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Banco
Central reduz ritmo de aumento da SELIC e aponta para fim de aperto monetário: O
Banco Central decidiu ontem, por unanimidade, por aumento de 0,25 ponto
percentual na taxa de juros básica da economia, a taxa Selic. Com esta elevação,
a taxa alcança o patamar de 10,75% ao ano. O aumento de 0,25 p.p, no entanto,
representa uma redução no ritmo recente de avanço dos juros (que vinham subindo
0,50 ponto percentual a cada reunião),prenunciando o fim do ciclo de aperto
monetário promovido pelo Banco Central. A ata da reunião de ontem deverá ser
divulgada na próxima semana, quando saberemos as razões pelas quais os
dirigentes do BACEN se convenceram de que era momento de abrandar, e quem sabe
encerrar, o ciclo de aperto monetário.
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Comentário:
A alta das taxas de juros no período recente atendeu a dois propósitos
distintos, mas complementares: em primeiro lugar, reduzir pressões
inflacionárias por meio do encarecimento do crédito; em segundo lugar, foi uma
resposta do Banco Central ao aumento das taxas de juros na economia
norte-americana, derivado da retirada parcial dos estímulos monetários naquele
país, o que causou uma saída de capitais das economias emergentes. Para além da
explicação por estes fatores “técnicos”, o aumento dos juros pode ser
parcialmente explicado também pela pressão enorme do mercado financeiro e de
parte da mídia sobre o governo e o Banco Central, para restabelecimento dos
parâmetros de ganhos financeiros, que foram reduzidos ao longo do governo Dilma.
Agora, com o fim do ciclo de aperto monetário, o Banco Central denota que a
inflação deve continuar em queda, e voltou a caminhar para o centro da meta,
além de descartar a existência de grandes riscos externos no horizonte, não
sendo mais necessário ajustar nossas taxas de juros para atrair capitais
externos. Tal percepção é corroborada pela queda de todos os índices
inflacionários neste começo de 2014, inclusive pela queda no IGP-M, que foi
divulgado nesta quinta-feira, 27 e apresentou alta de apenas 0,38% em fevereiro,
contra 0,48% registrados em janeiro.
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PIB
brasileiro cresce 0,7% no 4° trimestre de 2013 e melhora expectativas para
2014:
O IBGE divulgou na manhã de hoje que o PIB brasileiro apresentou crescimento de
0,7% no último trimestre de 2013, totalizando 2,3% de crescimento no ano de
2013, após ter crescido 1% em 2012. O resultado foi muito superior à previsão
média dos analistas de mercado, que esperavam crescimento de apenas 0,3% no
último trimestre do ano, o que faria com que o crescimento em 2013 fosse de
2,2%. Segundo o IBGE, o forte crescimento do último trimestre de 2013 está
ligado a ampliação tanto dos gastos (0,7% de aumento no gasto das famílias)
quanto dos investimentos (0,3%). Por setores, o destaque do PIB de 2013 fica por
conta do crescimento de 7% da agropecuária, seguida pelo aumento de 2% no setor
de serviços e 1,3% da indústria. Pelo lado da demanda, as famílias consumiram
2,3% mais em 2013 e o governo, 1,9%.
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Comentário:
O forte crescimento do quarto trimestre é uma ótima notícia para o Brasil,
derrubando a expectativa de alguns analistas de que o país estaria no caminho de
uma recessão. A alta de 0,7% no trimestre denota que tanto o crescimento dos
investimentos quanto o consumo das famílias continuam em alta, e servem como
motor do nosso PIB, que passará a ser cada vez mais beneficiado pela recente
desvalorização cambial, impedindo que parte desta demanda gerada internamente
seja atendida por produtos importados. As previsões para o crescimento do PIB de
2014 devem se alterar nos próximos dias, se aproximando mais da previsão oficial
do governo de crescimento de 2,5%, com manutenção da renda e do emprego, além de
queda na taxa de inflação. Para quem esperava um ano muito ruim no campo
econômico para derrotar Dilma no pleito eleitoral, as notícias dos primeiros
meses de 2014 não são nada animadoras, com inflação em baixa, emprego crescendo,
e aumento do PIB, que voltou a surpreender os mais pessimistas.
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Análise:
Guilherme Mello,
Economista
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