quinta-feira, 31 de julho de 2014

Dilma sanciona lei que cria regras para convênios públicos com ONGs

Marco regulatório exige 3 anos de atuação para ONG receber do governo.
Norma determina ainda que organizações participem de processo seletivo.

Filipe MatosoDo G1, em Brasília
Dilma sanciona lei que cria determina no mínimo três anos de atuação para ONGs firmarem convênios com o poder público (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)Dilma sanciona lei que cria determina no mínimo três anos de atuação para ONGs firmarem convênios com o poder público (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta quinta-feira (31), em cerimônia no Palácio do Planalto, projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional que cria regras para a assinatura de contratos entre o setor público e organizações não governamentais, conhecido como marco regulatório das ONGs.
O texto vai garantir, sem dúvida, muitos ganhos e vai evitar os erros de alguns. Porque os erros de alguns poucos acabam contaminando o trabalho de milhares"
Dilma Rousseff, presidente da República
Defendido pelas próprias organizações do terceiro setor como uma maneira de moralizar o segmento, o texto final do marco deverá ser publicado na edição do “Diário Oficial da União” desta sexta (1°). O Palácio do Planalto não informou se a presidente da República vetou algum trecho do projeto aprovado pelos congressistas.
Na avaliação da chefe do Executivo, o texto sancionado nesta quinta é resultado de “amplo diálogo” entre o governo, a sociedade e o Legislativo. Segundo Dilma, o marco beneficiará as organizações, que passarão a ter segurança jurídica em relação aos contratos.
“O texto vai garantir, sem dúvida, muitos ganhos e vai evitar os erros de alguns. Porque os erros de alguns poucos acabam contaminando o trabalho de milhares. E vai permitir também reconhecimento por parte do Estado sobre a relevância e a importância dessas organizações na vida de milhões de brasileiros”, disse.
A nova legislação determina que as ONGs participem de um processo seletivo, por meio de chamada pública, para firmar contratos com a administração pública, seja da esfera federal, estadual, municipal ou distrital.
As organizações não governamentais também terão de cumprir uma série de requisitos para firmar essas parcerias, entre as quais ter, no mínimo, três anos de existência, experiência prévia na área e comprovar capacidade técnica e operacional para desenvolver as atividades.
Na avaliação da Secretaria-Geral da Presidência, órgão responsável pela interlocução do Planalto com os movimentos sociais, o novo marco contribui para aperfeiçoar as parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, com base na “valorização e fortalecimento das organizações, segurança jurídica e transparência e controle sobre os recursos públicos”.
Em 23 de maio, a presidente Dilma assinou decreto que prevê regras relacionadas à prestação de contas ao poder público pelas ONGs. Na ocasião, ela também assinou decreto que instituiu a Política Nacional de Participação Social, que prevê maior participação dos conselhos populares em decisões do governo.
'Parceiras do governo'
Durante a cerimônia de sanção do marco regulatório das ONGs, a presidente Dilma Rousseff defendeu as organizações como “parceiras” do governo federal e afirmou que as ações desenvolvidas pelas entidades ajudam a administração pública a “viabilizar” programas sociais.
Ela afirmou ainda que que as ONGs são “fundamentais” e ajudam o governo a complementar as políticas públicas. Dilma saudou algumas organizações, como a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong), a Rede Evangélica Nacional de Ação Social (Renas) e o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife).
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MCRORREGIONAL MATO GRANDE

Nesta sexta-feira teremos reunião da microrregional do Mato Grande, em apresentação ultimo vídeo do ENCONASA e uma apresentação do que seja o evento.
Teremos também uma apresentação sobre o tema "banco de semente".  E os informes sobre os programas da ASA e o RN Sustentável

