terça-feira, 25 de dezembro de 2012

COMO ROMANCISTA, CHICO BUARQUE É MESTRE EM GERAR DESCONFORTO, DIZ "THE NEW YORK TIMES"


DE SÃO PAULO

Lançado no início deste mês nos Estados Unidos, o romance "Leite Derramado" (2009), de Chico Buarque, foi recebido com elogios pelo jornal "The New York Times".
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Em resenha publicada nesta segunda-feira (24), Chico é apontado como dono de um estilo muito diferente de escrever músicas e livros, mas com "reputação bem merecida" para as duas atividades. O texto é assinado pelo ex-correspondente do jornal no Brasil Larry Rohter, autor do livro de memórias "Deu no New York Times" (2008).
"Como compositor, ele tende para composições cadenciadas que se baseiam em bossa nova e samba, enquanto romancista, ele é um mestre em gerar desconforto", avalia Rohter.
Zanone Fraissat - 01.mar.12/Folhapress
Chico Buarque durante show em São Paulo em março deste ano
Chico Buarque durante show em São Paulo em março deste ano

Sobre a temática do livro, que conta a história de um idoso de comportamento racista no leito de morte, a crítica interpreta como um confronto de temas que fazem o Brasil "se contorcer", por debater a "mancha da escravidão" e o "complexo de inferioridade que o país historicamente sentiu quando se compara à Europa".
O texto cita ainda que "Leite Derramado" recebeu "endosso" do escritor português José Saramago e de escritores americanos da nova geração como Jonathan Franzen e Nicole Krauss, que ficaram impressionados com a destreza verbal do brasileiro.
Segundo informação do jornal "O Estado de S. Paulo", de outubro deste ano, Chico Buarque estaria preparando atualmente um novo romance, o quinto de seu currículo como escritor.

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