domingo, 2 de dezembro de 2012

EnconASA homenageia música do semiárido mineiro

Por Carol Barros - comunicadora popular

A tradição cultural de um povo pode ser reconhecida através da música. Durante o VIII Encontro Nacional da Articulação do Semiárido (EnconASA) ela vem representar  a diversidade de sons e ritmos que compõem a região. Na terceira noite do encontro, um tributo a cultura mineira reavivou a voz da música popular de raiz.

O coral Água Branca de Itinga embalou e encantou os participantes com a musicalidade do Vale do Jequitinhonha, unindo ao mesmo tempo em seu repertório, músicas do cancioneiro popular local e MPB. Composto exclusivamente por vozes femininas e rapazes instrumentistas, o grupo é o resultado de um projeto nascido em uma oficina de Arte e Cultura, promovida pelo Centro Cultural Escrava Feliciana de Itinga, em Minas Gerais e vem cumprindo a missão de despertar na juventude o valor da cultura através da música.

“Para nós a participação no EnconASA representa a oportunidade de integração com outras regiões e isto é experiência motivadora para os jovens” explica José Claudionor, diretor do Centro Cultural.

A segunda atração da noite de Saberes, Sabores e Culturas também fez pulsar os sons do semiárido com a apresentação do músico Rubinho do Vale. Misturando cantigas de roda, baião, bumba meu boi, reisado e forró, fez homenagem ao povo do semiárido, interligando diversas culturas musicais e agradando a todos os públicos do evento. Rubinho é considerado militante das dos povos rurais e do meio ambiente.

O desfecho da noitada cultural ficou por conta do cantor e compositor, Carlos André, ou Choquito, como é mais conhecido esse artista da terra de Januária que faz parte do grupo de representantes da autêntica música mineira. Canta em sua obra a cultura dos barranqueiros, assim chamados os ribeirinhos do Velho Chico e celebra o rio junto a luta e expressão deste povo. São canoeiros, pescadores, artesãos e agricultores que inspiram o trabalho musical.

“Vejo com satisfação a oportunidade de estar no EnconASA, divulgar a música de nossa terra e de nosso povo, que hoje não encontra espaço nos grandes meios de comunicação” destaca.

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