sábado, 16 de fevereiro de 2013



Marina prega a “Sustentabilidade da Ética” e usará internet para oficializar partido

Marina discursa no lançamento. Ao fundo, fundadores da Rede
Assim que oficializado até Outubro, como preveem, o partido lançado hoje por Marina Silva – embora o classifique Rede Pró-Sustentabilidade – será a 31ª legenda, caso não surjam antes os dois que estão a caminho, o Solidariedade e o Partido Republicano da Ordem Social (PROS).
“Não podemos nos travestir do que não somos”, explicou a pré-candidata ao Palácio do Planalto, sobre a escolha “Rede” em lugar de “Partido”, em evento que reuniu mais de mil pessoas hoje num centro de eventos de Brasília.
A palavra Rede não é só conceitual. Vai investir pesado nas redes sociais para angariar aliados e militantes, além de coleta de assinaturas para a criação do partido.  Eis alguns itens destacados por ela e outros presentes:
  • Prega a “Sustentabilidade da Ética”. “Sustentabilidade é uma expressão ampla”, diz.
  • “Não há recrutamento de parlamentares”, diz Marina Silva. “As pessoas virão por coerência programática”.
  • Não aceitará doações das indústrias bélica, de cigarros, de bebidas e de fertilizantes; E haverá um teto financeiro estabelecido para cada cargo mandatário pretendido.
  • Tudo na Rede é feito de modo que não haja uma figura central. Marina se mistura e evita ser o foco. (Até na coletiva hoje, para desespero da imprensa, sentou-se na segunda fileira num emaranhado de fundadores.
  • “Estamos num processo de desconcentração”, alerta Marina, sobre o padrão Rede escolhido pela agremiação.
  • “Estamos à frente. Nem esquerda nem direita”. E sobre Dilma Rousseff, enrolou: “Não sou oposição nem situação, mas teremos sempre uma posição”.
  • Enfatiza ela: “Vamos fazer alianças programáticas”.

  • Fitas foram distribuídas para os militantes, que deram as mãos. Um globo inflável foi jogado de mão em mão
Concomitantemente ao movimento “solo” de Marina, com dificuldade de convencer deputados e senadores a se filiarem na Rede, o Partido Verde ao qual ela pertenceu – e pelo qual teve 20 milhões de votos na disputa presidencial de 2010 – começou a ofensiva na TV. Os verdes usam em peso as inserções na televisão para segurar eventual debandada de insatisfeitos.
O movimento suprapartidário presente destacou-se mais pela admiração a Marina que pelo convencimento de que a Rede pode se concretizar um grande partido. Pelo salão circularam Heloísa Helena, fundadora do PSOL – que não garantiu deixar a sua legenda, embora escanteada e sem poder interno – Walter Feldman (PSDB-SP) e Domingos Dutra (PT-MA), entre outros. Do escrete político, somente estes dois estão dispostos, por razões diversas, a deixar seus partidos para segui-la.
Marina fez um discurso breve, de 10 minutos, em que lembrou sua trajetória política, a fundação do PT – evitou citar o PV – e amizade e admiração a Chico Mendes. Assista ao vídeo de parte do discurso:
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