terça-feira, 28 de julho de 2015

Beto Richa critica adesão do PSDB às manifestações por impeachment de Dilma

De São Paulo
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  • Douglas Pereira/UOL
    Beto Richa, governador do Paraná
    Beto Richa, governador do Paraná
O governador do Paraná, Beto Richa, classificou nesta terça (28) como "desnecessária" a adesão do PSDB à chamada "pauta das ruas" anunciada nessa segunda (27) pelo presidente do partido, senador Aécio Neves (MG). Na opinião do governador, nem os próprios manifestantes aceitam a presença de partidos e políticos.
"Com todo respeito, nem sempre há unanimidade nos entendimentos, acho que é desnecessário. Tivemos grandes manifestações no Brasil inteiro com chamamentos espontâneos", disse o governador, que ressaltou mais de uma vez respeitar a posição de Aécio, apesar de discordar.
"Acho que é desnecessário até para não ser explorado de forma indevida - uma atuação, coordenação e convocação - por partidos adversários. Pode parecer um revanchismo, (se) explorado maldosamente", completou o tucano, que é alvo de manifestações populares no Paraná. Richa disse ainda que um impeachment é uma "medida extrema" que nunca é desejável.
Sobre a participação dos governadores do PSDB na reunião com a presidente Dilma Rousseff, o tucano falou em assumir responsabilidade para ajudar o país a atravessar a crise. Para Richa, a queda de arrecadação é um problema para governadores de situação e oposição. "Governos de oposição, de situação, todos acabamos sendo atingidos com esta grave crise, sobretudo nas arrecadações. Não ir pode parecer um boicote e um desprezo à realidade que o Brasil enfrenta", argumentou.
O tucano reclamou, porém, da "extravagante concentração de recursos em Brasília" que deixa os governadores "de joelhos, com o pires na mão". "Parece que querem cada vez mais as administrações fragilizadas e dependentes da administração central", afirmou.
Na reunião da próxima quinta-feira (30) Dilma deve anunciar que não vetará a proposta aprovada pelo Congresso que permite a Estados e municípios usarem os recursos de depósitos judiciais e administrativos. Com os recursos, os Estados poderão pagar precatórios, dívida pública, investimentos e despesas previdenciárias.
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