DOI: https://doi.org/http://doi.org/10.1590/1807-0191202228162
Pablo Ortellado
Escola de Artes, Ciências e Humanidades
Universidade de São Paulo
Marcio Moretto Ribeiro
Escola de Artes, Ciências e Humanidades
Universidade de São Paulo
Leonardo Zeine
Pós-Graduação em Linguística
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Universidade de São Paulo
RESUMO
Embora tenhamos muitas evidências anedóticas sobre a polarização política no Brasil, os estudos empíricos têm se concentrado, em grande parte, no padrão de voto. Partindo de duas séries históricas de pesquisas de opinião (Lapop e World Values Survey), investigamos o fenômeno da polarização política em quatro sentidos consagrados: polarização das opiniões sobre temas políticos, polarização das identidades políticas, alinhamento das opiniões com identidades e polarização afetiva. Verificamos que há polarização de opiniões sobre direitos dos homossexuais e sobre o divórcio, como processo e como estado, respectivamente. As identidades políticas também se polarizaram a partir de 2010, sobretudo entre os mais velhos e menos escolarizados, o que não implicou um aumento de alinhamento. Por fim, constatamos que, entre as pessoas engajadas, há polarização afetiva em torno de algumas identidades.
Palavras-chave
POLARIZAÇÃO POLÍTICA; POLARIZAÇÃO AFETIVA; GUERRAS CULTURAIS
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