Quem foi às ruas para pedir retorno de militares ou gritar contra ditadura?
Vanessa Corrêa
da Silva, Carolina Mazzi e Bruno Pedersoli
Do UOL, em São Paulo e no Rio
Do UOL, em São Paulo e no Rio
Cinquenta anos após a Marcha da Família com Deus pela Liberdade
original --uma passeata que reuniu cerca de 500 mil pessoas na região central de
São Paulo contra o então presidente João Goulart e é considerada um dos estopins
para o golpe que implantou a ditadura militar no Brasil--, a
reedição do protesto realizada no sábado (22) foi pródiga em mobilização
virtual, mas quase inexistente em presença real.
Nas duas maiores cidades do país --São Paulo e Rio--, as
manifestações que pediam uma nova intervenção militar e o retorno da ditadura
comandada pelas Forças Armadas reuniram cerca de 650 pessoas: foram 500 no
centro da capital paulista e outras 150 na região central da capital
fluminense.
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As advogadas Maria Sonia Carvalho Gomiero (à esq.), 60,
e Elaine Deamar Hernandez, 54, se conheceram pela internet em um grupo de
divulgação da Marcha da Família com Deus pela Liberdade e se encontraram na
manifestação em São Paulo, à qual também compareceu o filho de Hernandez, Paulo
Victor Tolentino de Oliveira, 24. "Estamos aqui porque temos interesse em uma
intervenção para acabar com a raça desse governo", disse Gomiero Reinaldo
Canato/UOL
As marchas de tom conservador, que surgiram em redes sociais,
não conseguiram levar às ruas sequer uma fração considerável das dezenas de
milhares de pessoas que pareciam mobilizadas pela internet --o evento postado no
Facebook para divulgar a marcha em São Paulo tinha 30,9 mil convidados; para o
evento no Rio, eram 9,2 mil.
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