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DE BRASÍLIA
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) disse nesta quinta-feira (7) que os documentos recentemente divulgados sobre a morte do ex-deputado Rubens Paiva são "reveladores" e afirmou que o episódio comprova a importância da Comissão da Verdade.
Nesta semana, o coordenador do grupo, Cláudio Fonteles, divulgou texto de sua autoria em que analisa documentos sobre o caso Paiva encontrados durante suas pesquisas no Arquivo Nacional, em Brasília. Os papéis mostram que um informe confidencial, revelado pela Folha na segunda-feira, desmonta a versão da fuga de Paiva e indica que ele morreu no prédio do DOI-Codi do Rio. Paiva sumiu em 1971 após ser preso por agentes da ditadura militar (1964-1985).
"Quando foi lançada a Comissão da Verdade, (....) havia até quem dizia que era uma comissão que não acrescentaria nada do ponto de vista de fatos que já estavam sepultados, sacramentados. Esse fato mostra que a comissão foi bem-vinda", disse Cardoso.
"Os brasileiros não podem conviver com uma sombra na sua história. A luz do sol é muito importante para esclarecer fatos passados. Até para que esses fatos nunca mais se repitam", completou o ministro. O coordenador da Comissão Nacional da Verdade já afirmou ter elementos para chegar à equipe que torturou e matou Rubens Paiva.
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