quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Por que Juscelino Kubitschek aumentou tanto a capacidade de armazenamento de água no Nordeste?



Em janeiro de 1957, o presidente Juscelino Kubitschek inaugurou o açude Pentecostes, no Ceará, com capacidade para armazenar 400 milhões de metros cúbicos de água.

A foto acima mostra a solenidade de inauguração, quando a população local recebeu as autoridades em grande aclamação. A cerimônia ocorreu próximo a grandes maquinários importados, utilizados na construção do açude e um forte símbolo do progresso e da transformação do Nordeste.

Os açudes eram vistos como uma tecnologia que produzia “inestimáveis benefícios, no tocante à fixação do homem ao campo”. O presidente Kubitschek concretizava “um programa de realizações em favor do Nordeste”, com foco na “conclusão e exploração das obras, antes que elas se eternizem”.

A conclusão do açude Pentecostes e de outros pequenos açudes, no Ceará e nos estados da região, representou um aumento de mais de 50% da água represada nas obras construídas, desde o reinado de Dom Pedro II, até janeiro de 1956.
Era preciso garantir a “salvaguarda dos direitos de todos os cidadãos para que pudessem manter o mesmo ritmo de progresso”.
A proposta era que os açudes públicos tivessem um cunho social, de democratização das águas e acesso às terras, por parte dos produtores, para aprenderem a dominar as técnicas da irrigação, das vazantes.

Todavia, a desapropriação das terras onde estavam localizados os açudes públicos, declarando-as de interesse público, muitas vezes esbarrava no excesso de burocracia estatal.

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