Cacique Raoni vai ao Congresso e responde aos ataques que Bolsonaro fez contra ele na ONU
Maia
garantiu que não vai pautar no Plenário da Câmara projetos que
flexibilizem a mineração ou que permitam uma atuação maior de
madeireiras em terras indígena
O líder indígena esteve na Câmara dos Deputados ao lado de parlamentares que defendem o Meio Ambiente e políticas indigenistas. “Eu volto a repetir que minha fala é para o bem-viver, minha fala é tranquila e não ofendo ninguém. Que todo mundo viva com saúde e tranquilidade”, prosseguiu por meio de uma intérprete, a índia Kainú, apresentada como representante das mulheres do Xingu.
Diante de autoridades que representam os 193 Estados-membros das Nações Unidas, Bolsonaro se referiu a Raoni “peça de manobra” usada por governos estrangeiros na “guerra informacional para avançar seus interesses na Amazônia”, afirmou.
Hoje com 89 anos, Raoni Metuktire, da etnia caiapó, se tornou conhecido no mundo inteiro no final da década de 1980 quando participou, ao lado do cantor Sting, de uma conferência de imprensa da turnê Human Rights Now!, da Anistia Internacional. A proposta era chamar atenção às causas indígenas e ambientais. Na mesa época o cacique se posicionou fortemente contra o projeto da barragem de Kararaô, hoje, conhecida como Belo Monte.
Na Câmara, Raoni foi recebido pelo presidente da casa, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). O parlamentar garantiu que não vai pautar no Plenário projetos que flexibilizem a mineração em terras indígenas ou que permitam uma atuação maior de madereiras na região amazônica.
“Nossa intenção é que a gente possa construir projetos que sinalizem aos brasileiros e ao mundo a nossa preocupação com o meio ambiente”, disse Maia.
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