segunda-feira, 23 de junho de 2014

Cinema

O moderno e o arcaico se unem no cinema do Recife

Ciclo no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, tenta dar conta do prolífico painel da produção pernambucana
por Orlando Margarido — publicado 21/06/2014 09:13
Divulgação
Rap do Pequeno Príncipe
Em Rap do Pequeno Príncipe, a modernidade e o arcaico, o rural e o urbano, conceitos que orientam a produção cinematográfica pernambucana
O tempo deve confirmar O Som ao Redor, estreia de Kleber Mendonça Filho na ficção, tão significativo na história do cinema pernambucano e nacional quanto Baile Perfumado. Em 1996, Lírio Ferreira e Paulo Caldas renovaram, com um olhar no passado, a saga do mascate Benjamin Abrahão para filmar Lampião.
Ambos os filmes conjugam a modernidade e o arcaico, o rural e o urbano, conceitos de parte da produção local nas duas últimas décadas. Desse painel prolífico quer dar conta o ciclo O Novo Cinema Pernambucano, com 29 títulos, incluídos os citados.
O sintoma que o crítico Jean-Claude Bernardet trata por Cinema do Recife tem tradição na capital, aferida por estudiosos como Luciana Araújo e Paulo Cunha. Gentil Roiz e Jota Soares abriram caminho em 1925 para realizações ambiciosas nos anos 1950, a exemplo de O Canto do Mar, de Alberto Cavalcanti.
Como aqui, documentar pela ficção seria estilo peculiar aos anos 2000, com Caldas e seu outro parceiro Marcelo Luna emRap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas, Marcelo Gomes em Cinema, Aspirinas e Urubus, e, em grau de maior complexidade psicológica, Claudio Assis e os filmes Amarelo Manga, Baixio das Bestas e Febre do Rato. Roteiristas desses, Hilton Lacerda lançou-se à direção com Tatuagem, revisão de importante momento teatral recifense.
A turma seguinte atualiza o cenário, à frente Marcelo Lordello (Eles Voltam) e Gabriel Mascaro (Avenida Brasília Formosa, Doméstica), este no registro documental de forte tendência, assim como a produção de curtas-metragens, 13 títulos do total.
Assista abaixo ao trailer do filme Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas:

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