domingo, 25 de novembro de 2018

B: Mourão passa o trator por cima do Onyx (e do Guedes)

Ele é o centro do Governo (sic)
publicado 25/11/2018
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O Conversa Afiada reproduz reportagem de Edla Lula no Jornal do Brasil deste domingo, 25/XI:

General Mourão põe Lorenzoni para escanteio e diz que será o "centro de governo" de Bolsonaro


O general Hamilton Mourão, vice-presidente eleito, já deu provas de que não cumprirá papel meramente coadjuvante no futuro governo. No processo de transição, ele é o principal interlocutor no diálogo com o ministério de Michel Temer, analisando projetos já existentes e prospectando os futuros – tarefa que, esperava-se, fosse cumprida pelo coordenador da transição, ministro Extraordinário, Onyx Lorenzoni.
Foi Mourão mesmo quem disse, na última quinta-feira, que esta função será oficializada na vice-Presidência, subtraindo para si atribuições relacionadas à administração de governo que, tradicionalmente, cabem ao responsável pela Casa Civil, a ser assumida por Lorenzoni.
Mourão – que já nos primeiros dias de 2019 assumirá a Presidência da República em virtude da cirurgia de Bolsonaro – chamou de “centro de governo”, o órgão a ser criado para ele coordenar, numa clara demonstração de que ocupará papel central na era bolsonariana. “A ideia fundamental junto ao presidente é que, como vice, eu tenha sob meu encargo aquelas subchefias que hoje estão parte na Casa Civil e parte na Secretaria-Geral e que conformam a atividade de controle dos ministérios, de políticas públicas e do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI)”, disse ele, em evento no Tribunal de Contas da União (TCU). “Nas reuniões com ministros queremos ter os objetivos colocados. Eles terão prazos para apresentar um planejamento e para o cumprimento do objetivo. Teremos um roteiro de condução e monitoramento. O cavalo será bem montado”.
A demonstração de força de Mourão, que conseguiu convencer Bolsonaro a esvaziar a Casa Civil, mexeu com Lorenzoni, que já cria mecanismos para fazer Bolsonaro voltar atrás em mais essa decisão.
Diante do argumento usado pelo general de que o futuro chefe da Casa Civil estará envolvido com a articulação política – antes sob a responsabilidade da extinta secretaria de relações institucionais –, Lorezoni está formatando outra estrutura, que seria composta por ex-parlamentares experientes para auxiliá-lo na articulação política. Dessa forma, conseguirá convencer o presidente eleito de que poderá exercer a função que Mourão chama para si. Entre os nomes para compor a equipe de articulação de Lorenzoni está a ex-senadora Ana Amélia (PP-RS), que foi candidata a vice-presidente na chapa encabeçada pelo tucano Geraldo Alckmin.
Segundo técnicos que atuam na transição, a falta de familiaridade de Lorenzoni com temas administrativos “é notória” e chegou aos ouvidos de Bolsonaro, enquanto Mourão demonstra domínio do assunto. A sugestão dada pelo general teria sido a solução encontrada pelo capitão para manter Lorenzoni, um dos seus primeiros e mais fiéis aliados, na pasta da Casa Civil.
A Constituição Federal diz que é função do vice-presidente a substituir o presidente, em caso de doença ou viagem ou quando o cargo se torna vago. Ele também poderá exercer outras funções, definidas por Lei Complementar, o que permitiria a transferência das atuais atribuições da Casa Civil para Mourão.
Caso isso venha ocorrer, será necessário migrar todo o corpo de especialistas que hoje atuam na Casa Civil, acompanhando projetos e políticas públicas desenvolvidas pelos ministérios, além das análises de propostas de Medidas Provisórias.
TV Afiada

Domingo, 25, tem tuitaço: #MasQueMedicos

Desemprego leva à loucura

Folha: 4,5 milhões recorrem a psiquiatras
publicado 25/11/2018
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Por Érica Fraga, na Fel-lha:

Crise no emprego eleva em 1,4 milhão o número de consultas psiquiátricas


A crise econômica e o uso intenso de tecnologia contribuíram para uma explosão de doenças de saúde mental no Brasil, elevando o peso da ansiedade e do estresse entre as causas de afastamentos do trabalho e pressionando os gastos dos planos de saúde e da Previdência Social.

Dados de relatórios anuais da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) compilados pela Folha revelam que o número de consultas psiquiátricas cobertas pelos planos saltou de 2,9 milhões em 2012 para 4,5 milhões em 2017. O aumento de 54% é o quíntuplo dos 10% registrados no mesmo período pelas consultas ambulatoriais de forma geral.

“O mercado de trabalho está em mutação. Metas associadas a desempenho se tornaram mais comuns, e as plataformas digitais permitem acesso quase ilimitado aos funcionários”, diz Benedito Brunca, subsecretário-geral de Previdência Social.
Segundo ele, o problema é que a busca por maior produtividade tem gerado efeitos colaterais negativos.
O crescimento no número de afastamentos de profissionais avaliados como psicologicamente incapazes de se manter na ativa, pelos critérios do sistema público, também chama a atenção.

Nos primeiros nove meses deste ano, o INSS concedeu 8.015 licenças para o tratamento de transtornos mentais e comportamentais adquiridos no ambiente de trabalho —alta de 12% em relação ao mesmo período de de 2017.

O conjunto de males que inclui depressão e ansiedade saltou de 4,8% do total de novas aprovações desses benefícios —auxílios-doença acidentários— nos primeiros três trimestres do ano passado para 5,2% no mesmo período de 2018.

Embora permaneçam em terceiro lugar entre as doenças causadas pelo próprio emprego —atrás de lesões e problemas musculares—, a parcela de afastamentos por transtornos mentais tem aumentado.

Quem aconselhou Bolsonaro a escolher Mourão?

