segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

DEPENDÊNCIA BRASILEIRA POR INSUMOS AGRÍCOLAS IMPORTADOS AUMENTA

5. Dependência brasileira por insumos agrícolas importados aumenta 
Potência ascendente do agronegócio, com participações crescentes nas exportações de alguns dos principais produtos do setor comercializados no mundo, o Brasil depende cada vez mais de insumos importados para fomentar sua produção agropecuária e atender às demandas externa e doméstica por commodities, alimentos processados e biocombustíveis. 
Estudo elaborado pelo Departamento do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Deagro/Fiesp) a partir de dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) aponta que, em 2012, as importações de insumos por parte dos segmentos de fertilizantes, defensivos, máquinas e implementos, nutrição animal e saúde animal deverão somar US$ 18,593 bilhões. (...) 
Para o segmento de defensivos (agrotóxicos) a previsão da Fiesp para as importações de insumos em 2012 sinaliza um crescimento de 10% em relação ao ano passado, para US$ 4,525 bilhões, ou 24,3% do total. É um valor quase três vezes superior ao registrado em 2007, e de lá para cá o crescimento se deu em praticamente todas as classes de produtos. 
Ainda que exista uma produção importante do princípio ativo glifosato, base dos defensivos mais vendidos no país, mesmo nesse caso a demanda é complementada por importações. Para o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag), o "Custo Brasil" limita a expansão da produção local, o que deixa o caminho aberto para os importados em um dos mercados mais cobiçados do mundo. 
Em larga medida, a disseminação das compras de produtos genéricos na Ásia, sobretudo na China - que acirrou a concorrência com os produtos patenteados das grandes empresas do ramo, a maior parte multinacionais - também colabora para dificultar mudanças significativas nesse tabuleiro. 
Ivan Amancio Sampaio, gerente de informação do Sindag, informa que, em 2011, as vendas de genéricos no Brasil somaram US$ 3,7 bilhões, ou 43% do total. As vendas de "especialidades", os produtos patenteados, alcançaram US$ 4,8 bilhões. Essa divisão percentual segue praticamente inalterada. (....) 

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