quinta-feira, 19 de abril de 2018

Nobel da Paz diz que Lula é "preso político" e deixa carta, após ser impedido de fazer visita



Jornal GGN - O Prêmio Nobel da Paz Adolfo Perez Esquivel foi impedido pela juíza Carolina Lebbos de vistoriar as condições da prisão do ex-presidente Lula. Como a magistrada, nesta quinta (19), também não quis analisar um segundo pedido para visitar Lula como amigo pessoal, o argentino teve de escrever uma carta para ser entregue ao petista.
 
Esquivel disse que a decisão da juíza é "muito grave porque se está tirando o direito de visitas neste caso. E nos preocupa porque o Brasil está vivendo um Estado de Exceção e a prisão de Lula está afetando a todos."
 
Na visão do ativista, Lula é um "preso político" e deveria ser respeitado como tal. "Lamento que tenham violado mais este direito", disse.
 
Na carta, Esquivel anotou que o mundo tem se mobilizado em favor de Lula e desejou ao ex-presidente força e esperança para superar esta situação.
 
"Vamos seguir acompanhando a luta. O Brasil vve um Estado de Exceção. Primeiro um golpe de Estado contra a presidente Dilma, e agora a prisão de Lula. Precisamos pensar que tipo de democracia temos, não só aqui, mas na América Latina", disse à militância que acampa nas proximidades da Superintendência da Polícia Federal do Paraná.
 
Esquivel ainda chamou atenção para o fato de que outras lideranças internacionais tentarão visitar Lula e que, por isso, seria bom a juóza repensar os direitos do ex-presidente. 
 
No último dia 12, traçando um perfil da margistrada, o UOL entrevistou uma advogado que disse que Carolina Lebbos gosta de "pedir a benção" de Sergio Moro quando tem de lidar com presos da Lava Jato.
 
Por isso, ela acolheu prontamente a manifestação em que Moro determinou que Lula não deveria ter nenhum "privilégio" nas visitas em relação aos outros presos.
 
O portal escreveu que Lula só pode receber a visita de familiares, uma vez por semana.

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