Janio: vice-presidente é um contrapeso à voracidade (dos Xica! Cago Boys)
publicado 25/11/2018
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O Conversa Afiada reproduz da Fel-lha deste domingo, 25/XI, artigo de Janio de Freitas:

Um caso à parte


O único erro nas escolhas de Jair Bolsonaro, até agora, é irreparável e prenuncia um poderoso contrapeso para a voracidade direitista dos demais escolhidos, tão coincidentes com as posições do presidente eleito.
A cada dia o general e vice-presidente eleito, Hamilton Mourão, se caracteriza mais, em muitos sentidos, como um caso à parte na cúpula do futuro governo. Condição que, fora dali, tem até suscitado expectativas distensionantes.
Escolha talvez não seja a palavra adequada para a inclusão do general na chapa que o leva ao poder. Uma informação com boa origem, mas ainda sob ressalva, indica que Bolsonaro foi "aconselhado" na área militar, quando já tinha seu escolhido, a ceder a vice a Mourão.
A desafinação com as ideias de Bolsonaro, sobretudo nas relações internacionais, e com sua conduta desatinada, bem conhecida no Exército que o dispensou, estavam entre os primeiros motivos para a iniciativa do "conselho". O complemento, com o nome, veio do conceito de Mourão nos altos escalões militares (o general foi eleito neste ano para a presidência do Clube Militar).
Ainda antes da eleição, Bolsonaro pediu à sua volta que silenciassem, embaraçado com a franqueza do vice contrário a afirmações suas e a vazamentos de intenções de Paulo Guedes. O silêncio durou pouco. Houve quem atribuísse as discordâncias a truque eleitoral, atenuando um pouco o extremismo direitista do candidato a presidente.
A divergência continua, porém. E, mais do que isso, adota uma segurança afirmativa que não se assemelha a arroubos. Mostra-se não só em contradição com medidas previstas pelos planejadores do governo, como desqualificantes para o próprio Bolsonaro. Francas e ditas com naturalidade.
"Às vezes o presidente tem uma retórica que não combina com a realidade", diagnóstico comprovado e reiterado, agora, ao Financial Times e republicado em Toda Mídia, da Folha. Ainda: "A China não está comprando o Brasil", desmentido frontal ao argumento maior de Bolsonaro para propagar o afastamento brasileiro na relação com a China (Bolsonaro é adepto da hostilidade belicista de Trump aos chineses).
Mas Mourão não fica só em considerações de aparência pessoal. Antecipa o que, diz, virá a ser. À parte a posição de Moro ou contra ela.
"Tenho certeza absoluta de que nós não vamos brigar" [com a China]. A mudança da embaixada brasileira em Israel, de Tel Aviv para Jerusalém, já reafirmada por Bolsonaro, "é uma decisão que não pode ser tomada de afogadilho, de orelhada". Sobre o fim do Mercosul, também dado como decisão, "antes de pensar em extinguir, derrubar, boicotar, temos que fazer os esforços necessários para que atinja os seus objetivos".
O Mercosul continua, pois, seja qual for o desejo comum a Bolsonaro, Paulo Guedes, ao chanceler medievo. E vai por aí. Ou vão por aí, o grupão para um lado, Mourão para o outro.
O revestimento da dissociação é, da parte do vice, uma habilidade política nas formulações que, também nisto, contrasta com a batalha de Bolsonaro para coordenar palavras, por poucas que sejam.
A exposição das posições de Mourão é, em geral, acompanhada de umas frases que aparam a contestação. E tudo se passa sem cerimônia, no clima dos que conversam à vontade. Não é o clima em que os quatro Bolsonaros e seus principais circunstantes convivem.
São muito poucos os elementos para imaginar os futuros possíveis, ou não, dos embates que se insinuam. Ainda assim, pode-se aventurar a probabilidade de que os desdobramentos sejam influenciados, ou mesmo decididos, pelas forças das respetivas retaguardas. Não as partidárias. As militares.
Em tempo: sobre os Xi! Cago Boys , não deixe de consultar o trepidante ABC do C Af
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TV Afiada

Mino: a Esquerda me dá pena!

sábado, 24 de novembro de 2018

AGIOTAS

INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
O estudo mais amplo veio do Instituto Federal Suíço de Pesquisa Tecnológica (ETH na sigla alemã), que pesquisou como funciona a rede global de controle corporativo. Chegaram a números impressionantes: no planeta, 737 grupos controlam 80% do sistema corporativo, sendo que nestes um núcleo de 147 corporações controla 40% do total. Desses gigantes de controle econômico planetário, 75% são instituições financeiras. Ou seja, não é mais quem produz arroz, ou quem produz fogões ou constrói um hospital que manda na economia, e sim os intermediários financeiros. Jamais houve no planeta tal grau de concentração de poder econômico, e jamais nesse núcleo de poder houve tal concentração numa atividade particular. Quando, com a crise de 2008, os governos encontraram em poucos meses trilhões de dólares de dinheiro público para repassar aos grupos privados que tinham se aventurado em especulações irresponsáveis, essa manifestação de poder político espantou mesmo os mais informados. (Ladisalau Dambor)

CAMPEÃO

ACHO QUE ESTE VAI SER O MAIS DESQUALIFICADO DOS PRESIDENTES QUE ESTE PAÍS JÁ TEVE, DESDE A VINDA DA FAEYMILIA REAL COM DOM PEDRO I. NEM SARNEY, NEM COLOR CHEGA PERTO DA DESQUALIFICAÇÃO DESTA COISA QUE FOI ELEITA.

AUDITORIA

ESTE GOVERNO ELEITO BRADA QUE VAI FAZER UMA AUDITORIA NOS PROGRAMAS SOCIAIS, MAS, NÃO VAI FAZER NA DIVIDA EXTERNA E INTERNA, NAS ISENÇÕES E PERDÕES AOS GRANDES PRODUTORES E EMPRESÁRIOS.

DO LEITE

ESTAMOS EM UM PERÍODO DE SOL FORTE, MUITO VENTO E POUCA COMIDA, MAS, NESTA SITUAÇÃO ESTAMOS PRODUZINDO, SÓ QUE NO MOMENTO DE VENDER O LEITE, CADÊ COMPRADORES, O TANQUE DE RESFRIAMENTO COMPRA O LITRO A R$ 1,30, O MILHO NA CONAB CHEGOU AO PREÇO DE MERCADO, R$ 49,50, EM VIRTUDE DE UMA DEMANDA FALSA PARA DESVIO EM VENDA.
A TORTA DE ALGODÃO NA CASA DOS R$ 52,OO O SACO, QUEM ESTÁ NA BEIRA DE UM RIO TEM UM CAPIM ELEFANTE, QUEM NÃO ESTÁ FICA DIFICIL.
É NESTE CENÁRIO DE VENDEMOS UM LITRO POR R$ 1,30 , QUE NÃO COBREM OS CUSTOS DE PRODUÇÃO E QUANDO VOU A PADARIA COMPRO ESTE LEITE EM UM SACO COM LOGOMARCA POR R$ 4,00, ENTRE A VENDA DO PRODUTOR E O CONSUMIDOR, TEMOS UM ACRÉSCIMO DE  R$ 2,30 NO PREÇO.
E ASSIM CONTINUAMOS, NÓS OS PEQUENOS A SOFRER, POIS O PROGRAMA DO LEITE DO GOVERNO, CHEGA NO MUNICÍPIO PARA CONCORRER COM O LEITE LOCAL.

domingo, 11 de novembro de 2018

Janio: o Governo é civil!

