Petrobrás se torna a maior pagadora de dividendos do mundo
Pagamentos feitos por empresas brasileiras saltam 163,6%
Os dividendos dos mercados emergentes também tiveram um forte crescimento, com crescimento de 22,7% no segundo trimestre de 2022, impulsionados pelos produtores de petróleo em particular e pelo rápido crescimento na América Latina.
No mercado global, os dividendos trimestrais alcançaram a cifra de US$ 544,8 bilhões, alta de 11,3% em base global, atingindo novo recorde.
A Petrobras e as empresas brasileiras ajudaram a impulsionar a marca. A estatal brasileira pagou US$ 9,7 bilhões no segundo trimestre e, até agora, é a maior pagadora de dividendos no período, de acordo com o mais recente Global Dividend Index (Índice Global de Dividendos) publicado pela Janus Henderson Investors (JHI).
Os dividendos globais mais do que recuperaram a queda testemunhada durante a pandemia e superaram os níveis anteriores à crise gerada pela Covid. Estão agora apenas 2,3% abaixo da tendência de longo prazo, embora esse déficit marginal possa ser atribuído à força recente do dólar. No total, 94% das empresas aumentaram os pagamentos ou os mantiveram no segundo trimestre.
A Janus Henderson espera que os pagamentos de 2022 atinjam US$ 1,56 trilhão, um aumento de 5,8% em uma base principal, equivalente a um aumento subjacente de 8,5%, levando em consideração a valorização do dólar.
Os dividendos pagos por empresas brasileiras atingiram US$ 10,4 bilhões no segundo trimestre de 2022, quase 2,5 vezes acima dos US$ 4,2 bilhões no mesmo período do ano passado e o maior total da série da pesquisa (iniciada em 2009). A JBS (US$ 465 milhões) e o Bradesco (US$ 219 milhões) também aparecem no índice.
O crescimento dos dividendos nos EUA, de 8,3%, ficou atrás do mundo em geral, mas o aumento foi forte em comparação a qualquer ano normal e levou a um novo recorde de pagamentos nos EUA.
Ben Lofthouse, chefe de Global Equity Income da JHI, afirmou: "O segundo trimestre foi um pouco acima das nossas expectativas, mas é improvável que vejamos um crescimento tão forte no resto do ano. Muitos dos ganhos fáceis já foram obtidos, pois a recuperação pós-Covid está quase completa. Também estamos enfrentando uma economia global significativamente mais lenta e o vento contrário da força do dólar."
"No entanto, vemos algumas áreas que devem continuar a gerar pagamentos de dividendos significativamente maiores do que a média global. Na América Latina, a continuidade dos preços fortes e o aumento dos ganhos em moeda local devido à forte valorização do dólar – que é a moeda global para todas essas indústrias de exportação – devem manter os fluxos de caixa locais em níveis historicamente altos", acrescenta Lofthouse.
O especialista espera que o crescimento dos pagamentos continue em 2023, mas provavelmente será mais lento, dadas as atuais perspectivas econômicas.
Fonte: Monitor Mercantil
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