Programa de fachada
outrasmidias
por:intercpt brasil
No caso de Natalia Ferreira dos Santos e Maria Luiza Santana Meneses, mulheres negras da cidade de Taubaté, interior de São Paulo, o racismo foi do motorista com elas. Elas relatam que foram confundidas com assaltantes quando solicitaram que o motorista da Uber alterasse o caminho durante uma corrida.
“O motorista insinuou que eu e minha namorada, duas mulheres negras, íamos assaltá-lo. Uma amiga branca estava presente e viu a situação. Ele se recusou a seguir a rota que indicamos, primeiramente para buscar essa amiga e depois para seguir até o destino final. Quando pedimos que fizesse outra rota, começou a dizer que havia sido assaltado havia poucas semanas logo após um cliente pedir para ele desviar a rota, que a Uber acompanhava a localização dele pelo GPS e que se saísse da rota a empresa ligaria para ele imediatamente, informações que sabíamos que não procediam”, relatou formalmente Menezes na descrição do ocorrido enviado à Uber.
Para Menezes, o programa antirracista da Uber é fachada. As vítimas tiveram que fazer a reclamação inúmeras vezes, para diferentes atendentes via chat, recebendo respostas genéricas, e não foram notificadas de nenhuma atitude contundente da Uber até o momento, como a apuração do caso e o desligamento do motorista.
Ao Intercept, a Uber enviou uma nota de repúdio padrão e afirmou ter desativado o motorista da plataforma. A empresa também afirmou permanecer à disposição para colaborar com as autoridades.
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