sábado, 30 de julho de 2022

DAS LAVOURAS DE SOJA AOS ULTRAPROCESSOS

 Das lavouras de soja aos ultraprocessados
Há cerca de um ano, o Instituto já havia revelado que 59% dos alimentos consumidos principalmente por crianças, como cereais matinais, bolachas e bebidas lácteas, também tinham algum tipo de agrotóxico em sua composição. Desta vez, os pesquisadores decidiram testar produtos de origem animal para verificar se mesmo depois da metabolização pelo organismo desses animais e do processamento da carne e do leite ainda seria possível identificar resíduos desses venenos, o que foi comprovado.

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Os pesticidas aparecem nos derivados de leite e de carne de duas maneiras. A primeira é de forma direta, por exemplo, a partir da aplicação de substâncias nos animais para evitar a infestação por parasitas. A segunda é por meio das rações produzidas a partir da soja, do milho e de outros grãos, culturas que utilizam agrotóxicos de forma intensiva. Pesquisas mostram que 63% dos venenos usados no Brasil vão para a cultura da soja e 77% da produção do grão viram ração para animais.

“Os dados são preocupantes porque tecem um panorama de que cada vez mais os alimentos que chegam na mesa da população brasileira, seja para crianças, adultos ou idosos, estão com resíduos de agrotóxicos”, afirma Rafael Rioja, coordenador de consumo sustentável do Idec.

Lucas Malfa/Repórter Brasil e Agência Pública
Análise não encontrou agrotóxicos em bebidas lácteas sabor chocolate e iogurte ultraprocessado, nem nas seguintes marcas: requeijão Nestlé (Nestlé), linguiça suína calabresa Sadia (BRF) e Perdigão (BRF), mortadela Sadia (BRF)

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