Geisel: "Bolsonaro é um mau militar"
publicado 11/11/2018
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Por Janio de Freitas, na Fel-lha:
O futuro das incertezas e dos temores com o governo Bolsonaro depende, a rigor, de um fator dominante sobre todos os demais. E ausente das cogitações atuais por ainda faltarem motivos que o tornem perceptível.

Em todas as possíveis circunstâncias que não sejam de aceitação majoritária com o andar de tal governo, os outros Poderes e a legislação dispõem de variadas medidas corretivas. Aplicá-las, porém, não decorre só de existirem.

As injunções políticas e os interesses representados no Legislativo e no Judiciário combinam-se como força decisória. Não, porém, no caso de Bolsonaro.

Se as coisas desandarem, o importante para antever o seu rumo será desvendar quanto os militares estarão dispostos a empenhar em barragem de proteção a Bolsonaro. O que dependerá da identificação, ou confusão, entre o Exército e o governo conduzido por ex-ocupantes das suas casernas.

O trabalho para criar essa identificação vem desde a campanha, à qual deu contribuição por certo significativa. Mas sua intensificação pós-resultado eleitoral ganha proporções mais do que inadequadas.

Fazer tocar o hino do Exército, por exemplo, no saguão do hotel onde ocorrem as reuniões do círculo de Bolsonaro é abusivo.

Até que se constate o contrário, se isso acontecer, o governo será poder civil. Mesmo os generais reformados que vão para ministérios administrativos estarão em cargos civis, sem diferença do advogado e do político em outro ministério.

E, com a forçada identificação, o que o Exército ganha não lhe convém, nem ao país: é o risco de ser identificado com possíveis insucessos de Bolsonaro e seu governo.

Além do mais, há uma contradição que inclui todos os modos de explorar a imagem do Exército utilizados agora e desde os primeiros passos de Bolsonaro na vida política. Se preza tanto o Exército, por que não agiu de modo a ser bem aceito nele? Citada várias vezes em dias recentes, a frase de Geisel é terminante: "Bolsonaro é um mau militar". Indesejado por desordem e insubordinação, foi induzido e conduzido à reforma.

A identificação é buscada, em parte está atingida, mas não é autêntica nem legítima. (...)

sábado, 10 de novembro de 2018

Quando a ignorância provoca orgulho. Por Ayrton Centeno


Coreografia em Fortaleza (CE) para demonstrar apoio ao então candidato Bolsonaro (Foto: Reprodução/Youtube)
Publicado originalmente no Brasil de Fato
POR AYRTON CENTENO, jornalista
Aqueles que observam o fenômeno Bolsonaro de forma mais crítica e, por que não dizer, com certo humor, revelam uma discordância sobre as eleições e a ressaca pós-eleitoral. Um dos grandes nomes da fotografia, o brasileiro Sebastião Salgado, acha que o Brasil “ficou louco”. No seu diagnóstico, o país já dava “sinais de insanidade”, dois anos atrás quando operou um impeachment sem crime de responsabilidade. Quadro patológico que, agora, se agravou. Muita gente também entende que o Brasil não enlouqueceu, mas foi assaltado por um surto incontrolável de idiotia.
Bem, as duas hipóteses não são excludentes. Até porque, tanto a loucura quanto a burrice podem se enamorar do fascismo. Nos dois casos, os sintomas do paciente são similares: negacionismo, intolerância, brutalidade. Para quem sofre as consequências pouco importa se o motor daquilo é demência ou disparate.
Os italianos, que conviveram por décadas com o fascismo, primeiro apaixonadamente e depois com uma raiva que acabou dependurando Mussolini num gancho de açougue, sempre gostaram de discutir o assunto.
Federico Fellini, por exemplo, tratou dele no cinema e numa antiga entrevista ao El País, da Espanha. “A época do fascismo elevou a imbecilidade ao nível de pensamento político”, comentou o diretor. Para nós, 73 anos após a derrota do fascismo de Mussolini, é uma descrição que parece bem familiar, não?
Outro italiano, Umberto Eco, notou que, sob o prisma fascista, “pensar é uma forma de castração”.  O escritor e filósofo explicou que, por isso mesmo, a cultura é suspeita na medida em que é identificada com atitudes críticas.
“Foram tempos em que caía bem apresentar-se como ignorante”, agregou Fellini. O que nos aclara outro ponto: numa sociedade regida pelo fascismo, a cultura não só é suspeita como deplorável. Mais vale cultuar o corpo do que o espírito. Na Itália fascista, reparou Fellini, todo mundo se pôs a fazer ginástica e os músculos, desde logo, ganharam mais importância do que o saber. Para ele, “o fascismo foi triste porque fez com as pessoas se tornassem estúpidas e más. O italiano, em geral afável, despreocupado e generoso, tornou-se venal e instável”.
Logo, se a cultura é suspeita, cultiva-se a ignorância. O que Fellini e Eco testemunharam, na Itália fascista, reproduz-se em Pindorama. Aqui, turbinado pelas fake news que fazem vítimas aos milhões e instantaneamente. Sob bombardeio, figuras antes até doces, transformam-se. Convertidas, buscam a verdade que mais se adapta a sua transformação. Da cogitação partem em velocidade de trem-bala para a convicção sem um pit-stop na reflexão.
Então, fica mais fácil entender a existência de pessoas que, ainda hoje, acreditam naquela montagem da capa da revista Forbes apresentando Lula como o sujeito mais rico do país. Ou que o ex-presidente também é dono da Folha de S. Paulo. Juram que Dilma importou 50 mil haitianos para votarem nela em 2014. É a mesma massa que, em 2018, acreditou na existência do kit gay e que Haddad distribuiu mamadeiras em formato de pênis. Muitos professam a teoria da terra plana. Aos terraplanistas juntam-se os criacionistas e os que rejeitam a vacinação, expondo suas crianças a doenças que podem ter consequências trágicas.
Nenhuma dessas tolices – e dezenas de outras – é admitida em voz baixa, quase em sussurro, em particular. Muito pelo contrário. São gritadas para o mundo na rua, no WhatsApp, no Facebook, no Instagram, nas caixas de comentários.
Há uma espécie de orgulho de ser burro. Como escreveu um amigo, é a “burrice-ostentação”. Algo que não exige maior esforço. Afinal, não é necessário estudar para ser fascista. É uma ideologia absorvida mais pelo emocional do que pelo racional. Mais pelos bíceps do que pelo cérebro. E, para azar do Brasil, muito mais vem a caminho.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

OPINIÃO

OPINIÃO
PT reconhecer os erros, o cacete!
EDMO SINEDINO


0 PT reconhecer seus erros, o cacete! Não suporto mais essa ladainha idiota de doutorandos, doutorados, mestrados, cientistas iluminados cheios de frescura e pompa. Erros do PT a puta que os pariu! O Partido dos Trabalhadores leva pau desde que nasceu, apontado várias vezes como depositários de todos os cães do inferno, e mesmo assim, desde a maldição da ditadura  vem se sustentado, segurando essa bandeira esburacada, amassada, vilipendiada por não atender aos anseios da elite canalha desse Brasil.

