terça-feira, 20 de novembro de 2012

SEGUNDO DIA É INICIADO LEMBRANDO A LUTA DE CULTURA NEGRA E DA REFORMA AGRÁRIA

Segundo dia é iniciado lembrando a luta da cultura negra e da reforma agrária

Por Flávia Cavalcanti
Na manhã de hoje (20), no VIII EnconASA, em Januária (MG), a mística foi um momento marcado pelas histórias de força e luta da cultura negra. Hoje é dia da Consciência Negra, dia de Zumbi, de manter viva na memória a importância que a cultura afro tem para o povo brasileiro.

Dia 20 de novembro também é marcado por outra luta que defende a democratização da terra. Esta data ficou marcada como símbolo de resistência por ter sido nela que ocorreu, há oito anos, o massacre de Felisburgo, no município de mesmo nome.
Na narrativa poética e sensível da mística de abertura do segundo dia do encontro, foi enfatizada a luta da reforma agrária e o massacre de Felisburgo. O texto do compositor Pedro Munhoz se tornou a voz e a expressão de todos os agricultores e agricultoras que estavam presente no auditório do VIII EnconASA, que ecoaram todos/as num grito forte:“Tombaram cinco sem terra, mas nós seguimos em frente.”

E assim numa representação simbólica do massacre de Felisburgo, os corpos caíram ao chão e o pano vermelho que cobriam os corpos revelava a chacina e a violência. Com tamanho sofrimento, homens e mulheres ergueram-se num só grito de dor: “Para cada morte, gritaremos mais forte: Reforma Agrária. Para cada morte gritaremos mais forte: Reforma Agrária.”

Para finalizar, o povo do Semiárido brasileiro cantou e dançou em homenagem a Zumbi dos Palmares, Antônio Conselheiro, povos quilombolas e trabalhadores e trabalhadoras que acreditam na luta contra a opressão e pela cidadania.

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