Padilha afirma que se cubanos pedirem asilo, questão será analisada
Rebatendo a fala do deputado estadual Ronaldo Caiado (DEM-GO) na sessão da Comissão Geral do Programa Mais Médicos, no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília nesta quarta-feira (4), o ministro da saúde, Alexandre Padilha, afirmou que se médicos cubanos quiserem pedir asilo, "a questão será analisada, mas se e quando isso acontecer".
"Esta previsão não pode impedir que se use mecanismo que outros países usam. Quero sugerir que mesmo antes de ir para organização Internacional de Trabalho, em Genebra, como sugeriu, acompanhe os médicos e veja se eles não têm passaporte. Possuem documentos e terão registro obrigatório do CRM", disse Padilha.
O presidente do DEM havia afirmado que os cubanos chegam sem passaporte e questionou por que, se vivemos uma democracia no Brasil, foi escondido o acordo com a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) para que os médicos cubanos fossem trazidos ao país. Caiado ainda comentou que eles "vêm com nota fiscal".
Além disso, Caiado citou que 78% da população critica o sistema de saúde do governo e que foram prometidas 500 UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e que apenas 58 foram criadas. "É uma diferença oceânica", afirmou Caiado.
Escolta
O deputado continuou dizendo que enquanto o médico europeu vai para um hotel, assiste a um jogo de futebol ou vai ao teatro, o cubano chega guardado pela polícia, escoltado e fica restrito dentro de um quartel ou mosteiro. Não podem trazer família, passaporte, anistia. Não terão conta bancária. "Que subserviência do Brasil é esta?", questionou.
Ele voltou a dizer que dos 35 mil médicos cubanos enviados à Venezuela, dois mil fugiram e pediram asilo político aos Estados Unidos, especialmente em Miami: "Sete médicos e um enfermeiro entraram com ação argumentando que viveram de forma análoga a trabalho escravo"
Caiado disse que os prefeitos que estão aceitando esses profissionais são inocentes úteis e serão corresponsáveis se os cubanos saírem do país ou entrarem na corte internacional por trabalharem fora da legislação brasileira nesse país.
"Queremos a saúde do povo brasileiro, mas isso não pode ser usado como massa de manobra, na qual os cubanos sirvam de cabo eleitoral para 2014", finalizou.
O deputado continuou dizendo que enquanto o médico europeu vai para um hotel, assiste a um jogo de futebol ou vai ao teatro, o cubano chega guardado pela polícia, escoltado e fica restrito dentro de um quartel ou mosteiro. Não podem trazer família, passaporte, anistia. Não terão conta bancária. "Que subserviência do Brasil é esta?", questionou.
Ele voltou a dizer que dos 35 mil médicos cubanos enviados à Venezuela, dois mil fugiram e pediram asilo político aos Estados Unidos, especialmente em Miami: "Sete médicos e um enfermeiro entraram com ação argumentando que viveram de forma análoga a trabalho escravo"
Caiado disse que os prefeitos que estão aceitando esses profissionais são inocentes úteis e serão corresponsáveis se os cubanos saírem do país ou entrarem na corte internacional por trabalharem fora da legislação brasileira nesse país.
"Queremos a saúde do povo brasileiro, mas isso não pode ser usado como massa de manobra, na qual os cubanos sirvam de cabo eleitoral para 2014", finalizou.
Banalização
O ministro da saúde, Alexandre Padilha, teve direito a responder as questões de Caiado: "Sua fala, deputado, mostra claramente que quem está mais preocupado com eleição não é o governo. Prefeitos de todos os partidos nos solicitaram médicos. Acompanhei por muito tempo a PEC contra trabalho escravo e uma questão importante é que não se pode banalizar o termo trabalho escravo".
Você é a favor da contratação de médicos estrangeiros para atuar em áreas carentes?
Ele voltou a dizer que não existe nenhum paralelo nas missões externas dos médicos cubanos em países da África e Europa, como Portugal. "Lá, o programa não foi só bem sucedido como quando se tentou tirar os profissionais, a população e o presidente da ordem dos médicos, feroz opositor à ida dos cubanos, disse que era natural que o povo defendesse que eles ficassem".
Sobre a forma de pagamento, o ministro admitiu que são condições diferentes. Ele afirmou que os cubanos têm emprego fixo, mas participam de missões humanitárias e missões externas e que isso dá bônus para suas carreiras, com valores diferentes.
"Os outros médicos estrangeiros estavam desempregados em seus países e não vão ter emprego garantido quando voltarem depois de três anos. Há realidades diferentes. Se cidadãos de outros 58 países recebem tratamento por esta estratégia, não vou deixar que os brasileiros não tenham", finalizou.
"Os outros médicos estrangeiros estavam desempregados em seus países e não vão ter emprego garantido quando voltarem depois de três anos. Há realidades diferentes. Se cidadãos de outros 58 países recebem tratamento por esta estratégia, não vou deixar que os brasileiros não tenham", finalizou.
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