PT reconhecer seus erros, o cacete! A imprensa podre, inominável, principal responsável pela desgraça que vivemos é poupada e não diz, não mostra, ninguém mostra que esse país viveu democracia de verdade somente sob o comando dos “comunistas” do partido. Entreguistas sebosos responsáveis pela lavagem cerebral, colocando todos os políticos no mesmo saco podre e fazendo surgir esses zumbis dementes eleitores de Bolsonaro.

PT reconhecer seus erros, o cacete! O melhor governo que esse país já teve, que diminuiu a desigualdade social e mortalidade infantil, deu emprego, renda, moradias, poder de compra, salário melhorado, faculdades construídas, outras tantas recuperadas, IFs; brancos, negros, índios, gays, tendo direitos iguais, sorrisos iguais. Um país feliz com programas elogiados no mundo todo,  obras maravilhosas como a transposição e outras mil que a gente nem fica sabendo, e esse mequetrefes borra botas boçais com essa história doente, repetida à exaustão.

PT reconhecer seus erros, o cacete! Dos 518 anos de Brasil, o PT governou quatorze, mas ninguém fala da rapinagem dos portugueses, dos monarquistas, dos coronéis eleitores dos republicanos, se passa a mão na cabeça dos escravagistas, dos ladrões da política “café com leite”, dos bandidos milicos impunes responsáveis por trazer à tona todos os ladrões que estão em voga, da nova e velha república dos assaltantes tucanos da inominável privataria de todos os escândalos encobertos, entre eles o do Banestado ignorado pelo “paladino” e vêm querer apontar o dedo na direção dos vermelhos!

PT reconhecer seus erros, o cacete! O partido tem o Lula da Silva que ganharia eleição no primeiro turno, amado pelo povo, preso de forma canalha, injusta, e esse político , que é “O CARA” não ter o direito de escolher, de planejar seu substituto? Tinha que oferecer, arregar, se abaixar, bajular um porra louca que já havia feito sinais para o Deus e o Diabo na terra dos corruptos de direita, inclusive? Nunca no Brasil! Eu também mandaria o Ciro Gomes procurar sua turma.

PT reconhecer seus erros, o cacete!  Reconhecer, agradecer, os acertos do PT e cobrar, isso sim, uma unidade que nunca tivemos dos partidos de esquerda, aí sim, concordaria, vamos reconhecer os erros de todos nós, principalmente os erros de omissão em relação a tudo que não fizemos pelo nosso estado e país, numa junção de partidos e ideias que podem mudar e nos trazer algo de bom.

Por fim, neste meu texto desabafo, de um lascado que mal sabe juntar frases, que aprendeu o pouco na marra, na leitura e no sentir, um apelo para as mentes brilhantes ajudarem numa “relavagem cerebral” no Brasil (mais a sul que a norte) com a criação de uma imprensa alternativa, decente, democrática que tenha coragem de apontar os erros de todos, mas de todos, de forma democrática, pois tenho a mais absoluta convicção que vem daí, reafirmo – Veja, Globo, Estadão e afins; tevês com seus programas policiais podres, com seus sujos apresentadores candidatados a candidatos, dos bispos de igrejas evangélicas canalhas, dos altares de alguns católicos malditos e etc – a maior desgraça  do povo brasileiro.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Folha: "juiz" Moro não pode(ria) julgar Lula

"A atuação de um juiz não pode ser pautada por interesses pessoais"
publicado 01/11/2018
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Na Fel-lha, por Mario Cesar Carvalho:

Especialistas veem Sergio Moro sob suspeição para julgar Lula


O simples encontro do juiz federal Sergio Moro com o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), já o coloca sob suspeição para continuar julgando processos do ex-presidente Lula, segundo advogados ouvidos pela Folha. Uma reunião de Bolsonaro com Moro está marcada para esta quinta-feira (1º), para discutirem a eventual ida do juiz para o Ministério da Justiça.

Moro marcou uma audiência para interrogar Lula no dia 14 de novembro no caso do sítio de Atibaia, no qual o presidente é acusado de ter recebido propina da Odebrecht, da OAS e do pecuarista José Carlos Bumlai em forma de obras no imóvel. O juiz também deve julgar no próximo mês a ação penal na qual o ex-presidente é apontado como beneficiário de suborno da Odebrecht na compra de um imóvel em São Paulo que seria destinado ao Instituto Lula.

Suspeição ocorre num processo quando um juiz deixa de ser imparcial, ou seja, quando adota uma postura que compromete a sua isenção para ponderar uma decisão.

O advogado Andrei Zanker Schmitt, professor de processo penal da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Porto Alegre, diz que Moro precisa se afastar já dos casos envolvendo Lula.

"A atuação de um juiz não pode ser pautada por interesses pessoais. Um juiz que confessa possuir aspiração política colidente com casos a ele submetidos não pode julgá-los, sob pena de colocar em dúvida a imparcialidade de sua atuação", afirma. "Suspeição significa suspeita. O cheiro de parcialidade já é motivo para o afastamento de um juiz".

Juliano Breda, advogado que atua na Lava Jato e preside a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Paraná, diz que a posição de Moro de que pensaria no convite de Bolsonaro já denota suspeição. "A declaração evidencia uma aproximação político-partidária incompatível para a isenção que se espera de um magistrado que, neste caso, julgaria o ex-adversário político do presidente eleito", afirma

Segundo Breda, pela lei brasileira é "praticamente impossível" comprovar a quebra de isenção do juiz. O Código de Processo Penal prevê que o juiz se declare suspeito "se for amigo íntimo ou inimigo capital", se for "cônjuge, ascendente ou descendente", "se for credor ou devedor" ou sócio de algum réu do processo.

