sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Após anúncio de saída, indicados do PSB mantêm atividades no governo Dilma

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DANIEL CARVALHO
DO RECIFE
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Enquanto a presidente Dilma Rousseff não expõe o que pretende fazer com seus ministérios após o PSB anunciar a entrega dos cargos no Planalto, indicações pessebistas que comandam órgãos do segundo escalão seguem suas atividades à espera de definição.
Indicado ao cargo pelo presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o engenheiro João Bosco de Almeida, presidente da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), formalizou o pedido de afastamento do cargo na segunda-feira (23) e disse que trabalhará normalmente até que seu substituto assuma o posto.
Segundo Almeida, que é filiado ao PSB, a Chesf tem R$ 4 bilhões em obras contratadas e ainda promove ajustes por causa da medida provisória que reduziu a conta de energia em 2012.
"Essas coisas não devem ser prejudicadas por essa mudança", disse à Folha.
Após a transição, Almeida quer conversar com Campos (PSB-PE) para definir seu futuro. "Decerto ele vai me dar uma tarefa para ajudar o partido", disse o engenheiro, no comando da Chesf desde dezembro de 2011.
SUDENE
Indicação do governador Wilson Martins (PSB-PI), o superintendente da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste), Luiz Gonzaga Paes Landim, também tem cumprido normalmente sua agenda administrativa.
Landim espera as mudanças na Integração Nacional, ministério ao qual a Sudene está subordinada.
O titular da pasta, Fernando Bezerra (PSB-PE), ouviu da presidente Dilma um pedido para que ficasse no cargo até o final desta semana.
Em seus últimos dias no comando da pasta, Bezerra tem intensificado a agenda pelo Nordeste, principalmente em Pernambuco, onde pretende disputar o governo do Estado, apesar de não ter recebido de Campos nenhuma sinalização nesse sentido.
Nas redes sociais, Bezerra confirma que deixará o cargo.
"Estamos finalizando nosso trabalho no Ministério da Integração Nacional para cumprir uma decisão do PSB, que deliberou, através de sua Executiva nacional, o afastamento do governo federal para que o partido fique livre para discutir o seu projeto interno para 2014", escreveu.

Outro que age como se nada tivesse mudado é ministro dos Portos, Leônidas Cristino (PSB-CE). Nesta sexta-feira (27), estava prevista a participação dele no lançamento da consulta pública para o segundo bloco de portos a serem licitados, no Paraná.

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