PF prende doleiro envolvido em esquema que lavou R$ 10 bilhões
Leandro Prazeres
e Osny Tavares
Do UOL, em São Paulo e Curitiba
Do UOL, em São Paulo e Curitiba
Personagem-chave é preso
- Alberto Youssef, preso no Maranhão, foi personagem-chave em outras investigações feitas pela Polícia Federal sobre lavagem de dinheiro, que resultaram em operações como a Anaconda e a Farol da Colina e na CPI do Banestado. Leia mais sobre ele:
Entre os presos está o doleiro Alberto Youssef, de Londrina, norte do Paraná, que foi detido em um hotel no Maranhão.
De acordo com a PF, o prédio do hotel Blue Tree, em Londrina, que pertence ao doleiro, foi sequestrado pela Justiça, embora as operações do estabelecimento continuem normalmente.
Buscas também foram feitas em duas residências dele, em Londrina e em São Paulo. Na capital paulista está localizada a sede de uma empresa de Youssef, também alvo da operação.
Em 2004, o doleiro foi denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal) por crimes contra o sistema financeiro nacional e condenado a sete anos em regime semiaberto e ao pagamento de uma multa equivalente a 9.568 salários mínimos. Então proprietário da empresa Youssef Câmbio e Turismo, ele havia sido indiciado por crimes contra a ordem tributária e contra o sistema financeiro (evasão de divisas, manutenção de contas ilegais no exterior e falsa identidade para a realização de operações de câmbio), formação de quadrilha e falsidade ideológica.
O esquema
Segundo a PF, que batizou a operação de "Lava-Jato" porque um dos envolvidos usava uma lavanderia e um posto de combustível como fachada, o esquema realizou movimentações atípicas que somam R$ 10 bilhões, lavando dinheiro para pessoas físicas e jurídicas ligadas a crimes como tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração, contrabando de pedras preciosas e desvios de recursos públicos, entre outros.De acordo com a PF, eram três etapas. Na primeira, as organizações criminosas de diversos segmentos, como tráfico de drogas, contrabando de pedras preciosas, corrupção e desvio de recursos públicos, procuravam doleiros para 'lavar o dinheiro'.
Na segunda, os doleiros, localizados em Estados como São Paulo, Paraná e no Distrito Federal, utilizavam empresas de fachada na China e Hong Kong para simular operações de importação e exportação e enviar o dinheiro para fora do país, o que dava uma aparência de legalidade às transações.
A terceira e última etapa começava depois que o dinheiro chegava à China. Os recursos eram reenviados aos criminosos por meio de transferências para contas no exterior ou mesmo no Brasil.
A PF informou que no caso das quadrilhas envolvidas com o tráfico internacional de drogas, as remessas ilegais eram utilizadas para comprar drogas fora do país.
Os mandados de prisão foram emitidos pela Justiça Federal do Paraná. A operação envolve 400 policiais nas cidades de Curitiba, São José dos Pinhais, Londrina e Foz do Iguaçu, no Paraná; São Paulo, Mairiporã, Votuporanga, Vinhedo, Assis e Indaiatuba, no Estado de São Paulo; em Brasília e em cidades-satélites no Distrito Federal; Porto Alegre (RS); Balneário Camboriú (SC); Rio de Janeiro (RJ); e Cuiabá (MT).
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9.abr.2013 - A Polícia Federal interceptou um avião
carregado com 400 quilos de cocaína que pousou em uma pista clandestina no
canavial de uma fazenda na cidade de Serrana (SP), nesta terça-feira (9). Um
carro com três homens esperava o avião e houve troca de tiros com a polícia. O
piloto e um passageiro do avião conseguiram fugir. Os três homens que estavam no
carro foram presos. Segundo a Polícia Federal, o avião veio do Paraguai
Alfredo Risk/Futura
Press
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