Cheiro da água preocupa moradores de Itu (SP); empresa recomenda não beber
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Fabiana Marchezi
Do UOL, em Campinas (SP)
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  • Wanderson Faustino/Arquivo Pessoal
    À esquerda, um copo com água retirada de uma torneira de uma residência de Itu; à direita, um copo com água mineral
    À esquerda, um copo com água retirada de uma torneira de uma residência de Itu; à direita, um copo com água mineral
Além do rigoroso racionamento de água que afeta os moradores de Itu (101 km de São Paulo) desde fevereiro, outro problema vem tirando o sono da população: a qualidade da água que sai das torneiras das casas.
Segundo os moradores, além da escassez da água, quando chega, o líquido está turvo e malcheiroso.
A concessionária Águas de Itu, responsável pelo abastecimento na cidade, garante que não há risco de contaminação, mas recomenda que a água não seja ingerida por conta da quantidade de cloro e flúor sedimentada na tubulação, o que muda a cor e o cheiro da água.
Apesar de moradores de diversos bairros relatarem que o problema ocorre há algum tempo, a concessionária alega que o problema é pontual e está sendo solucionado.
Também informou, em nota, que foi causado por serviços de manutenção na rede. "O problema na região ocorreu devido a um arraste de rede no momento que abriu-se o abastecimento, anteriormente fechado para manutenção em um ponto da rede".
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Falta de chuvas afeta abastecimento de água em São Paulo97 fotos

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30.jul.2014 - Com a falta de chuva, a represa reserva Jaguari-Jacareí na cidade de Vargem, no interior de São Paulo, apresenta índice, que mede o volume de água armazenado no Sistema Cantareira, de apenas 15,6% da capacidade total Luis Moura/Parceiro/Agência O Globo
Ainda segundo o comunicado, "já foram efetuadas descargas na rede do bairro todo e programamos melhorias [instalações de novos pontos de descarga para efetuar limpeza na rede em eventos de manutenção] que estão sendo implantados".
Para o ambientalista Henrique Padovani, o acúmulo de cloro, flúor ou qualquer outro produto químico que possa ser utilizado no tratamento da água a faz imprópria para consumo.
"O ideal é evitar. A água da torneira não é recomendável para consumo em nenhuma situação, independentemente de racionamento ou não. Quando se sabe que há mais cloro e mais flúor do que o habitual não tem o que pensar. Não beba. Não é confiável", recomendou Padovani.

População compra água

Com isso, a população se vira como pode. Alguns compram água mineral, outros recorrem às bicas. Grande parte deixou de usar o produto que sai da torneira, mesmo depois que a água passa por filtros nas casas.
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Estiagem revela velhas construções e lixo acumulado12 fotos

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25.jul.2014 - Trabalhadores da Prefeitura Municipal de Salto retiram entulho do leito seco de um canal do rio Tietê. A prefeitura local aproveitou a estiagem prolongada para fazer remoção de lixo da parte seca do leito do rio Tiête, principal ponto turístico da cidade. Em menos de uma semana de trabalho, três toneladas de entulho já foram retiradas. A meta é que mais duas toneladas seja retiradas nos próximos dias Leia maisDivulgação/Prefeitura Municipal de Salto
"Na minha casa, quando a água chega, vem fraquinha. Agora faz dias que notamos que ela está turva e malcheirosa. Temos comprado água mineral e quando dá pegamos de uma bica no bairro. Tenho um filho de um ano, não vou deixá-lo beber nem tomar banho com essa água", contou a analista comercial Patrícia Cassimiro, 32, que mora na Vila São José.
O técnico em automação Jefferson Fernando, 28, conta que na casa dele nunca tem água e a que sai da torneira só serve para lavar a roupa.
Nem a louça dá pra lavar com água da torneira. Cozinhar, tomar banho e beber é impossível. A água está branca e com mau cheiro", disse. A família chega a consumir cinco galões de 20 litros de água por semana.
Na casa da educadora física Marília Campos, que fica no bairro Alto, região central da cidade, além do mau cheiro e da cor alterados, muitas vezes a água chega com sujeira, como pedrinhas. "Nós até tomamos banho com a água, mas cozinhar e beber, nem pensar. Não tem condições", afirmou Marília.

