Mulheres sem-terra ocupam fazenda da senadora Kátia Abreu (PSD-TO)
Do UOL, em São Paulo
- Divulgação/MSTCerca de 500 mulheres do MST realizaram protesto em fazenda da senadora Kátia Abreu (PSD-TO)
Em nota, o MST alega que a fazenda Aliança foi embargada pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em duas ocasiões situações, no ano de 2011 e 2012, por desmatamento em área considerada de preservação permanente.
Segundo a dirigente do MST de Tocantins, Mariana Silva, a invasão da propriedade da senadora foi realizada pelo fato de Kátia Abreu ser "símbolo do agronegócio e dos interesses da elite agrária do Brasil, além de ser contra a reforma agrária e cometer crimes ambientais em suas fazendas". O protesto faz parte de ações do movimento com relação ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março.
O MST alega também que o Tocantins destina para o agronegócio verbas muito mais volumosas do que as destinadas para a agricultura familiar, setor que, segundo o movimento, fornece a maior parte dos alimentos para a população do Estado.
Senadora diz que trabalhadores da fazenda foram feitos reféns
Em nota, Kátia Abreu diz que repudia a ação do MST de fazenda de propriedade de sua família e que o ato é uma retaliação à sua atuação como "líder do setor produtivo rural" – a senadora é a principal líder da bancada ruralista no Congresso."Trata-se de uma propriedade produtiva, moderna, que emprega 48 trabalhadores, hoje violentamente transformados em reféns, enquanto o grupo de vândalos destruía viveiros de mudas cultivadas com alta tecnologia, destinadas ao plantio de eucaliptos, que é a atividade principal do empreendimento", diz a senadora.
Segundo Tereza Fernadez, coordenadora do MST, não houve conversa entre os funcionários da fazenda e os manifestantes e eles não foram feitos reféns. O movimento confirma que foram destruídas mudas de eucaliptos como ato simbólico de protesto.
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