The Observer
07.03.2013 10:23
Estrelas de primeira linha apoiam projeto que ressalta a necessidade de educar as meninas
Por Vanessa Thorpe
Anne Hathaway, Cate Blanchett, Meryl Streep e Freida Pinto estão entre as mulheres mais observadas do mundo. Agora, elas se uniram a um punhado de outras estrelas para contar as histórias de nove garotas desconhecidas, que lutaram para adquirir o que deveria ser um direito universal: educação.
Em um projeto lançado para coincidir com o Dia Internacional da Mulher, as quatro atrizes receberam o apoio de Selena Gomez, Priyanka Chopra, Chloë Moretz, Salma Hayek, Kerry Washington e Alicia Keys. Todas deram parte de seu tempo para fazer Girl Rising [Garota em ascensão], que estreia em Nova York nesta quinta-feira 7.
O filme, feito pelo documentarista Richard E. Robbins, começou como uma investigação de um fato universalmente reconhecido pelos trabalhadores de ajuda humanitária internacionais: educar as meninas nos países em desenvolvimento é a maneira mais rápida e duradoura de melhorar as condições não apenas para elas, mas para comunidades inteiras.
“Na verdade é bastante simples, mas isso não quer dizer que seja fácil”, disse Robbins, acrescentando que em seis anos de pesquisa ele encontrou a mesma resposta em áreas tão diferentes quanto em questões de saúde infantil, economia e consciência da Aids.
“As estrelas foram fantásticas”, ele disse. “Nenhuma viu a coisa completa, já que só terminamos na semana passada. Todas estão convidadas para a estreia, é claro, além de Liam Neeson, que também trabalhou no filme.”
Uma das histórias contadas em Girl Rising é a da cambojana Sokha, uma órfã que deixa a vida nos depósitos de lixo para se tornar uma estudante e bailarina de sucesso. Outra fala sobre Suma, que compôs uma música para lidar com a servidão no Nepal e hoje faz cruzada para libertar as outras. As demais garotas vêm da Índia, Egito, Peru, Haiti, Serra Leoa, Etiópia e Afeganistão, e cada história é contada por uma escritora renomada em seu país, incluindo a romancista sediada na Grã-Bretanha Aminatta Forna, originária de Serra Leoa, a autora haitiano-americana Edwidge Danticat e a indiana Sooni Taraporevala, que escreveu Salaam Bombay e Mississippi Masala.
Confira o trailer do filme:
Robbins diz que a equipe de Girl Rising visitou cada locação três vezes. “Foi um luxo pesquisar um filme dessa maneira. Primeiro fomos procurar as histórias certas, mas também nos educarmos. Felizmente não fizemos a seleção definitiva de garotas, porque não sei como eu a teria feito. Foram as autoras de cada país que escolheram entre candidatas.”
A campanha de ação social por trás do filme, 10×10, pretende fornecer a meninas de todos os lugares oportunidades iguais na educação, e se ligou com a Gathr, um serviço na web que permite que o público solicite projeções de um filme em um determinado cinema. “Vendemos 30 mil ingressos para um filme do qual ninguém viu mais de dois minutos ainda”, disse Robbins. “Existe um grande apetite por histórias que contam que você realmente pode fazer uma diferença.”
Holly Gordon, diretora-executiva da 10×10, disse que a campanha permitiu que eles discutissem alguns dos maiores problemas sociais e econômicos do mundo enquanto divulgavam o filme. “Em 2009 eu vi essa incrível oportunidade de transmitir uma mensagem e formar um público”, ela disse. A partir de uma página no Facebook, Gordon atraiu parcerias com ONGs de ajuda e grandes empresas que compartilhavam seus objetivos e puderam colocar uma força de marketing internacional por trás do filme.
O Facebook também foi usado para disseminar a pesquisa sobre a educação das meninas reunida durante a elaboração do filme. “Começamos nossa página em 2012 e hoje temos mais de 250 mil amigos. Nossas áreas mais populares são Egito, Índia e Paquistão”, disse Gordon, filha de pais britânicos que cresceu no Quênia e cujo pai trabalhava para o Banco Mundial. Ela espera provar que histórias importantes podem ter um amplo público e que parceiros de investimento não precisam ter o controle editorial.
“O bem empresarial e o bem social podem andar de mãos dadas”, disse Gordon. “Quando as pessoas virem o filme, espero que elas pensem que contamos cada história do ponto de vista das meninas e pela lente de uma escritora que cresceu no país sobre o qual escreveram. Existe muito pouco julgamento moral, e essas meninas não sentem pena de si mesmas, mas crescem em um mundo que é limitador para elas.”
Anne Hathaway, Cate Blanchett, Meryl Streep e Freida Pinto estão entre as mulheres mais observadas do mundo. Agora, elas se uniram a um punhado de outras estrelas para contar as histórias de nove garotas desconhecidas, que lutaram para adquirir o que deveria ser um direito universal: educação.