Mas ele não vê essa dificuldade no caso da decisão de Moro de se encontrar com Bolsonaro: "Parece ser claro que houve perda total de imparcialidade com a cogitação pública de exercer um dos principais cargo de confiança de quem chegou a pregar a eliminação dos ´petralhas´".

O criminalista Alberto Toron diz que o encontro com Bolsonaro implica perda da imparcialidade por conta da oposição e confrontos entre Bolsonaro e Lula —o presidente eleito disse que Lula deveria apodrecer na prisão. "Se ele é partidário do Bolsonaro, há uma antinomia em relação a Lula", afirma.

O encontro com Bolsonaro, segundo Toron, precisa ser somado a um histórico de fatos polêmicos do juiz em relação ao ex-presidente, entre os quais ele inclui a divulgação de conversas telefônicas de Lula quando a então presidente, Dilma Rousseff, cogitava nomeá-lo ministro, em 2016, e da delação de Antonio Palocci às vésperas do primeiro turno das eleições. (...)
Em tempo, no PiG cheiroso: Moro foi convidado para ministério ainda na campanha, diz Mourão.
TV Afiada

Bolsonaro forneceu a arma para atacá-loTV Afiada
Bolsonaro forneceu a arma para atacá-lo

Editorial da Folha: Moro desmoraliza toda a Justissa!

A sofreguidão do Imparcial de Curitiba é de espantar!
publicado 01/11/2018
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Créditos: Pataxó

Da Fel-lha:

A guinada do juiz

Ao se aproximar do novo governo, Sergio Moro perde a isenção necessária para seguir à frente da Lava Jato

A sofreguidão com que o juiz federal Sergio Moro atendeu ao chamado do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), poucas horas após o fechamento das urnas, espantou até mesmo os observadores mais atentos da trajetória do magistrado.

Em entrevistas na segunda (29), o futuro mandatário mencionou Moro como um bom nome para o Ministério da Justiça ou uma vaga no Supremo Tribunal Federal, pelo papel que exerceu no combate à corrupção nos últimos anos.

No dia seguinte, o juiz disse que se considerava honrado pela lembrança e imediatamente passou a dar sinais de entusiasmo pela ideia do capitão reformado. Ficou acertado um encontro para que os dois se entendam nesta quinta (1º), no Rio.

Os movimentos surpreendem porque contrariam a reputação que o magistrado construiu com zelo nos quatro anos em que conduziu os processos da Lava Jato.

Sai de cena o profissional sóbrio que aplicou a lei com rigor e mandou para a prisão os figurões que se associaram para saquear os cofres públicos. Sobe ao palco o juiz inebriado pela adoração popular e pela chance de entrar na política.

Qualquer que seja o desfecho da conversa com Bolsonaro, Moro comprometeu sua independência como magistrado de maneira irremediável ao dar passos tão resolutos na direção do novo governo.

Se sua escolha for confirmada pelo presidente eleito, ele perderá, claro, o distanciamento necessário para seguir na Lava Jato.

Basta imaginar o que poderá acontecer no próximo dia 14, data marcada pelo próprio juiz para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja ouvido em uma das ações em que é réu no Paraná.

Preso em Curitiba, o líder petista tornou-se inelegível depois que sua condenação por Moro, em outro caso, foi confirmada pelo tribunal de segunda instância.

O PT ganharia argumentos, nesse cenário, para alimentar a versão fantasiosa, levada à opinião pública e a instituições internacionais, de que Lula se viu condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro sem provas, devido a mera perseguição política.

Mesmo que o magistrado não se mude para Brasília, o flerte com Bolsonaro põe em dúvida sua isenção e estimulará pedidos para que tribunais superiores revisem suas sentenças com olhar crítico.

É previsível o questionamento a decisões que podem ter contribuído para o triunfo bolsonarista ao reforçar sentimentos antipetistas —da prisão de Lula à divulgação da delação do ex-ministro Antonio Palocci às vésperas do primeiro turno.

Decerto que constitui prerrogativa do presidente formar sua equipe como achar melhor, e Moro pode estar imbuído das mais nobres intenções ao atender a seu convite. O dano para a credibilidade da Lava Jato, porém, pode ser irreversível.
Em tempo: sobre a Justissa, com dois "s", favor visitar o ABC do C Af.
Em tempo2, no PiG cheiroso: Moro foi convidado para ministério ainda na campanha, diz Mourão.

Editorial da Folha: Moro desmoraliza toda a Justissa!

A sofreguidão do Imparcial de Curitiba é de espantar!
publicado 01/11/2018
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Créditos: Pataxó
Da Fel-lha:

A guinada do juiz

Ao se aproximar do novo governo, Sergio Moro perde a isenção necessária para seguir à frente da Lava Jato

A sofreguidão com que o juiz federal Sergio Moro atendeu ao chamado do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), poucas horas após o fechamento das urnas, espantou até mesmo os observadores mais atentos da trajetória do magistrado.

Em entrevistas na segunda (29), o futuro mandatário mencionou Moro como um bom nome para o Ministério da Justiça ou uma vaga no Supremo Tribunal Federal, pelo papel que exerceu no combate à corrupção nos últimos anos.

No dia seguinte, o juiz disse que se considerava honrado pela lembrança e imediatamente passou a dar sinais de entusiasmo pela ideia do capitão reformado. Ficou acertado um encontro para que os dois se entendam nesta quinta (1º), no Rio.

Os movimentos surpreendem porque contrariam a reputação que o magistrado construiu com zelo nos quatro anos em que conduziu os processos da Lava Jato.

Sai de cena o profissional sóbrio que aplicou a lei com rigor e mandou para a prisão os figurões que se associaram para saquear os cofres públicos. Sobe ao palco o juiz inebriado pela adoração popular e pela chance de entrar na política.

Qualquer que seja o desfecho da conversa com Bolsonaro, Moro comprometeu sua independência como magistrado de maneira irremediável ao dar passos tão resolutos na direção do novo governo.

Se sua escolha for confirmada pelo presidente eleito, ele perderá, claro, o distanciamento necessário para seguir na Lava Jato.

Basta imaginar o que poderá acontecer no próximo dia 14, data marcada pelo próprio juiz para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja ouvido em uma das ações em que é réu no Paraná.

Preso em Curitiba, o líder petista tornou-se inelegível depois que sua condenação por Moro, em outro caso, foi confirmada pelo tribunal de segunda instância.

O PT ganharia argumentos, nesse cenário, para alimentar a versão fantasiosa, levada à opinião pública e a instituições internacionais, de que Lula se viu condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro sem provas, devido a mera perseguição política.

