domingo, 23 de março de 2014

Quem foi às ruas para pedir retorno de militares ou gritar contra ditadura?
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Vanessa Corrêa da Silva, Carolina Mazzi e Bruno Pedersoli
Do UOL, em São Paulo e no Rio

Repúdio à ditadura domina marcha antimilitar; 'família perdida' rouba cena

Cinquenta anos após a Marcha da Família com Deus pela Liberdade original --uma passeata que reuniu cerca de 500 mil pessoas na região central de São Paulo contra o então presidente João Goulart e é considerada um dos estopins para o golpe que implantou a ditadura militar no Brasil--, a reedição do protesto realizada no sábado (22) foi pródiga em mobilização virtual, mas quase inexistente em presença real.
Nas duas maiores cidades do país --São Paulo e Rio--, as manifestações que pediam uma nova intervenção militar e o retorno da ditadura comandada pelas Forças Armadas reuniram cerca de 650 pessoas: foram 500 no centro da capital paulista e outras 150 na região central da capital fluminense.
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Veja personagens que participam das marchas contra e a favor dos militares em SP11 fotos

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As advogadas Maria Sonia Carvalho Gomiero (à esq.), 60, e Elaine Deamar Hernandez, 54, se conheceram pela internet em um grupo de divulgação da Marcha da Família com Deus pela Liberdade e se encontraram na manifestação em São Paulo, à qual também compareceu o filho de Hernandez, Paulo Victor Tolentino de Oliveira, 24. "Estamos aqui porque temos interesse em uma intervenção para acabar com a raça desse governo", disse Gomiero Reinaldo Canato/UOL
As marchas de tom conservador, que surgiram em redes sociais, não conseguiram levar às ruas sequer uma fração considerável das dezenas de milhares de pessoas que pareciam mobilizadas pela internet --o evento postado no Facebook para divulgar a marcha em São Paulo tinha 30,9 mil convidados; para o evento no Rio, eram 9,2 mil.

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