sexta-feira, 23 de setembro de 2022

INVESTIMENTOS NA SEGURANÇA

 Investimentos na segurança 

Não foi apenas a violência que cresceu no Amazonas. Os investimentos no segurança também. Entre 2010 e 2022, o orçamento da segurança pública do Amazonas aumentou de R$ 700 milhões para R$ 2,3 bilhões. 


Em 2011, 1.102 pessoas foram mortas de forma violenta e intencional no Amazonas. O número se manteve acima de mil mortes nesse contexto ao longo da última década, com exceção de 2013, ano em que ficou pouco abaixo: 985 mortes violentas intencionais. Em 2015, houve um pico de 1.447 mortes violentas intencionais. Em 2021, o número deu novo salto e foi a 1.670. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022.


Em junho do ano passado, Wilson Lima anunciou o investimento de R$ 280 milhões no programa Amazonas mais Seguro, para obras em delegacias, nos departamentos de perícia e compra de equipamentos, parte entregue em eventos de grande pompa. O governo anunciou concursos públicos e promoção de mais de mil policiais militares e bombeiros.


Por meio de nota, o governo do Amazonas considera que fez “investimento recorde” no setor que “sofreu com a desestruturação das forças de segurança em gestões anteriores”. A nota afirma que o governo do Amazonas confia na Justiça “para que, aqueles que comprovadamente cometeram delitos, sejam punidos conforme determinam as leis brasileiras”. 


“O governo do Amazonas investiu mais de R$ 300 milhões na segurança pública. O problema é que me parece muito incipiente. Meio que tapar o sol com a peneira para a gente que está na ponta”, avalia Rapozo. 


O pesquisador aponta falta de estudos, controle e compartilhamento de dados, programas de segurança e sociais e articulação entre os governos estadual e federal. “Pelo progresso do orçamento, falta de dinheiro não é”, avalia Candotti.  Nossa cobertura eleitoral é financiada por leitores como você. Ajude doando mensalmente ou faça um pix para contato@apublica.org. 


*Esta reportagem faz parte do especial Emergência Climática, que investiga as violações socioambientais decorrentes das atividades emissoras de carbono – da pecuária à geração de energia. A cobertura completa está no site do projeto.

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