Mesmo que o magistrado não se mude para Brasília, o flerte com Bolsonaro põe em dúvida sua isenção e estimulará pedidos para que tribunais superiores revisem suas sentenças com olhar crítico.

É previsível o questionamento a decisões que podem ter contribuído para o triunfo bolsonarista ao reforçar sentimentos antipetistas —da prisão de Lula à divulgação da delação do ex-ministro Antonio Palocci às vésperas do primeiro turno.

Decerto que constitui prerrogativa do presidente formar sua equipe como achar melhor, e Moro pode estar imbuído das mais nobres intenções ao atender a seu convite. O dano para a credibilidade da Lava Jato, porém, pode ser irreversível.
Em tempo: sobre a Justissa, com dois "s", favor visitar o ABC do C Af.
Em tempo2, no PiG cheiroso: Moro foi convidado para ministério ainda na campanha, diz Mourão.

Editorial da Folha: Moro desmoraliza toda a Justissa!

A sofreguidão do Imparcial de Curitiba é de espantar!
publicado 01/11/2018
MoroPataxo.jpg
Créditos: Pataxó
Da Fel-lha:

A guinada do juiz

Ao se aproximar do novo governo, Sergio Moro perde a isenção necessária para seguir à frente da Lava Jato

A sofreguidão com que o juiz federal Sergio Moro atendeu ao chamado do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), poucas horas após o fechamento das urnas, espantou até mesmo os observadores mais atentos da trajetória do magistrado.

Em entrevistas na segunda (29), o futuro mandatário mencionou Moro como um bom nome para o Ministério da Justiça ou uma vaga no Supremo Tribunal Federal, pelo papel que exerceu no combate à corrupção nos últimos anos.

No dia seguinte, o juiz disse que se considerava honrado pela lembrança e imediatamente passou a dar sinais de entusiasmo pela ideia do capitão reformado. Ficou acertado um encontro para que os dois se entendam nesta quinta (1º), no Rio.

Os movimentos surpreendem porque contrariam a reputação que o magistrado construiu com zelo nos quatro anos em que conduziu os processos da Lava Jato.

Sai de cena o profissional sóbrio que aplicou a lei com rigor e mandou para a prisão os figurões que se associaram para saquear os cofres públicos. Sobe ao palco o juiz inebriado pela adoração popular e pela chance de entrar na política.

Qualquer que seja o desfecho da conversa com Bolsonaro, Moro comprometeu sua independência como magistrado de maneira irremediável ao dar passos tão resolutos na direção do novo governo.

Se sua escolha for confirmada pelo presidente eleito, ele perderá, claro, o distanciamento necessário para seguir na Lava Jato.

Basta imaginar o que poderá acontecer no próximo dia 14, data marcada pelo próprio juiz para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja ouvido em uma das ações em que é réu no Paraná.

Preso em Curitiba, o líder petista tornou-se inelegível depois que sua condenação por Moro, em outro caso, foi confirmada pelo tribunal de segunda instância.

O PT ganharia argumentos, nesse cenário, para alimentar a versão fantasiosa, levada à opinião pública e a instituições internacionais, de que Lula se viu condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro sem provas, devido a mera perseguição política.

Mesmo que o magistrado não se mude para Brasília, o flerte com Bolsonaro põe em dúvida sua isenção e estimulará pedidos para que tribunais superiores revisem suas sentenças com olhar crítico.

É previsível o questionamento a decisões que podem ter contribuído para o triunfo bolsonarista ao reforçar sentimentos antipetistas —da prisão de Lula à divulgação da delação do ex-ministro Antonio Palocci às vésperas do primeiro turno.

Decerto que constitui prerrogativa do presidente formar sua equipe como achar melhor, e Moro pode estar imbuído das mais nobres intenções ao atender a seu convite. O dano para a credibilidade da Lava Jato, porém, pode ser irreversível.
Em tempo: sobre a Justissa, com dois "s", favor visitar o ABC do C Af.
Em tempo2, no PiG cheiroso: Moro foi convidado para ministério ainda na campanha, diz Mourão.

Editorial da Folha: Moro desmoraliza toda a Justissa!

A sofreguidão do Imparcial de Curitiba é de espantar!
publicado 01/11/2018
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Créditos: Pataxó
Da Fel-lha:

A guinada do juiz

Ao se aproximar do novo governo, Sergio Moro perde a isenção necessária para seguir à frente da Lava Jato

A sofreguidão com que o juiz federal Sergio Moro atendeu ao chamado do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), poucas horas após o fechamento das urnas, espantou até mesmo os observadores mais atentos da trajetória do magistrado.

Em entrevistas na segunda (29), o futuro mandatário mencionou Moro como um bom nome para o Ministério da Justiça ou uma vaga no Supremo Tribunal Federal, pelo papel que exerceu no combate à corrupção nos últimos anos.

No dia seguinte, o juiz disse que se considerava honrado pela lembrança e imediatamente passou a dar sinais de entusiasmo pela ideia do capitão reformado. Ficou acertado um encontro para que os dois se entendam nesta quinta (1º), no Rio.

Os movimentos surpreendem porque contrariam a reputação que o magistrado construiu com zelo nos quatro anos em que conduziu os processos da Lava Jato.

Sai de cena o profissional sóbrio que aplicou a lei com rigor e mandou para a prisão os figurões que se associaram para saquear os cofres públicos. Sobe ao palco o juiz inebriado pela adoração popular e pela chance de entrar na política.

Qualquer que seja o desfecho da conversa com Bolsonaro, Moro comprometeu sua independência como magistrado de maneira irremediável ao dar passos tão resolutos na direção do novo governo.

Se sua escolha for confirmada pelo presidente eleito, ele perderá, claro, o distanciamento necessário para seguir na Lava Jato.

Basta imaginar o que poderá acontecer no próximo dia 14, data marcada pelo próprio juiz para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja ouvido em uma das ações em que é réu no Paraná.

Preso em Curitiba, o líder petista tornou-se inelegível depois que sua condenação por Moro, em outro caso, foi confirmada pelo tribunal de segunda instância.

O PT ganharia argumentos, nesse cenário, para alimentar a versão fantasiosa, levada à opinião pública e a instituições internacionais, de que Lula se viu condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro sem provas, devido a mera perseguição política.

Mesmo que o magistrado não se mude para Brasília, o flerte com Bolsonaro põe em dúvida sua isenção e estimulará pedidos para que tribunais superiores revisem suas sentenças com olhar crítico.

