terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Justiça de São Paulo retifica atestado de óbito de estudante morto durante ditadura militar
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Elaine Patricia Cruz
Da Agência Brasil, em São Paulo
A Justiça de São Paulo determinou a retificação da causa da morte do estudante Alexandre Vannuchi Leme, morto durante a ditadura militar (1964-1985). O pedido da retificação da morte do estudante foi feito pela Comissão Nacional da Verdade e encaminhado à Justiça paulista, após solicitação de irmãos da vítima que queriam a alteração do atestado de óbito.
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14.nov.2013 - Presidente Dilma, ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, José Sarney e Fernando Collor e outras autoridades receberam na manhã desta quinta-feira (14) os restos mortais do também ex-presidente João Goulart, o Jango, com honras militares Leia mais Roberto Stuckert Filho/PR
Em sua decisão, a juíza Renata Mota Maciel Madeira Dezem, da 2ª Vara de Registros Públicos da Capital, acolheu a manifestação da comissão e ordenou a retificação do atestado de óbito do estudante.
Com isso, o novo documento irá retirar a causa da morte como provocada por "lesão traumática crânio-encefálica" causada por atropelamento e passará a atestar que Vannucchi foi morto por lesões decorrentes de torturas e maus-tratos sofridos quando estava nas dependências do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna), em São Paulo.
Além de estudar na USP (Universidade de São Paulo), Vannucchi militava na Ação Libertadora Nacional. Ele foi morto em 17 de março de 1973, aos 22 anos, após ser preso na Cidade Universitária. O estudante foi torturado e assassinado nas dependências do DOI-Codi e teve o corpo enterrado na Vala de Perus, em um buraco forrado de cal para acelerar a decomposição.
Em março deste ano, durante cerimônia na capital paulista, a Caravana da Anistia concedeu a Vannucchi uma anistia post mortem, reconhecendo-o como anistiado político.
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Intelecto de Dilma e dinheiro de Pelé foram alvo da ditadura14 fotos

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Documentos do Deops (Departamento Estadual de Ordem Política e Social) de São Paulo, órgão subordinado ao Dops (Departamento de Ordem Política Social), principal órgão de inteligência e repressão durante a ditadura militar, divulgados em 1º de abril, mostram que regimes autoritários ficharam figuras públicas como o ex-jogador Pelé, o cantor Roberto Carlos, os apresentadores Silvio Santos e Hebe Camargo e o escritor Monteiro Lobato. As fichas e prontuários podem ser consultadas no site "Memória Política e Resistência", vinculado ao Arquivo do Estado. Configura algumas personalidade fichadas pela ditadura Leia mais Arte/UOL

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