quarta-feira, 6 de março de 2013

POUPANÇA TEM CAPTAÇÃO RECORDE DE R$ 4,62 BILHÕES NO PRIMEIRO BIMESTRE

Poupança tem captação recorde de R$ 4,62 bilhões no primeiro bimestre
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DO VALOR

Os depósitos superaram os saques na caderneta de poupança em R$ 2,32 bilhões em fevereiro, informou nesta quarta-feira (6) o Banco Central. Trata-se do melhor desempenho para meses de fevereiro da série histórica do BC, com início em 1995. O antigo recorde de meses de fevereiro tinha sido registrado em 2008 (R$ 1,388 bilhão).
O resultado do mês passado ainda supera ligeiramente a captação de janeiro (R$ 2,3 bilhões) deste ano. Em fevereiro de 2012, a captação líquida da poupança foi negativa em R$ 412,520 milhões.
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No acumulado do primeiro bimestre deste ano, a captação líquida está positiva em R$ 4,620 bilhões, recorde histórico. No mesmo período do ano passado, houve saída líquida de R$ 415,358 milhões.
As instituições financeiras que aplicam os recursos da caderneta em crédito imobiliário tiveram em fevereiro captação líquida de R$ 1,750 bilhão. Já a captação líquida dos bancos que destinam dinheiro ao crédito rural ficou positiva em R$ 569,486 milhões.
Considerando os rendimentos de R$ 2,446 bilhões em fevereiro, as cadernetas alcançaram um saldo de patrimônio total no segundo mês do ano de R$ 505,602 bilhões.
Em maio do ano passado, o governo atrelou os juros da caderneta à taxa básica de juros (Selic) para evitar que outras aplicações financeiras de renda fixa perdessem atratividade frente à poupança em função da queda do juro básico.
Os recursos depositados a partir de 4 de maio de 2012 rendem o equivalente a 70% da Selic mais Taxa Referencial (atualmente zerada). Com a Selic em 7,25% ao ano, isso equivale a rendimento de 5,075% ao ano ou 0,4134% ao mês. Mesmo que a Selic mude ao longo do período mensal considerado, a taxa aplicável é a vigente na data em que se deposita, ou seja, a do início do período. Para depósitos anteriores a 3 de maio de 2012, a remuneração continua sendo de 6,17% ao ano mais TR, o que representa 0,5% ao mês.
Embora com remuneração menor, a poupança ainda continua atrativa porque é isenta de tributos e não cobra taxas de administração.
De acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a rentabilidade da nova poupança ganha de todos os fundos de renda fixa com taxa de administração a partir de 2% ao ano, independentemente do prazo para resgate dos recursos. Já para os fundos que cobram 1,5% ao ano de taxa, a nova poupança ganha quando o prazo de resgate oferecido por eles é até um ano, empata nos prazos entre um ano e dois anos, e só perde quando o resgate pode ser feito a partir de dois anos.
Só os fundos com taxas de administração de 0,50% ao ano - concedidos, normalmente em aplicações acima de R$ 50 mil - sempre vencem da poupança com remuneração nova, independentemente dos prazos de resgate determinados.
A poupança antiga é mais vantajosa que todas as opções de fundos destacadas pela Anefac, com taxas de administração entre 0,50% ao ano e 3% ao ano e qualquer prazo de resgate.

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