domingo, 29 de abril de 2018

ESTE CANALHA MILTON NEVES

Advogado representa criminalmente Milton Neves por tweet de cunho discriminatório
Sábado, 28 de Abril de 2018

Advogado representa criminalmente Milton Neves por tweet de cunho discriminatório

Nascido em Salvador, o advogado João Victor Bomfim Chaves ingressou com uma representação criminal em face do apresentador de televisão Milton Neves, pela mensagem de intolerância em sua rede social quando a caravana do ex-presidente foi alvo de disparos por arma de fogo no Paraná. Na ocasião, o comunicador afirmou que Lula deveria evitar “estados cultos e politizados” e, para o jurista, a mensagem teve cunho discriminatório. O pedido, protocolado em meados de abril, foi encaminhado ao Ministério Público de São Paulo, que terá agora que se pronunciar.
Na representação, o advogado destacou que o apresentador é “uma figura pública, com cerca de 2 milhões de seguidores na rede social, apresentador de programa de televisão e popular sobretudo entre aqueles que acompanham futebol”. Vale dizer que Milton Neves apresenta há décadas programas em televisão e em rádios de grande alcance no país.
Quanto ao conteúdo da mensagem, Chaves argumenta que “ao se referir a “estados cultos e politizados”, [Milton Neves] parece sugerir a existência de estados “incultos e despolitizados”, que seria, aparentemente, aqueles em que foram registradas votações expressivas em prol do ex-presidente ou de seus correligionários, notadamente os estados nordestinos”.
“Na condição de nordestino, este causídico manifesta sua repulsa e ojeriza às declarações em comento” – afirmou Chaves, o qual lembrou do caso da acadêmica de direito nas eleições de 2010 quando, insatisfeita com o resultado, pediu publicamente pelo afogamento de pessoas nordestinas. Anos depois, a universitária foi condenada a um ano e meio de prisão.
“A política e a ideologia não podem servir para escamotear o discurso de ódio ora propagado pelo representado e pelos mais diversos grupos políticos existentes no país. Há limites legais e constitucionais à liberdade de expressão, sobretudo quando os excessos são perpetrados por notória figura pública, com capacidade para influenciar opiniões” – concluiu.
No pedido, Chaves elenca a investigação da conduta do comunicador, abertura de procedimentos civis e criminais, como também pagamento de indenização de R$ 500 mil ao Fundo Estadual de Promoção à Igualdade Étnica. Caberá agora à promotoria de Direitos Humanos decidir se instaura procedimento investigatório.
Leia na íntegra a Representação Criminal contra Milton Neves

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