Em um projeto lançado para coincidir com o Dia Internacional da Mulher, as quatro atrizes receberam o apoio de Selena Gomez, Priyanka Chopra, Chloë Moretz, Salma Hayek, Kerry Washington e Alicia Keys. Todas deram parte de seu tempo para fazer Girl Rising [Garota em ascensão], que estreia em Nova York nesta quinta-feira 7.
O filme, feito pelo documentarista Richard E. Robbins, começou como uma investigação de um fato universalmente reconhecido pelos trabalhadores de ajuda humanitária internacionais: educar as meninas nos países em desenvolvimento é a maneira mais rápida e duradoura de melhorar as condições não apenas para elas, mas para comunidades inteiras.
“Na verdade é bastante simples, mas isso não quer dizer que seja fácil”, disse Robbins, acrescentando que em seis anos de pesquisa ele encontrou a mesma resposta em áreas tão diferentes quanto em questões de saúde infantil, economia e consciência da Aids.
“As estrelas foram fantásticas”, ele disse. “Nenhuma viu a coisa completa, já que só terminamos na semana passada. Todas estão convidadas para a estreia, é claro, além de Liam Neeson, que também trabalhou no filme.”
Uma das histórias contadas em Girl Rising é a da cambojana Sokha, uma órfã que deixa a vida nos depósitos de lixo para se tornar uma estudante e bailarina de sucesso. Outra fala sobre Suma, que compôs uma música para lidar com a servidão no Nepal e hoje faz cruzada para libertar as outras. As demais garotas vêm da Índia, Egito, Peru, Haiti, Serra Leoa, Etiópia e Afeganistão, e cada história é contada por uma escritora renomada em seu país, incluindo a romancista sediada na Grã-Bretanha Aminatta Forna, originária de Serra Leoa, a autora haitiano-americana Edwidge Danticat e a indiana Sooni Taraporevala, que escreveu Salaam Bombay e Mississippi Masala.
Confira o trailer do filme:
Robbins diz que a equipe de Girl Rising visitou cada locação três vezes. “Foi um luxo pesquisar um filme dessa maneira. Primeiro fomos procurar as histórias certas, mas também nos educarmos. Felizmente não fizemos a seleção definitiva de garotas, porque não sei como eu a teria feito. Foram as autoras de cada país que escolheram entre candidatas.”
A campanha de ação social por trás do filme, 10×10, pretende fornecer a meninas de todos os lugares oportunidades iguais na educação, e se ligou com a Gathr, um serviço na web que permite que o público solicite projeções de um filme em um determinado cinema. “Vendemos 30 mil ingressos para um filme do qual ninguém viu mais de dois minutos ainda”, disse Robbins. “Existe um grande apetite por histórias que contam que você realmente pode fazer uma diferença.”
Holly Gordon, diretora-executiva da 10×10, disse que a campanha permitiu que eles discutissem alguns dos maiores problemas sociais e econômicos do mundo enquanto divulgavam o filme. “Em 2009 eu vi essa incrível oportunidade de transmitir uma mensagem e formar um público”, ela disse. A partir de uma página no Facebook, Gordon atraiu parcerias com ONGs de ajuda e grandes empresas que compartilhavam seus objetivos e puderam colocar uma força de marketing internacional por trás do filme.
Leia mais:
Secretaria de Políticas para as Mulheres repudia episódio do trote na USP São Carlos
Governo lança novo plano para combater o tráfico de pessoas
No mês passado a empresa de microchips Intel, um parceiro fundador de Girl Rising, abrigou uma projeção privada e um debate sobre a educação das meninas com a Fundação Mulheres do Mundo e Tina Brown, editora-chefe de Newsweek e The Daily Beast. “Quando você educa as meninas, boas coisas acontecem”, disse Brown. O filme também foi exibido no festival Sundance e até agora já foram solicitadas 461 projeções nos Estados Unidos.Secretaria de Políticas para as Mulheres repudia episódio do trote na USP São Carlos
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O Facebook também foi usado para disseminar a pesquisa sobre a educação das meninas reunida durante a elaboração do filme. “Começamos nossa página em 2012 e hoje temos mais de 250 mil amigos. Nossas áreas mais populares são Egito, Índia e Paquistão”, disse Gordon, filha de pais britânicos que cresceu no Quênia e cujo pai trabalhava para o Banco Mundial. Ela espera provar que histórias importantes podem ter um amplo público e que parceiros de investimento não precisam ter o controle editorial.
“O bem empresarial e o bem social podem andar de mãos dadas”, disse Gordon. “Quando as pessoas virem o filme, espero que elas pensem que contamos cada história do ponto de vista das meninas e pela lente de uma escritora que cresceu no país sobre o qual escreveram. Existe muito pouco julgamento moral, e essas meninas não sentem pena de si mesmas, mas crescem em um mundo que é limitador para elas.”
Para mais informações sobre Girl Rising, acesse girlrising.com.
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