Índios realizam manifesto contra emendas de demarcação de terras índigenas no AM
A ação
promovida pelos povos da região do Alto Solimões aconteceu em apoio a Semana
Nacional de Mobilização Nacional, que ocorreu em todo o país na primeira semana
de outubro
Os índios fizeram uma passeata pacífica pelas principais ruas de
tabatinga, onde exigiam respeito ao povo indígena
Aproximadamente
300 índios das etnias Ticuna, Kokama, Kambeba e Kanamari realizaram na
sexta-feira (4) um manifesto no município de Tabatinga (localizado a 1.108
quilômetros de Manaus em linha reta) em prol da Mobilização Nacional Indígena em
defesa da Constituição Federal. Os índios são contra as iniciativas do Congresso
Nacional e do Governo Federal sobre demarcação de terras indígenas e usufrutos
exclusivos previstos nas emendas constitucionais 215 e 237.
Uma carta dos
povos indígenas do Alto Solimões foi redigida em forma de repúdio ao Projeto de
Emenda Constitucional 215/00, que retira da Fundação Nacional do Índio (Funai)
os estudos e a demarcação de terra, violando o direito dos indígenas de uso da
terra, além da comercialização de terreno das áreas indígenas.
A ação
promovida pelos povos da região do Alto Solimões aconteceu em apoio a Semana
Nacional de Mobilização Nacional, que ocorreu em todo o país na primeira semana
de outubro, em comemoração aos 25 anos da regulamentação da Constituição
Federal, que define os direitos de indígenas, minorias, consumidor e meio
ambiente, por meio da lei.
Os índios
fizeram uma passeata pacífica pelas principais ruas de tabatinga, onde exigiam
respeito ao povo indígena.
Mobilização Nacional
Lideranças
indígenas do Vale do Javari, localizado no Amazonas, estiveram na última
terça-feira (1) na sede da Funai, em Brasília, em protesto aos empreendimentos
que causam impactos as suas terras como na exploração de gás e petróleo. Uma
reunião foi realizada entre os índios e representantes da Agência Nacional de
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), sobre os objetivos dos
procedimentos que serão realizados durante a ação.
Segundo os
representantes da ANP, as pesquisas sobre as potencialidades das áreas onde pode
ocorrer a exploração de gás natural estão sendo realizadas fora das terras
indígenas e não prejudicam os índios que vivem nesses
locais.
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