É previsível o questionamento a decisões que podem ter contribuído para o triunfo bolsonarista ao reforçar sentimentos antipetistas —da prisão de Lula à divulgação da delação do ex-ministro Antonio Palocci às vésperas do primeiro turno.

Decerto que constitui prerrogativa do presidente formar sua equipe como achar melhor, e Moro pode estar imbuído das mais nobres intenções ao atender a seu convite. O dano para a credibilidade da Lava Jato, porém, pode ser irreversível.
Em tempo: sobre a Justissa, com dois "s", favor visitar o ABC do C Af.
Em tempo2, no PiG cheiroso: Moro foi convidado para ministério ainda na campanha, diz Mourão.

Editorial da Folha: Moro desmoraliza toda a Justissa!

A sofreguidão do Imparcial de Curitiba é de espantar!
publicado 01/11/2018
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Créditos: Pataxó
Da Fel-lha:

A guinada do juiz

Ao se aproximar do novo governo, Sergio Moro perde a isenção necessária para seguir à frente da Lava Jato

A sofreguidão com que o juiz federal Sergio Moro atendeu ao chamado do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), poucas horas após o fechamento das urnas, espantou até mesmo os observadores mais atentos da trajetória do magistrado.

Em entrevistas na segunda (29), o futuro mandatário mencionou Moro como um bom nome para o Ministério da Justiça ou uma vaga no Supremo Tribunal Federal, pelo papel que exerceu no combate à corrupção nos últimos anos.

No dia seguinte, o juiz disse que se considerava honrado pela lembrança e imediatamente passou a dar sinais de entusiasmo pela ideia do capitão reformado. Ficou acertado um encontro para que os dois se entendam nesta quinta (1º), no Rio.

Os movimentos surpreendem porque contrariam a reputação que o magistrado construiu com zelo nos quatro anos em que conduziu os processos da Lava Jato.

Sai de cena o profissional sóbrio que aplicou a lei com rigor e mandou para a prisão os figurões que se associaram para saquear os cofres públicos. Sobe ao palco o juiz inebriado pela adoração popular e pela chance de entrar na política.

Qualquer que seja o desfecho da conversa com Bolsonaro, Moro comprometeu sua independência como magistrado de maneira irremediável ao dar passos tão resolutos na direção do novo governo.

Se sua escolha for confirmada pelo presidente eleito, ele perderá, claro, o distanciamento necessário para seguir na Lava Jato.

Basta imaginar o que poderá acontecer no próximo dia 14, data marcada pelo próprio juiz para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja ouvido em uma das ações em que é réu no Paraná.

Preso em Curitiba, o líder petista tornou-se inelegível depois que sua condenação por Moro, em outro caso, foi confirmada pelo tribunal de segunda instância.

O PT ganharia argumentos, nesse cenário, para alimentar a versão fantasiosa, levada à opinião pública e a instituições internacionais, de que Lula se viu condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro sem provas, devido a mera perseguição política.

Mesmo que o magistrado não se mude para Brasília, o flerte com Bolsonaro põe em dúvida sua isenção e estimulará pedidos para que tribunais superiores revisem suas sentenças com olhar crítico.

É previsível o questionamento a decisões que podem ter contribuído para o triunfo bolsonarista ao reforçar sentimentos antipetistas —da prisão de Lula à divulgação da delação do ex-ministro Antonio Palocci às vésperas do primeiro turno.

Decerto que constitui prerrogativa do presidente formar sua equipe como achar melhor, e Moro pode estar imbuído das mais nobres intenções ao atender a seu convite. O dano para a credibilidade da Lava Jato, porém, pode ser irreversível.
Em tempo: sobre a Justissa, com dois "s", favor visitar o ABC do C Af.
Em tempo2, no PiG cheiroso: Moro foi convidado para ministério ainda na campanha, diz Mourão.

Editorial da Folha: Moro desmoraliza toda a Justissa!

A sofreguidão do Imparcial de Curitiba é de espantar!
publicado 01/11/2018
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Créditos: Pataxó
Da Fel-lha:

A guinada do juiz

Ao se aproximar do novo governo, Sergio Moro perde a isenção necessária para seguir à frente da Lava Jato

A sofreguidão com que o juiz federal Sergio Moro atendeu ao chamado do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), poucas horas após o fechamento das urnas, espantou até mesmo os observadores mais atentos da trajetória do magistrado.

Em entrevistas na segunda (29), o futuro mandatário mencionou Moro como um bom nome para o Ministério da Justiça ou uma vaga no Supremo Tribunal Federal, pelo papel que exerceu no combate à corrupção nos últimos anos.

No dia seguinte, o juiz disse que se considerava honrado pela lembrança e imediatamente passou a dar sinais de entusiasmo pela ideia do capitão reformado. Ficou acertado um encontro para que os dois se entendam nesta quinta (1º), no Rio.

Os movimentos surpreendem porque contrariam a reputação que o magistrado construiu com zelo nos quatro anos em que conduziu os processos da Lava Jato.

Sai de cena o profissional sóbrio que aplicou a lei com rigor e mandou para a prisão os figurões que se associaram para saquear os cofres públicos. Sobe ao palco o juiz inebriado pela adoração popular e pela chance de entrar na política.

Qualquer que seja o desfecho da conversa com Bolsonaro, Moro comprometeu sua independência como magistrado de maneira irremediável ao dar passos tão resolutos na direção do novo governo.

Se sua escolha for confirmada pelo presidente eleito, ele perderá, claro, o distanciamento necessário para seguir na Lava Jato.

Basta imaginar o que poderá acontecer no próximo dia 14, data marcada pelo próprio juiz para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja ouvido em uma das ações em que é réu no Paraná.

Preso em Curitiba, o líder petista tornou-se inelegível depois que sua condenação por Moro, em outro caso, foi confirmada pelo tribunal de segunda instância.

O PT ganharia argumentos, nesse cenário, para alimentar a versão fantasiosa, levada à opinião pública e a instituições internacionais, de que Lula se viu condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro sem provas, devido a mera perseguição política.

Mesmo que o magistrado não se mude para Brasília, o flerte com Bolsonaro põe em dúvida sua isenção e estimulará pedidos para que tribunais superiores revisem suas sentenças com olhar crítico.

É previsível o questionamento a decisões que podem ter contribuído para o triunfo bolsonarista ao reforçar sentimentos antipetistas —da prisão de Lula à divulgação da delação do ex-ministro Antonio Palocci às vésperas do primeiro turno.

