segunda-feira, 25 de julho de 2022

 

Lição

Formada e com os próprios alunos, ela sabe bem que não pode agir com autoritarismo. Não faz quartetos nos ensaios que rege por causa da experiência negativa que teve. “Era onde ele colocava a gente em teste vexatório. Em um desses quartetos, queria que cantasse um mi bemol, uma coisa muito específica que ele sabia que ia me derrubar”.

Imagina que a prática de quarteto deixe os alunos nervosos, o que além além do desconforto emocional, interfere diretamente no desempenho vocal: “É cientificamente comprovado que a laringe se fecha, endurece, com a tensão e o medo”.

Casos de assédio na UFRN

A Ouvidoria da UFRN registrou em 2022, uma denúncia de assédio sexual, que resultou no arquivamento pela falta de informações, e uma comunicação (anônima) de assédio sexual, que foi encaminhada ao setor responsável. Houve ainda uma comunicação de estupro, que foi arquivada devido à impossibilidade de pedir informações porque o relato foi anônimo.

Registrou-se uma comunicação de assédio moral, que foi encaminhada à ouvidoria do órgão responsável; além de uma outra solicitação de assédio moral, que foi arquivada por falta de autorização de encaminhamento pela pessoa denunciante. Também foram registradas três reclamações, duas denúncias e quatro comunicações a respeito de conflitos classificados pelos manifestantes como assédio moral, mas que não se caracterizam legalmente como tal por não terem recorrência. Desses, sete foram encaminhados para resolução pacífica de conflitos e dois foram enviados às autoridades universitárias competentes.

Sobre esses dados, a universidade lembra que o mesmo evento pode gerar diversas manifestações. Ex.: Uma vítima de assédio moral relata o caso a colegas. Tanto a vítima quanto os/as colegas fazem denúncia à Ouvidoria sobre o mesmo caso.

Questionada sobre o caso do Madrigal, a instituição enviou nota sem se posicionar sobre o caso, mas sim comunicando as medidas adotadas sobre o tema.

Confira o comunicado:

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desenvolve ações no intuito de prevenir e oferecer suporte às pessoas denunciantes de casos de abuso sexual e moral, no âmbito da instituição de ensino. Em junho deste ano, foi instituído o Grupo de Trabalho pelo Enfrentamento ao Assédio Sexual na UFRN, com o objetivo de identificar e sugerir medidas institucionais de curto, médio e longo prazo para prevenir e combater o assédio sexual, além de outras violências de gênero. Seguem outras iniciativas da Universidade:

– A Comissão de Humanização das Relações de Trabalho tem caráter interdisciplinar e é composta por servidores de diferentes áreas de atuação, como Serviço Social, Psicologia, Administração, Direito, entre outras. A ação tem o intuito de promover ações de natureza educativa e preventiva acerca das violências relacionadas ao trabalho (incluindo assédio sexual e moral); atuar como suporte diante dos problemas ou conflitos nas relações laborais; e analisar as demandas com indícios de violências no trabalho, agindo para cessá-las, oferecendo suporte e/ou encaminhando os envolvidos;

– Capacitações sobre temáticas ligadas à prevenção de violências, como “Mediação de Conflitos”, “Gestão de Conflitos”, “Gestão das Emoções”, “Assédio Moral (Sensibilização e instrumentalização para combater o assédio moral)”, “Diversidades Afetiva, Sexual, Racial, Religiosa, entre outras (combate aos múltiplos preconceitos)”;

– Cartilha “Assédio Moral – Conheça e aprenda a combater”: progesp.ufrn.br/cartilhas/assedio/quadrinho2/cartilha_texto_final.pdf ;

– Comitê UFRN com Diversidade (em fase de reativação), que tem o objetivo de propor ações transversais, interdisciplinares e intersetoriais de enfrentamento à violência de gênero e a todos os tipos de preconceito e intolerância (machismo, racismo, lgbtqia+fobia, capacitismo, gordofobia, etc);

– Treinamento Introdutório para Servidores e Programa de Atualização Pedagógica para Docentes (PAP), abordando a temática do assédio.

– A Ouvidoria da UFRN é um canal para manifestações, via Plataforma FalaBR: ouvidoria.ufrn.br .

– A Divisão de Segurança Patrimonial (DSP) também oferece canais de comunicação, nos telefones 08000 84 20 50 e (84) 99193-6471 ou no aplicativo “Smart Campus Seguro”.

Em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), casos específicos não podem ser informados ao público.

 

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