quinta-feira, 21 de julho de 2022

BRICS pode ajudar a recuperar prejuízos da Lava Jato

O secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa, acredita que a operação teve influência de "interesses estrangeiros" com objetivo de gerar impacto econômico sobre empresas brasileiras como a Petrobras. Lisboa ressalta que essa movimentação teve apoio de elites locais.

"Houve interesses estrangeiros na operação [...]. Isso é uma situação absolutamente conhecida no mundo inteiro, de que a operação Lava Jato foi uma operação de guerra híbrida", aponta Lisboa, referindo-se ao conceito popularizado pelo analista geopolítico Andrew Korybko.

O coordenador-geral da FUP vai no mesmo sentido e sugere que investigações sejam realizadas para revelar possíveis interesses atrelados à Lava Jato. Em 2021, essas ideias chegaram a ser discutidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski durante julgamento que terminou com a anulação de condenações de Lula. Os membros da operação sempre negaram quaisquer relações desse tipo.

"É importante e necessário que se investigue por que uma operação tão danosa para o Brasil ganhou tanto poder. É perceptível, ao nosso ver, que houve interesses supranacionais que instrumentalizaram a Lava Jato", afirma Bacelar, acrescentando que acredita que agências de inteligência dos Estados Unidos influenciaram a operação. Bacelar acredita que caso Lula volte à presidência, esses interesses serão investigados e a Petrobras ganhará mais espaço.

Para o secretário da CUT, a articulação com o BRICS pode ser um caminho futuro para ajudar o Brasil a recuperar os prejuízos econômicos apontados pelo Dieese. Apesar disso, Lisboa salienta que o grupo passa por um momento delicado e que as eleições no Brasil seriam fundamentais nesse processo.

"A eleição do ex-presidente Lula é uma esperança de retomar uma capacidade de articulação do BRICS, porque hoje isso ficou basicamente nas mãos de China e Rússia. [...] Obviamente que o BRICS é um espaço de articulação para recuperar prejuízos causados pela Lava Jato, mas é preciso também retomar a estratégia do bloco", avalia o sindicalista, ressaltando as dificuldades do grupo diante do conflito na Ucrânia.

Fonte: Sputnik 

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