Decerto que constitui prerrogativa do presidente formar sua equipe como achar melhor, e Moro pode estar imbuído das mais nobres intenções ao atender a seu convite. O dano para a credibilidade da Lava Jato, porém, pode ser irreversível.
Em tempo: sobre a Justissa, com dois "s", favor visitar o ABC do C Af.
Em tempo2, no PiG cheiroso: Moro foi convidado para ministério ainda na campanha, diz Mourão.

Editorial da Folha: Moro desmoraliza toda a Justissa!

A sofreguidão do Imparcial de Curitiba é de espantar!
publicado 01/11/2018
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Créditos: Pataxó
Da Fel-lha:

A guinada do juiz

Ao se aproximar do novo governo, Sergio Moro perde a isenção necessária para seguir à frente da Lava Jato

A sofreguidão com que o juiz federal Sergio Moro atendeu ao chamado do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), poucas horas após o fechamento das urnas, espantou até mesmo os observadores mais atentos da trajetória do magistrado.

Em entrevistas na segunda (29), o futuro mandatário mencionou Moro como um bom nome para o Ministério da Justiça ou uma vaga no Supremo Tribunal Federal, pelo papel que exerceu no combate à corrupção nos últimos anos.

No dia seguinte, o juiz disse que se considerava honrado pela lembrança e imediatamente passou a dar sinais de entusiasmo pela ideia do capitão reformado. Ficou acertado um encontro para que os dois se entendam nesta quinta (1º), no Rio.

Os movimentos surpreendem porque contrariam a reputação que o magistrado construiu com zelo nos quatro anos em que conduziu os processos da Lava Jato.

Sai de cena o profissional sóbrio que aplicou a lei com rigor e mandou para a prisão os figurões que se associaram para saquear os cofres públicos. Sobe ao palco o juiz inebriado pela adoração popular e pela chance de entrar na política.

Qualquer que seja o desfecho da conversa com Bolsonaro, Moro comprometeu sua independência como magistrado de maneira irremediável ao dar passos tão resolutos na direção do novo governo.

Se sua escolha for confirmada pelo presidente eleito, ele perderá, claro, o distanciamento necessário para seguir na Lava Jato.

Basta imaginar o que poderá acontecer no próximo dia 14, data marcada pelo próprio juiz para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja ouvido em uma das ações em que é réu no Paraná.

Preso em Curitiba, o líder petista tornou-se inelegível depois que sua condenação por Moro, em outro caso, foi confirmada pelo tribunal de segunda instância.

O PT ganharia argumentos, nesse cenário, para alimentar a versão fantasiosa, levada à opinião pública e a instituições internacionais, de que Lula se viu condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro sem provas, devido a mera perseguição política.

Mesmo que o magistrado não se mude para Brasília, o flerte com Bolsonaro põe em dúvida sua isenção e estimulará pedidos para que tribunais superiores revisem suas sentenças com olhar crítico.

É previsível o questionamento a decisões que podem ter contribuído para o triunfo bolsonarista ao reforçar sentimentos antipetistas —da prisão de Lula à divulgação da delação do ex-ministro Antonio Palocci às vésperas do primeiro turno.

Decerto que constitui prerrogativa do presidente formar sua equipe como achar melhor, e Moro pode estar imbuído das mais nobres intenções ao atender a seu convite. O dano para a credibilidade da Lava Jato, porém, pode ser irreversível.
Em tempo: sobre a Justissa, com dois "s", favor visitar o ABC do C Af.
Em tempo2, no PiG cheiroso: Moro foi convidado para ministério ainda na campanha, diz Mourão.

Editorial da Folha: Moro desmoraliza toda a Justissa!

A sofreguidão do Imparcial de Curitiba é de espantar!
publicado 01/11/2018
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Créditos: Pataxó
Da Fel-lha:

A guinada do juiz

Ao se aproximar do novo governo, Sergio Moro perde a isenção necessária para seguir à frente da Lava Jato

A sofreguidão com que o juiz federal Sergio Moro atendeu ao chamado do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), poucas horas após o fechamento das urnas, espantou até mesmo os observadores mais atentos da trajetória do magistrado.

Em entrevistas na segunda (29), o futuro mandatário mencionou Moro como um bom nome para o Ministério da Justiça ou uma vaga no Supremo Tribunal Federal, pelo papel que exerceu no combate à corrupção nos últimos anos.

No dia seguinte, o juiz disse que se considerava honrado pela lembrança e imediatamente passou a dar sinais de entusiasmo pela ideia do capitão reformado. Ficou acertado um encontro para que os dois se entendam nesta quinta (1º), no Rio.

Os movimentos surpreendem porque contrariam a reputação que o magistrado construiu com zelo nos quatro anos em que conduziu os processos da Lava Jato.

Sai de cena o profissional sóbrio que aplicou a lei com rigor e mandou para a prisão os figurões que se associaram para saquear os cofres públicos. Sobe ao palco o juiz inebriado pela adoração popular e pela chance de entrar na política.

Qualquer que seja o desfecho da conversa com Bolsonaro, Moro comprometeu sua independência como magistrado de maneira irremediável ao dar passos tão resolutos na direção do novo governo.

Se sua escolha for confirmada pelo presidente eleito, ele perderá, claro, o distanciamento necessário para seguir na Lava Jato.

Basta imaginar o que poderá acontecer no próximo dia 14, data marcada pelo próprio juiz para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja ouvido em uma das ações em que é réu no Paraná.

Preso em Curitiba, o líder petista tornou-se inelegível depois que sua condenação por Moro, em outro caso, foi confirmada pelo tribunal de segunda instância.

O PT ganharia argumentos, nesse cenário, para alimentar a versão fantasiosa, levada à opinião pública e a instituições internacionais, de que Lula se viu condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro sem provas, devido a mera perseguição política.

Mesmo que o magistrado não se mude para Brasília, o flerte com Bolsonaro põe em dúvida sua isenção e estimulará pedidos para que tribunais superiores revisem suas sentenças com olhar crítico.

É previsível o questionamento a decisões que podem ter contribuído para o triunfo bolsonarista ao reforçar sentimentos antipetistas —da prisão de Lula à divulgação da delação do ex-ministro Antonio Palocci às vésperas do primeiro turno.

Decerto que constitui prerrogativa do presidente formar sua equipe como achar melhor, e Moro pode estar imbuído das mais nobres intenções ao atender a seu convite. O dano para a credibilidade da Lava Jato, porém, pode ser irreversível.
Em tempo: sobre a Justissa, com dois "s", favor visitar o ABC do C Af.
Em tempo2, no PiG cheiroso: Moro foi convidado para ministério ainda na campanha, diz Mourão.