Falta de água em São Paulo - 8 vídeos

Calamidade

Nesta terça-feira (29), o Ministério Público do Estado de São Paulo recomendou que a prefeitura de Itu decrete estado de calamidade pública devido aos transtornos que a população enfrenta pela falta de água.
Com o racionamento, a população recebe água em dias alternados. Em alguns bairros, o abastecimento ocorre uma vez a cada três dias.
Caso seja decretado o estado de calamidade pública, será possível usar poços particulares e até mesmo contratar serviços de abastecimento --como caminhões-pipa-- sem a necessidade de licitação.
Além disso, o MP instaurou investigação civil para apurar responsabilidades pela falta de água na cidade. A prefeitura informou que está em busca de alternativas para solucionar os problemas de abastecimento.
"Desde que foi notificada, está sendo estudada a melhor maneira para atender as recomendações do Ministério Público, no que cabe ao Poder Executivo", informou o órgão.

Conselho de Segurança da ONU pede trégua imediata e pausas humanitárias em Gaza
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NOVA YORK, 31 Jul 2014 (AFP) - O Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu nesta quinta-feira um "cessar-fogo imediato e incondicional" em Gaza e "pausas humanitárias" para socorrer a população, alvo de uma ofensiva israelense há mais de 20 dias.

Após quatro horas de reunião a portas fechadas, o Conselho não fez qualquer referência ao bombardeio na quarta-feira a uma escola da ONU em Gaza, onde várias famílias palestinas estavam refugiadas.

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ECONOMIA NACIONAL

Inflação ao produtor segue em queda mesmo com resultado fiscal ruim em junho: O Índice de Preços ao Produtor (IPP) apresentou deflação pelo quarto mês consecutivo em junho, ao registrar variação negativa de 0,13% em relação ao mês anterior. O IPP, que mede os preços dos produtos na porta de fábrica, sem considerar impostos ou frete, é bastante influenciado pela redução no ritmo de atividade e pela estabilização da taxa de câmbio em um patamar mais valorizado. Com este resultado, o índice soma alta de 5,04% em 12 meses e apenas 0,93% no ano de 2014, o que comprova a desaceleração da inflação ao longo do ano. Os resultados positivos da inflação nos meses recentes contrastaram com os resultados fiscais negativos, sendo que junho registrou novo déficit primário, dessa vez no montante de R$ 1,9 bilhão, o que levou o acumulado do superávit primário no ano para R$ 17,237 bilhões, apenas 21% do previsto para o ano todo. O secretário do Tesouro, Arno Augustin, manteve a esperança no cumprimento da meta fiscal do governo ao afirmar que espera uma dinâmica melhor das contas públicas no segundo semestre, seja devido à retomada do crescimento econômico (afetado em junho e julho pelos feriados da Copa), seja pela entrada de receitas extraordinárias nos cofres públicos.
Comentário: A piora do resultado fiscal e a queda da inflação partilham de um elemento comum: a redução no ritmo de crescimento da atividade verificada no Brasil no primeiro semestre de 2014. Tal desaceleração, ao mesmo tempo em que impede a alta mais acentuada de várias modalidades de produtos, também contribui para a queda no ritmo de crescimento da arrecadação pública, o que resulta em resultados fiscais menores dada a rigidez no ritmo de crescimento de gastos da administração pública. A retomada do crescimento, por sua vez, só ocorrerá quando as expectativas negativas acerca da economia brasileira se reverterem, seja devido ao fim do período eleitoral, seja através da gradual redução da inflação (já em curso) aliada a uma recuperação da economia internacional. Enquanto isso, o esforço do governo deverá ser no sentido de limitar ao máximo o ritmo de crescimento dos gastos públicos ao mesmo tempo em que busca novas fontes de receitas, como é o exemplo do Refis (que será aberto novamente em 2014 para o pagamento de impostos atrasados das empresas nacionais) ou as receitas oriundas dos leilões de concessões públicas, como por exemplo a implementação da tecnologia 4G no país.
AGENDA DO DIA
EVENTO HORÁRIO ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO
IPP/Brasil 9h30 IBGE
Resultado nominal/Brasil 10h30 BC

Análise: Guilherme Mello, Economista
Acesse: www.fpabramo.org.br
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