terça-feira, 3 de setembro de 2013

Movimentação do grupo 'black bloc' surpreendeu sindicatos e policiais

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MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO
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País em protestoQuase uma hora depois de iniciada a passeata das centrais sindicais pelo "Dia Nacional de Luta", no centro do Rio, de diferentes pontos da avenida Rio Branco surgem jovens que de suas mochilas tiram camisetas, máscaras, casacos e bandeiras pretas.
No meio dos manifestantes, uma grande massa negra se forma e caminha, compacta, para a frente da passeata.
Em uma reunião de avaliação ontem pela manhã, as centrais sindicais foram unânimes em reconhecer que a movimentação do grupo surpreendeu.
A presença de partidários do movimento "black bloc" era esperada, tanto que as centrais contrataram em torno de 100 seguranças com a incumbência de mantê-los afastados da manifestação.
Mas as centrais não estavam preparadas para a forma como os simpatizantes do movimento surgiram. Repentinamente, mais de 250 mascarados, vestidos de preto e carregando pedras, paus e coquetéis molotov, cercou policiais militares que acompanhavam a manifestação.

Protestos no Rio de Janeiro

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Antonio Lacerda/Efe
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Policiais lançam gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes em frente ao Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro
Um deles foi pego por um grupo de homens que seguiam a passeata. Quando tentaram entregar o mascarado aos policiais, começaram as agressões.
A Polícia Civil informou, através de nota, que policiais monitoram e investigam os manifestantes que agem com vandalismo durante as manifestações, inclusive os "black bloc".
A ação desse grupo de homens, mais velhos, cabelos cortados bem curtos e usando casacos de moleton, chamou a atenção de investigadores. Há a desconfiança de que tenham se infiltrado para ampliar o tumulto entre os black blocs e policiais.
Foi esse grupo que "apreendeu" uma caixa com 12 coquetéis molotov e destruiu os artefatos diante de cinegrafistas.
Mais tarde, durante a madrugada, a guarda do Palácio Guanabara informou que uma mochila com oito coquetéis foi deixados de lado diante da sede do governo do Rio.

Desde o dia 10 de junho, 53 pessoas já foram detidas por crimes como furto qualificado, formação de quadrilha e porte de explosivos, sendo 29 liberadas mediante pagamento fiança. Vinte e cinco menores também foram apreendidos

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