sexta-feira, 22 de março de 2013

DESEMPREGO ESTARIA EM 6,5% COM ESTRUTURA PRODUTIVA DE 2002, DIZ BC

Desemprego estaria em 6,5% com estrutura produtiva de 2002, diz BC
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MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO

O presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou nesta sexta-feira (22) que transformações ocorridas na economia brasileira nos últimos dez anos explicam a combinação atípica de crescimento baixo e desemprego em queda.
A primeira mudança citada por Tombini é a menor participação de jovens com idade entre 18 e 24 anos no mercado de trabalho. "Estão estudando mais", disse, atribuindo esse comportamento ao aumento de vagas e ampliação do crédito educacional. "Com a ampliação da renda, os pais tiveram condição de reter seus filhos --jovens adultos, estudando-- em vez de ir para o mercado de trabalho."
Se o mesmo número de jovens continuasse entrando no mercado, disse o presidente do BC, a taxa de desemprego hoje estaria em torno de 6,3%, e não 5,5% como agora.
Outra questão citada por ele foi o crescimento do setor de serviços, na esteira da ascensão da classe média. "O setor de serviços tem crescido mais do que média da economia por vários anos", disse. "Essa nova estrutura da economia brasileira faz com que a taxa de desemprego seja menor. Se tivéssemos a mesma estrutura produtiva de dez anos atrás, a taxa não seria 5,5%, seria 6,5%".
A conjuntura também foi observada pelo presidente do BC. Segundo Tombini, na retomada da economia em 2009 muitas empresas tiveram perdas recontratando funcionários que haviam sido demitidos durante o auge da crise internacional.
Dessa vez, diz ele, prevendo uma retomada do crescimento, os empresários estão evitando fazer demissões. "Você continua retendo mão de obra, ainda que a utilize um pouco menos com a desaceleração da economia."

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