Como funciona o monitoramento por satélites que alerta para risco de desastres por incêndios florestais no Brasil?Caixa de entrada
O monitoramento por satélites que alerta para risco de desastres por incêndios florestais no Brasil Recentemente, acompanhamos como ondas de calor extremo provocaram desastres por incêndios florestais em vários países da Europa, na Austrália e no estado norte-americano da Califórnia. No Brasil, os focos de incêndios, detectados em regiões como a Amazônia, estão associados principalmente ao desmatamento, embora também haja outras fontes de fogo. Desde 1998, o Brasil possui um sistema robusto de monitoramento por satélites das queimadas e incêndios florestais, em todas as regiões, com destaque para a Amazônia. Esse monitoramento é essencial para evitar desastres por incêndios no Brasil. Neste post, mostramos como funciona esse sistema, como os dados de satélites são recebidos e que produtos são gerados. Acesse o post completo, clicando no post abaixo: Uso de imagens multiespectrais para monitoramento de canaviais Satélites com imagens multiespectrais é a tecnologia que melhor pode auxiliar no monitoramento de canaviais. Enquanto as câmeras digitais convencionais empregam 3 bandas, as imagens multiespectrais captam até 12 bandas. Com isso, oferece um grande nível de detalhamento, possibilitando a detecção de diversos problemas nesse tipo de cobertura vegetal. O Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI), cuja descoberta científica remonta a 1973, é uma das inovações mais populares utilizadas na agricultura de precisão. É um processo tecnológico que permite a representação e a análise da condição da cobertura vegetal, de determinada área ou região, sem necessidade do contato direto com ela, ou seja, as informações são coletadas remotamente. As aplicações do índice da cobertura vegetal na agricultura possibilitam gerenciar plantações, em larga escala, de forma padronizada, diminuindo as perdas e aumentando os rendimentos. Mapas processados digitalmente, com dados de satélites, permitem extrair diagnósticos estratégicos, para o planejamento da produção agrícola. Depois da pandemia do novo coronavírus, a agilidade dessa digitalização tornou-se essencial aos produtores rurais. Elas permitem um diagnóstico e orientação mais assertiva da produtividade das lavouras, sobretudo quando validadas com dados de referência da propriedade e com uso de drones. Com uma interface totalmente digital, a agricultura 4.0 permitirá, em um futuro breve, que as propriedades rurais estejam integradas e conectadas, utilizando conceitos como Internet das Coisas (IoT) e Big Data. INSCRIÇÕES ABERTAS | Se você tem interesse em processar e analisar imagens de satélites, no QGIS, estão abertas as inscrições para o Curso online "Mapa da Mina", do Laboratório Lapis, que ensina a dominar o QGIS, do básico ao avançado. O Curso é um treinamento 100% prático, que ensina a dominar o QGIS, para processar produtos e indicadores, baseados em dados de satélites, incluindo imagens de monitoramento da constelação de nanossatélites PlanetScope. Você já ouviu falar em “memória” da seca na vegetação? O Semiárido brasileiro enfrentou, no período 2011-2017, a maior seca já registrada na sua história, que os autores do Livro “Um século de secas” chamaram de “A seca do século”. Depois desses eventos climáticos repetidos, mesmo havendo aumento das chuvas na região, imagens de satélites mostraram que parte da vegetação perdeu sua capacidade de se recuperar (algumas plantas morreram, por terem atingido seu ponto irreversível de retorno ao estado normal, outras tiveram seu crescimento reduzido ou não conseguiram voltar ao estágio original). Esse processo se deve à “memória” da seca ou ao legado de danos fisiológicos, deixados por secas extremas do passado. Uma seca severa tem papel crítico na capacidade de recuperação da vegetação, depois que plantas e ecossistemas são submetidos a sucessivos processos fisiológicos de estresse hídrico. Isso ocorre em razão da “memória” da seca anterior, que fica “gravada” na vegetação. Ou seja: um legado de danos fisiológicos, acumulado nas plantas, em função de secas do passado, dificulta sua resiliência a futuros eventos de seca. Desse modo, a vegetação se torna mais sensível aos próximos eventos climáticos extremos. Uma pesquisa recente identificou situações nas quais a redução no crescimento das árvores foi maior em uma seca subsequente, de intensidade severa, mesmo que a seca anterior tenha sido moderada. Essa maior vulnerabilidade da vegetação pode ser associada à “memória” de antigas secas extremas, que acionou “gatilhos” de danos fisiológicos deixados pelas secas do passado. Em situação de mudança climática, como as secas se tornarão mais frequentes, essa “memória” da seca irá impactar fortemente na recuperação dos ecossistemas, inclusive de florestas cruciais ao sequestro do carbono, como a Amazônia. A dimensão dos impactos das secas repetidas ainda está sendo projetada e será fundamental para políticas de adaptação ao processo. O conteúdo deste post foi aprofundado no Livro "Um século de secas", uma obra completa sobre secas, desertificação e mudanças climáticas no Semiárido brasileiro. Baseada na aplicação de indicadores e séries temporais de dados de satélites, a obra abrange um período de mais de 100 anos de história das secas na região. [ATUALIZAÇÃO] Condição da seca nas regiões brasileiras, a partir de mapas SIG da umidade do solo As duas imagens de satélite reforçam o papel do monitoramento da umidade do solo, a partir de mapas, como uma ferramenta extraordinária para análise da seca, nas regiões brasileiras. Essa ferramenta sobre a quantidade de água contida na superfície do solo, a uma profundidade de até 5 centímetros (cm). São informações cruciais para o planejamento de alguns setores, como a produção agrícola. Neste post, são comparados dois mapas semanais: o primeiro é referente ao período de 04 a 10 de julho deste ano, enquanto o segundo mapa abrange a semana de 11 a 17 de julho. A análise dessas imagens permite concluir que houve o aumento da seca, em algumas regiões brasileiras, na passagem de uma semana para a outra. Durante o período, a seca se expandiu e ficou mais intensa na Amazônia e na porção norte do Nordeste, principalmente do Rio Grande do Norte a Pernambuco. Por outro lado, o Rio Grande do Sul e Santa Catarina receberam mais chuvas, ficando com solos mais úmidos. No norte do Paraná, também houve diminuição da seca. O mapa foi elaborado no software QGIS, com uso de dados do satélite SMOS, usando o método de geoprocessamento “Mapa da Mina”. Para conhecer o método do Laboratório Lapis, baixe o e-book gratuito “Como dominar o QGIS: o guia definitivo para mapeamento”. Você está recebendo esse e-mail porque se inscreveu em algum conteúdo que eu disponibilizei. Caso você não tenha se inscrito nesta lista, clique aqui para remover seu email dessa lista.
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