Mais de 100 índios buscam refúgio em quartel do Exército após serem alvo de protestos no AM
Leandro
Prazeres
Do UOL, em Manaus
Do UOL, em Manaus
Um grupo de aproximadamente 130 indígenas está sob a proteção do Exército
Brasileiro no município amazonense de Humaitá (a 675 km de Manaus).
O grupo buscou refúgio no quartel do 54. Batalhão de Infantaria de Selva
(BIS) após mais
de três mil pessoas terem realizado protestos contra os indígenas e queimado a
sede da Funai no município na noite da última quarta-feira
(25).
Os protestos em Humaitá começaram na tarde da última terça-feira (24), quando
familiares
dos desaparecidos interditaram o acesso a uma balsa que atravessa o rio Madeira,
na orla de Humaitá. A situação se agravou na noite da última
quarta-feira (25), quando um grupo de não-indígenas incendiou a sede da Funai,
além de barcos e carros que prestam assistência aos índios.
O quebra-quebra teria sido uma resposta ao desaparecimento de três pessoas ocorrido dentro da Terra Indígena Tenharim, que abrange os municípios de Humaitá, Apuí e Manicoré e que é cortada pela rodovia BR 230, a Transamazônica.
De acordo com a Funai, os indígenas refugiados no quartel do Exército são de várias etnias e estavam na área urbana da cidade quando os protestos começaram. O órgão afirmou que deverá se enviar uma missão ao local para avaliar os estragos causados pelos protestos.
Ainda segundo a Funai, os indígenas estão recebendo assistência médica e
alimentação fornecidas pelo Exército.
De acordo com o prefeito de Humaitá, José Cidenei Lobo do Nascimento, o grupo de indígenas ficou com medo da violência causada pelos manifestantes.
"Eles ficaram com medo e fugiram pra lá. Agora, a situação está mais calma, mas eles ainda devem estar com medo", disse o prefeito.
A assessoria de comunicação do Comando Militar da Amazônia (CMA) confirmou a proteção oferecida aos indígenas, mas não comentou o assunto.
A TI é cortada pela rodovia Transamazônica, construída na década de 70. Há alguns anos, os índios instalaram um pedágio clandestino na estrada. Para os motoristas trafegarem pela rodovia, eles precisam pagar aos indígenas.
No início de dezembro, um cacique da tribo Tenharim foi encontrado morto. Os índios afirmam que ele teria sido atropelado por não-indígenas.
Em 16 de dezembro, três pessoas que estariam viajando pela rodovia dentro da área da Terra Indígena desapareceram. A Polícia Federal chegou a fazer buscas na área, mas ninguém foi encontrado. Familiares dos desaparecidos suspeitam que eles tenham sido mortos pelos indígenas por vingança pela morte do cacique.
Os prefeitos dos municípios abrangidos pela TI Tenharim (Humaitá, Apuí e Manicoré) estão em Porto Velho (capital de Rondônia) para uma reunião na superintendência da Polícia Federal.Eles querem uma intervenção da PF na região.
"Nós não podemos fazer muita coisa, porque toda essa confusão começou em uma área federal. Queremos que a PF intensifique o efetivo deles na região e possa dar uma solução para esse problema", afirmou José Cidenei Lobo do Nascimento.
A Superintendência da PF em Porto Velho foi procurada pela reportagem do UOL e informou que uma nota oficial sobre o caso será enviada nas próximas horas. A Funai também anunciou que deverá enviar uma nota oficial sobre o assunto.
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26.dez.2013 - Familiares e amigos de desaparecidos em
uma reserva indígena realizaram pelo segundo dia consecutivo manifestações pelas
ruas do município amazonense de Humaitá (a 600 quilômetros de Manaus). O grupo
ateou fogo na sede da Funai (Fundação Nacional do Índio), destruiu carros e
casas. Os três desaparecidos foram vistos pela última vez no dia 16 de dezembro
próximo a Terra Indígena Tenharim, no quilômetro 85 da BR-320 (a Transamazônica)
Divulgação
Entenda o caso
O clima na área é de tensão, e prefeitos de três municípios estão em Porto Velho para uma reunião com a superintendência da Polícia Federal. Não há informações sobre mortos ou feridos durante o tumulto.
O quebra-quebra teria sido uma resposta ao desaparecimento de três pessoas ocorrido dentro da Terra Indígena Tenharim, que abrange os municípios de Humaitá, Apuí e Manicoré e que é cortada pela rodovia BR 230, a Transamazônica.
De acordo com a Funai, os indígenas refugiados no quartel do Exército são de várias etnias e estavam na área urbana da cidade quando os protestos começaram. O órgão afirmou que deverá se enviar uma missão ao local para avaliar os estragos causados pelos protestos.
Terra Indígena Tenharim engloba três cidades do interior do AM
De acordo com o prefeito de Humaitá, José Cidenei Lobo do Nascimento, o grupo de indígenas ficou com medo da violência causada pelos manifestantes.
"Eles ficaram com medo e fugiram pra lá. Agora, a situação está mais calma, mas eles ainda devem estar com medo", disse o prefeito.
A assessoria de comunicação do Comando Militar da Amazônia (CMA) confirmou a proteção oferecida aos indígenas, mas não comentou o assunto.
Tensão
A tensão na área do entorno da Terra Indígena Tenharim é antiga.A TI é cortada pela rodovia Transamazônica, construída na década de 70. Há alguns anos, os índios instalaram um pedágio clandestino na estrada. Para os motoristas trafegarem pela rodovia, eles precisam pagar aos indígenas.
No início de dezembro, um cacique da tribo Tenharim foi encontrado morto. Os índios afirmam que ele teria sido atropelado por não-indígenas.
Em 16 de dezembro, três pessoas que estariam viajando pela rodovia dentro da área da Terra Indígena desapareceram. A Polícia Federal chegou a fazer buscas na área, mas ninguém foi encontrado. Familiares dos desaparecidos suspeitam que eles tenham sido mortos pelos indígenas por vingança pela morte do cacique.
Os prefeitos dos municípios abrangidos pela TI Tenharim (Humaitá, Apuí e Manicoré) estão em Porto Velho (capital de Rondônia) para uma reunião na superintendência da Polícia Federal.Eles querem uma intervenção da PF na região.
"Nós não podemos fazer muita coisa, porque toda essa confusão começou em uma área federal. Queremos que a PF intensifique o efetivo deles na região e possa dar uma solução para esse problema", afirmou José Cidenei Lobo do Nascimento.
A Superintendência da PF em Porto Velho foi procurada pela reportagem do UOL e informou que uma nota oficial sobre o caso será enviada nas próximas horas. A Funai também anunciou que deverá enviar uma nota oficial sobre o assunto.
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Membros da tribo Mascho-Piro tentaram atravessar o rio
Las Piedras, na região de Tambopata, no Peru, para pedir comida e cordas em
junho passado - o vídeo só foi divulgado em agosto. Como vivem isolados, eles
foram desencorajados a chegar do outro lado da margem por guardas que monitoram
a região da Amazônia peruana próxima à Bolívia. Caso contrário, os índios
poderiam ser contaminados por doenças
Fenamad/Aidesep/Efe
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4.out.2013 - Batman, figura emblemáticas dos protestos
do Rio de Janeiro, posa para foto com cocar ao lado de índio durante protesto
contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 215, em frente à sede da
Petrobras no centro do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (4). A proposta pede
que a demarcação e terras indígenas no Brasil não seja mais exclusividade do
Executivo e passe para o Legislativo Reynaldo Vasconcelos/Futura
Press
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