quinta-feira, 14 de julho de 2022

REGIÃO TAMBÉM FOI ATINGIDA PELO ROMPIMENTO DE BARRAGEM DA VALE

 Região também foi atingida pelo rompimento de barragem da Vale

A presidente da associação no assentamento afirma que os moradores, além de lidar com a pulverização de agrotóxicos, queixam-se dos efeitos do rompimento da barragem da Vale, que completou três anos em janeiro de 2022. “As pessoas estão mais vulneráveis”, avalia Tatiane de Menezes, ressaltando que há muitos idosos. “Com o rompimento da barragem da Vale não tem nem água em casa para ficar tomando banho”, completa.


O assentamento foi atingido pelo rompimento da mina Córrego do Feijão, em janeiro de 2019, que matou 272 pessoas. Foram cerca de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos que chegaram ao Rio Paraopeba, impactando 25 municípios entre Brumadinho e Três Marias. Dentre os municípios reconhecidos pela Justiça como atingidos está Pompéu.


“A gente usava a água do rio [Paraopeba] para tudo”, resume um morador do assentamento. Após o rompimento, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) recomenda que a água do rio não seja usada.


Instituto Guaicuy

Órgão de meio ambiente instalou placas ao longo do Rio Paraopeba recomendando que a água não seja usada

Pedro Aguiar, integrante do Instituto Guaicuy, uma das três instituições nomeadas pela Justiça para assessorar moradores das regiões afetadas pelo desastre, elenca uma série de impactos após o rompimento. “Existe o medo de produzir comida sem saber se a água vai contaminar o alimento ou não, tanto o que ele [o morador] vai consumir, quanto o que vai comercializar. Não querem vender produtos da horta sabendo que pode ter problema”, afirma.   Histórias como essa precisam ser conhecidas e debatidas pela sociedade. A gente investiga para que elas não fiquem escondidas por trás de interesses escusos. Se você acredita que o jornalismo de qualidade é necessário para um mundo mais justo, nos ajude nessa missão. Seja nosso Aliado


Esta reportagem faz parte do projeto Por Trás do Alimento, uma parceria da Agência Pública e Repórter Brasil para investigar o uso de Agrotóxicos no Brasil. A cobertura completa está no site do projeto.


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