PT do Rio aprova rompimento com Freixo
Diretório estadual aprovou rompimento, mas decisão final cabe à direção nacional do partido
O diretório estadual do Partido dos Trabalhadores no Rio de Janeiro aprovou o rompimento do apoio a candidatura de Marcelo Freixo (PSB) a governador.
A decisão foi tomada na noite de terça para quarta-feira, e teve como ponto decisivo o desentendimento em torno da candidatura do deputado federal Alessandro Molon (PSB) para o Senado.
Segundo o presidente do PT no Rio, João Maurício de Freitas, a coligação PT/PSB tinha fechado um acordo em torno do lançamento de um único nome para o Senado – André Ceciliano (PT), que também é o atual presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
Marcelo Freixo e o atual governador Cláudio Castro (PL) encontram-se empatados dentro da margem de erro nas pesquisas de intenção de voto ao Palácio Guanabara. Ambos tem cerca de 20%.
Racha na esquerda do Rio
As rusgas entre Freixo e Molon se arrastam há semanas. Os dois historicamente sempre foram aliados, mas as eleições têm causado atritos entre os políticos fluminenses.
Em nota, Molon disse:
Mais uma vez reafirmo: não fiz e não participei de qualquer acordo para ceder ao PT a vaga para o Senado. Temos o dever de derrotar o bolsonarismo no Rio de Janeiro. Isso é o mais importante e é em torno disso que a unidade do campo democrático deve ser construída
Já o PT-RJ classificou a candidatura de Alessandro Molon como “divisionista e aventureira“
Na nossa boa fé, e na nossa crença na importância do cumprimento de acordos, sabendo da nossa responsabilidade na construção de uma coligação de 8 partidos, aguardávamos até agora por uma definição final da Direção Nacional do PSB. Todavia, fomos surpreendidos pela defesa do presidente Nacional do PSB da manutenção da candidatura divisionista e aventureira de Molon. Nesse cenário, infelizmente, não é mais possível manter o apoio à candidatura de Freixo ao governo do Estado
No dia 7 de agosto, Ceciliano e Freixo participaram de ato de pré-campanha de Lula, na Cinelândia. Após o evento, apoiadores dos dois protagonizaram uma briga.
Agora, cabe ao diretório nacional do PT aprovar ou não o rompimento com Freixo.
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