domingo, 23 de dezembro de 2018

Justiça condena Ministro do Meio Ambiente: é o cartógrafo das mineradoras!

Bolsonarista mudou mapas do rio Tietê para irrigar empresas
publicado 20/12/2018
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Ricardo Salles, futuro ministro bolsonário do 1/2 Ambiente (Reprodução: Facebook)

Da Fel-lha, por Ana Carolina Amaral e Rubens Valente:

Justiça de SP suspende direitos políticos de Salles, indicado por Bolsonaro para o Meio Ambiente


Indicado por Bolsonaro para ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles foi condenado nesta quarta (19) pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por improbidade administrativa, em um ação movida pelo Ministério Público em 2017, quando ele ocupava o cargo de secretário estadual de Meio Ambiente de São Paulo.

O juiz Fausto José Martins Seabra condenou Salles à suspensão dos direitos políticos por três anos e o pagamento de uma multa equivalente a dez vezes o salário de cerca de R$20 mil que recebia quando secretário. Com a decisão, ele também fica proibido de ser contratado pelo Poder Público.

(...) Questionado se a condenação pode impactar sua indicação ao ministério, Salles respondeu que a decisão não depende só dele. “Ainda vou conversar com o Bolsonaro”, diz.

A ação acusa Salles de cometer fraude na elaboração do plano de manejo da Área de Proteção Ambiental Várzea do Rio Tietê, com propósito de beneficiar empresas de mineração e filiadas à Fiesp – Federação da Indústria do estado de São Paulo. Inquérito civil apurou irregularidades como a modificação de mapas, alteração da minuta do decreto do plano de manejo e perseguição a funcionários da Fundação Florestal.

(...) O Ministério Público era o relator do plano de manejo que tramitava em comissão do Consema, o Conselho Estadual de Meio Ambiente. Em fevereiro de 2016, o MP entregou ao conselho o relatório final. No final daquele ano, o MP pediu vista dos autos e “verificou uma série de modificações, as quais foram levadas a cabo no período de fevereiro a dezembro de 2016, em gabinete fechado, pela Secretaria do Estado do Meio Ambiente em diálogo com entidades representantes de empresários, como a Fiesp.

Na ação de improbidade, o MP apontou que “as entidades patronais discordaram integralmente do texto aprovado no plenário na CTBio e, assim, ele foi deliberadamente retirado da pauta do Consema para tramitar no gabinete do secretário e para viabilizar as mudanças ilegais pretendidas”. (...)
Em tempo: segundo a própria Fel-lha, "mineradoras querem 25% de terras indígenas", área que equivale aos estados do Rio e SP! O sonho de consumo desses amigos do Salles é a reserva indígena Raposa Serra do Sol, em que os Moreira Salles (serão parentes???) sabem o que tem de melhor - PHA
Os Moreira Salles com o patriarca, Dr. Walther, e a sede da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), em Araxá, MG (Créditos: Reprodução/GQ e Opinião e Notícia/Divulgação)

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