo bairro da Zona Sul de São Paulo onde se encontra o Einstein
O sumiço dele não é por acaso. Está envolvido em um esquema de lavagem de dinheiro que ocorria na Assembleia Legislativa do Rio quando o filho de Jair Bolsonaro era deputado estadua. Queiroz movimentou R$ 7 mihões em de 2014 a 2017, de acordo com relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
Queiroz está tratando-se de uma neoplasia com transição retossigmoide, o mais comum entre os tumores de intestino. A revista informa: "O ex-assessor de Flávio Bolsonaro continua tendo acesso ao que há de melhor em termos de medicina para esse tipo de tratamento no Brasil. Tome-se como exemplo a unidade visitada por ele na segunda-feira 26. Inaugurado em 2013, o Centro de Oncologia e Hematologia do Einstein consumiu investimento de 32 milhões de reais em equipamentos. São quatro andares distribuídos por 6 500 metros quadrados. Oferece consultas e serviços na área oncológica, como quimioterapia e radioterapia. De acordo com uma pessoa próxima, Queiroz tem sofrido com novos sangramentos. Na hipótese mais benigna, pode ser culpa de alguma lesão no local, causada por tratamentos anteriores. Outra possibilidade, bem mais preocupante, é a de que seja um sinal da volta do câncer". A reportagem de Veja procurou o ex-caixa, mas ele recusou-se a falar.
De acordo com a reportagem, "o entorno de Bolsonaro se refere à cúpula dos poderes no Rio com termos como 'organização criminosa' e 'quadrilha'. Desde que o caso eclodiu, bolsonaristas estão em campo para reunir informações desabonadoras sobre promotores e juízes envolvidos na investigação. Em conversas reservadas, Flávio costuma lembrar que, mesmo contra a vontade do pai, carregou Witzel nas costas durante a campanha eleitoral. Graças a sua ajuda, Witzel foi eleito e, uma vez empossado, retribuiu com traição. Tranquilo em relação a seu sigilo bancário, o senador diz que a investigação frustrou seus planos de trabalhar como um articulador do governo no Senado, deixando-o numa posição defensiva. Apesar disso, ele não se coloca como o alvo preferencial da suposta conspirata. 'Querem atingir meu pai' é um dos mantras prediletos do primogênito. Flávio jura inocência e diz que não sabia da movimentação financeira milionária de Queiroz. Ele acrescenta que ignorava que o então assessor segurava parte dos salários dos colegas e que não tinha ciência nem mesmo dos nomes de alguns dos funcionários de seu gabinete. A organização dos trabalhos seria tarefa de Queiroz."

João Carlos Haas Sobrinho: morte “causada pelo Estado brasileiro”

