segunda-feira, 15 de abril de 2013


Maduro é proclamado presidente eleito da Venezuela
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Do UOL, em São Paulo
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Nicolás Maduro derrota Capriles e se torna presidente da Venezuela36 fotos

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15.abr.2014 - O candidato governista Nicolás Maduro acena para seus simpatizantes logo após o anúncio oficial que confirmou sua eleição para a presidência da Venezuela Leia mais Miguel Gutierrez/EFE
Nicolás Maduro, herdeiro político de Hugo Chávez, foi proclamado presidente eleito da Venezuela nesta segunda-feira (15) pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral), apesar de o líder da oposição, Henrique Capriles, não reconhecer o resultado e ter exigido uma recontagem "voto a voto".
Maduro teve 50,75% dos votos, contra 48,98% do adversário Capriles. A oposição, no entanto, afirma que uma contagem própria aponta Capriles vencedor com uma vantagem de 300 mil a 400 mil votos --em um universo de 19 milhões de eleitores.

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Nesta segunda-feira (15), Capriles pediu ao CNE que não proclamasse Maduro presidente eleito da Venezuela, mas o órgão anunciou que realizaria a cerimônia na tarde de hoje.
"Enviamos um comunicado solicitando responsavelmente, no exercício de nosso direito, que não exista um ato de proclamação", disse Capriles na ocasião.
Capriles convocou marchas pelo país caso Maduro fosse proclamado presidente. "Que se escutem panelas e caçarolas em toda a Venezuela, no mundo. Para que escutem nossa indignação, nossa raiva", afirmou.
O governo dos Estados Unidos também pediu a recontagem dos votos devido ao resultado "extremamente acirrado" com a vitória de Nicolás Maduro por uma estreita margem.
"Em nossa opinião, apressar uma decisão nestas circunstâncias não seria coerente com as expectativas dos venezuelanos de ter um resultado claro e democrático", acrescentou.
Carney disse também que apesar das diferenças, a Casa Branca busca dialogar com a Venezuela sobre assuntos como o combate conjunto ao narcotráfico e ao terrorismo.
As relações entre Venezuela e EUA atravessam atualmente um de seus piores momentos desde que em 2010, em meio a uma troca de acusações, o embaixador dos EUA foi retirado da Venezuela e vice-versa.
Já a presidente Dilma Rousseff telefonou para Maduro para felicitar o chavista pela vitória e dizer que está "pronta" para trabalhar com o venezuelano. Para Dilma, a disputa acirrada é uma demonstração da "vitalidade" da democracia na Venezuela.

Pior resultado do chavismo

A vitória apertada de Maduro foi o pior resultado da história do chavismo. Desde a ascensão de Hugo Chávez ao poder em 1998, a diferença de 1,77 ponto percentual de Maduro (50,75%) em relação a Capriles (48,98%) foi a menor registrada.
A diferença nas urnas de pouco mais de 236 mil votos é explicada por dois fatores: a organização da oposição na Venezuela e a deterioração do modelo político de Chávez, avalia Argemiro Procópio, professor titular de relações internacionais da UnB (Universidade de Brasília).
"Chávez era um brilhante orador, mas o venezuelano é confrontado com uma situação de violência e problemas econômicos e isso começa a refletir nas urnas", diz.

Desafios

O maior desafio de Maduro será o de unir o país vizinho em torno de um projeto nacional, disseram congressistas brasileiros ouvidos pelo UOL.
"Essa divisão do país nos votos impõe ao presidente Maduro uma enorme capacidade e habilidade para unir o país em torno de um projeto nacional. Esse é o grande desafio do presidente do presidente Maduro", resumiu o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado.
(Com agências internacionais)
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Eleições presidenciais na Venezuela215 fotos

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13.abr.2013 - Henrique Capriles, líder da oposição e candidato à presidência da Venezuela, participa de coletiva de imprensa realizada na cidade de Caracas. Segundo pesquisas de opinião para o pleito que será realizado neste domingo (14), Nicolas Maduro, candidato da situação, leva pequena vantagem sobre Capriles Leia mais Tomas Bravo/Reuters

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