quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Dinheiro público responde por 89% dos R$ 6,7 bi gastos com estádios da Copa até agora
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José Cruz*
Do UOL, em Brasília (DF)
  • Lula Marques/Folhapress
    O Estádio Nacional, em Brasília, para 71 mil pessoas; custo de mais de R$ 1 bi e 100% de dinheiro público O Estádio Nacional, em Brasília, para 71 mil pessoas; custo de mais de R$ 1 bi e 100% de dinheiro público
Dos R$ 6,7 bilhões aplicados até agora nas obras dos 12 estádios para a Copa do Mundo de 2014, R$ 4 bilhões foram investimentos do governo federal, e apenas R$ 612 milhões vieram da iniciativa privada, ou 10.94% do total.

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As informações estão no mais recente relatório do TCU (Tribunal de Contas da União), aprovado nesta quinta-feira, em Brasília, referente ao acompanhamento pelo órgão dos gastos públicos para preparar o país à Copa das Confederações, em 2013, em Copa do Mundo, em 2014.
Nas obras de mobilidade urbana, os investimentos já chegam a R$ 11,7 bilhões. Desse total, R$ 7,1 bilhões são financiamentos públicos federais e R$ 4,6 bilhões dos governos municipais, sendo zero a participação da iniciativa privada.
O mesmo relatório apresenta um balanço sobre as aplicações nas obras de aeroportos, uma das últimas a ter início no rol das iniciativas para a Copa de 2014, embora seja o sistema aeroportuário brasileiro um dos maiores gargalos logísticos do país.
Até agora, nos terminais aéreos, foram investidos R$ 7,3 bilhões, sendo R$ 3,6 bilhões do governo federal e R$ 3,6 bilhões da iniciativa privada. A forte participação empresarial nesse item deve-se à terceirização de alguns aeroportos para a empresas particulares, aliviando, assim, o ônus dos gastos públicos.
Já sobre as obras de expansão e melhorias nos portos, os fiscais do TCU identificaram que até agora foram feitos apenas investimentos federais, num total de R$ 898 milhões. Os recursos, foram aplicados em sete frentes de trabalho: Fortaleza, Manaus, Natal, Recife, Santos, Rio de Janeiro e Salvador.
Um dos setores que teve menos recursos financeiros aplicados é o de turismo. Segundo o relatório do TCU, assinado pelo ministro-relator, Valmir Campelo,  o governo federal promoveu investimentos na ordem de R$ 194 milhões. Os governos municipais participam com R$ 18 milhões e é zero o interesse da iniciativa privada para o setor turístico da Copa.
Enquanto isto temos a situação da saúde com um unico hospital em Natal, no caso o Walfredo Gurgel, antigo e precisando de uma outra estrutura no Estado, postos de saúde precários sem nada, mas, temos recursos para estádios de futebol e votação de isenção de imposto para FIFA.
A educação como relatamos na matéria anterior, em termos de estrutura, o exemplo mais emblemático é o Colégio Atheneu um dos mais antigos do Estado e por não dizer famoso de décadas passadas. Que hoje agoniza enquanto corremos atrás de uma copa do mundo. É como sempre se diz: Este é o País do futebol.

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