terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Vendendo o peixe da dessalinização da água do NE, Bolsonaro quer comprar o maior reduto lulista. Por Kiko Nogueira


Bolsonaro e o astronauta Marcos Pontes, futuro ministro
A briga de Bolsonaro com a mídia, especialmente a Globo, é um jogo de cena que agrada os indigentes mentais que o seguem, compradores da narrativa oficial de que ele não é aceito pelo “sistema”.

a vida real, a cobertura cotidiana da saga bolsonarista é coisa de relações públicas qualquer nota.Ele vai para a Restinga da Marambaia passar o fim de ano, publica fotos e vídeos lavando roupa e secando no varal em suas redes e os jornais reproduzem.
Ainda tem equipes de repórteres no mar à procura de sabe Deus o quê — do Queiroz é que não é.
Já tinha sido assim com os clássicos “Bolsonaro vai ao banco” e “o novo corte de cabelo de Bolsonaro”.
A papagaiada marqueteira da vez é um plano para conquistar o Nordeste, a última fortaleza lulista.


A matéria repete, acriticamente, o que o sujeito grita no Twitter.
A saber, que o futuro ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, visitará em janeiro plantações e o escritório de patentes no país do Oriente Médio.

Ainda em janeiro, espera-se que seja implantada no Nordeste brasileiro uma instalação piloto para tirar água salobra de poços, dessalinizar, armazenar e distribuir para a agricultura familiar da região.
“Pretendemos ainda em janeiro construir instalação piloto para retirar água salobra de poço, dessalinizar, armazenar e distribuir para agricultura familiar, estendendo o projeto para mais localidades após testes e ajustes”, escreveu JB.
Ele quer uma resposta à transposição do São Francisco, marca dos governos petistas.
Temos então o astronauta Marcos Pontes como líder da missão.
Pontes, aquele que vendia “travesseiros da Nasa” e foi investigado pelo Ministério Público Militar sob a suspeita de ter faturado com a venda de produtos e palestras enquanto era oficial da ativa da Aeronáutica, vai aprender como funciona essa tecnologia e um paraíso será instalado no sertão.
Pode dar certo? Ora, milagres acontecem.
Cui bono? Quem se beneficia?
Aposto como os nordestinos estão no rodapé desse conta.
Por enquanto, é demagogia barata e assim deve ser tratado.
Bolsonaro mexe com o velho paralelo entre dois desertos, Israel e o Nordeste, sendo que um domou a natureza e o outro vive na seca.
O factoide vira manchete e um abraço.
O Queiroz? Continua desaparecido, numa boa, rindo de você.

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