Intercept denuncia farra de militares na Europa
Renato Vaz e Luana, Andre Cunha e Rita Asfury e Rita e Fernando Libório estão na Europa juntos com outros 58 casais que partiram do Rio de Janeiro para a “Viagem de Estudos Estratégicos ao Exterior” – assim como foi batizada pelo Exército. Fazem parte do grupo 57 alunos da Eceme, quatro instrutores e as respectivas esposas. A já tradicional viagem de final de ano é promovida pelo Curso de Política Estratégica e Alta Administração do Exército, o CPEAEx, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, a Eceme.
Renato – assim como os outros alunos que viajaram na mesma comitiva – recebeu R$ 19 mil em “ajuda de custo” para passar os 13 dias na Europa. Os finais de semana também são remunerados. Ninguém precisa justificar como usou o dinheiro.
Só nas passagens dos coronéis, a viagem custou cerca de R$ 335 mil em dinheiro público. O maior valor, no entanto, é da ajuda de custo: pelo menos R$ 1,25 milhão. No total, o tour custou a mim e a você mais de um milhão e meio de reais – com a alta do dólar, saiu mais caro do que as edições anteriores da viagem.
O objetivo da viagem, segundo o Exército, é promover “o assessoramento de alto nível aos altos escalões do Exército, do Ministério da Defesa e do Poder Executivo”. A programação inclui visitas à Otan e ao Ministério da Defesa, além de apresentações de embaixadores e militares franceses. Enquanto os maridos cumprem o protocolo, as mulheres têm uma programação específica. O roteiro de estudos é intercalado com tardes e manhãs livres e city tours.
Pegaram os dois ônibus em direção ao Galeão e, de lá, partiram pela AirFrance para Paris. O comandante da Eceme, general de brigada Rodrigo Vergara, levou também a filha. Perguntamos isso à escola – que não confirmou. Nós fomos até lá para conferir, e tiramos essa foto.
De The Intercept
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