Sob o governo Bolsonaro, a Comissão ainda não forneceu detalhes acerca do processo envolvendo João. A família recebeu a certidão de óbito retificada, o que já é uma "conquista" nas palavras da irmã, mas o desfecho só virá com informações sobre os restos mortais
Sônia Haas mostra a certidão retificada em frente ao busto em homenagem ao irmão, João Carlos, em São Leopoldo — Foto: Thales Ferreira / Prefeitura de São Leopoldo
Jornal GGN – Quase 47 anos após o seu sumiço forçado, em setembro ou outubro de 1972, João Carlos Haas Sobrinho teve a certidão de óbito retificada. Agora consta que a morte foi “causada pelo Estado brasileiro” durante o regime militar.
Aos 31 anos, João era médico, filiado ao PCdoB e morava no Maranhão quando decidiu se mudar para a região da guerrilha do Araguaia, onde foi assassinato.
No novo documento, recebido no dia 22 de agosto pela irmã, Sônia Haas, está escrito que João “faleceu entre setembro e outubro de 1972, sendo a data mais provável o dia 30 de setembro de 1972, sendo Xambioá, Tocantins, no âmbito do evento reconhecido como Guerrilha do Araguaia, em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro, no contexto da perseguição sistemática e generalizada à população identificada como opositora política ao regime ditatorial de 1964 a 1985.”
A data da entrega da certidão não poderia ser mais simbólica: poucos dias antes do 30 de agosto, Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados, instituído pela ONU em 2011.
Em outros países que atravessaram a Ditadura Militar, o 30 de agosto reúne milhares de pessoas em atos públicos pela memória dos desaparecidos políticos há muitos anos. Aqui no Brasil, um ato foi organizado em São Paulo pelo coletivo Vozes do Silêncio nest ano, com a participação da procuradora Eugênia Gonzaga, ex-presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos. Ela foi destituída do cargo depois de cobrar explicações da Presidência sobre ataques de Jair Bolsonaro a vítimas da Ditadura.
Sob o governo Bolsonaro, a Comissão ainda não forneceu detalhes acerca do processo envolvendo João, comentou o G1. A família recebeu a certidão de óbito retificada, o que já é uma “conquista” nas palavras da irmã, mas o desfecho só virá com informações sobre os restos mortais.
“Não é fechamento, porque precisamos localizar os restos mortais e termos respostas sobre o que aconteceu. Não há referência concreta sobre como e onde aconteceu esta morte. Isso nos falta. O que ocorreu com esses corpos? Ninguém nos responde”, afirmou.
João Carlos Haas Sobrinho nasceu em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, em dia 24 de junho de 1941. Formou-se em medicina pela Universidade Federal do estado e foi presidente do centro acadêmico da faculdade. Três anos depois do golpe militar, mudou-se para o Nordeste, onde atendia a população pobre em um consultório.
Em meados de 1969, João foi para a região do rio Araguaia, no Tocantins, para auxiliar a guerrilha. “A hipótese mais forte, segundo a família, é que tenha sido morto em combate com militares em 30 de setembro de 1972. Porém, até este ano, esta suposição não havia sido confirmada, já que o corpo não foi encontrado”, contou o G1.

Bernie Sanders assume o compromisso de lutar por Lula Livre

Político mais popular dos Estados Unidos, o senador democrata Bernie Sanders reafirmou seu compromisso em defesa da democracia e dos direitos humanos no Brasil e disse que isso passa pela liberdade do ex-presidente Lula, que vem sendo mantido como preso político há mais de 500 dias. Sanders também afirmou que Donald Trump apoia o governo autoritário de Jair Bolsonaro
247 – Ao ser questionado durante um ato de campanha pela indicação democrata à presidência dos Estados Unidos, o senador Bernie Sanders, que é hoje o político mais popular em seu país, reafirmou seu compromisso com a luta pela democracia e pelos direitos humanos no Brasil e disse que isso passa pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vem sendo mantido como preso político há mais de 500 dias no Brasil a partir de uma condenação sem provas articulada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Confira, abaixo, o momento em que Sanders defende Lula Livre:

Retratação: fim das divergências com Gilmar Mendes

À luz das posições destemidas de Gilmar na linha de frente da luta contra o arbítrio, que ameaça a democracia, a convivência na sociedade, e as instituições, fico à vontade para retificar minha opinião sobre ele
Como parte do acordo fechado com Gilmar Mendes, a respeito de três ações que corriam em tribunais, e em vista de seu papel atual, como defensor da democracia, redigi a seguinte retratação.

Retratação

Em tempos de radicalização, por vezes há o destempero e a apelação a adjetivos fortes. Foi o que ocorreu em alguns momentos, entre o signatário e o Ministro Gilmar Mendes.
Nunca tive, porém, a intenção de atingir sua honra pessoal e, à luz das posições destemidas de Gilmar na linha de frente da luta contra o arbítrio, que ameaça a democracia, a convivência na sociedade, e as instituições, fico à vontade para retificar minha opinião sobre ele, e reconhecer seu papel atual, como um pilar essencial na defesa da democracia.
Luis Nassif