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Será apresentado na terça-feira 11 o relatório final da comissão
externa da Câmara sobre os assassinatos da vereadora carioca Marielle
Franco e de seu motorista Anderson Gomes. O texto do relator, deputado
Glauber Braga (Psol-RJ), terá críticas à demora na elucidação do caso e
às investigações conduzidas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público
do Rio de Janeiro.
Marielle e Anderson foram assassinados em 14 de março, após o
carro em que eles estavam ter sido atingido por 13 tiros, na zona
central do Rio de Janeiro. Quase nove meses depois do crime, não se
chegou ainda aos autores nem aos mandantes do crime.
“A gente não pode considerar razoável que, depois de tanto tempo,
não se tenha um indicativo evidente de quem matou, quem mandou matar e
qual foi a motivação da execução de Marielle e de Anderson”, afirma o
deputado.
O caso também é acompanhado pela Comissão Interamericana de
Direitos Humanos e pela Anistia Internacional. A Polícia Federal chegou a
anunciar a investigação de supostas ações de uma organização criminosa
para impedir a elucidação do crime. Para o relator Glauber Braga, essa
demora coloca todos os defensores de direitos humanos em risco.
“Enquanto não houver a
elucidação do caso, há uma potencial ameaça a todos os defensores de
direitos humanos, mais especificamente os do Rio de Janeiro”, alerta.
“Quem tramou a execução de Marielle queria dar um recado e, a partir do
momento em que os investigadores não chegam à conclusão ou não
explicitam para quem o recado foi dado e o porque, essa ameaça pesa
sobre os são defensores de direitos humanos”.
➤ Leia também: Familiares lançam livro de Marielle, ainda à espera de respostas
A análise do relatório da comissão externa está prevista para o início da tarde de terça-feira. No dia seguinte, a vereadora Marielle Franco também será lembrada na audiência da Comissão de Direitos Humanos sobre os 30 anos da Constituição brasileira e os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A audiência terá as presenças do teólogo Leonardo Boff, ex-ministros e dirigentes de órgãos ligados aos direitos humanos.
* Com informações da Agência Câmara
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