Comissão de Ética abre investigação contra Ideli e adverte presidente do Cade
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DE BRASÍLIA
A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu na manhã desta
segunda-feira (11) abrir um procedimento para investigar o uso
de um helicóptero da PRF (Polícia Rodoviária Federal) pela ministra Ideli
Salvatti (Relações Institucionais) e aplicar uma advertência ao presidente do
Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Vinicius Marques de
Carvalho. Segundo o presidente da Comissão de Ética da Presidência, Américo Lacombe, ainda não foi designado relator para o caso da ministra. Ideli visitou obras e participou de inaugurações em Santa Catarina, sua base eleitoral, em um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal que era usado, entre outras coisas, para fazer atendimentos médicos.
Ideli usa aeronave de resgate para visitar obras em Santa Catarina
Responsável pela articulação política do governo, Ideli usou cinco vezes a aeronave de 2012 a 2013 para inaugurar obras rodoviárias, lançar editais, inaugurar posto da PRF e se reunir com prefeitos. O caso foi revelado pelo "Correio Braziliense".
21.jan.2013/Reprodução | ||
Ministra Ideli Salvatti e o helicóptero da Polícia Rodoviária |
Procurada pela Folha, Ideli afirmou, por meio da assessoria, que "está à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos junto à Comissão de Ética Pública da Presidência República".
A ministra aproveitou para reafirmar nota divulgada anteriormente, na qual diz que "nos dias em que houve a utilização do helicóptero não ocorreu nenhum acidente que justificasse a requisição da aeronave para prestação de socorro". "Em Santa Catarina, há outras aeronaves que prestam serviços aeromédicos", disse ainda em nota.
Já a advertência ao presidente do Cade aconteceu, segundo Lacombe, porque Carvalho não tomou as providências necessárias para se desvincular do PT, partido que era filiado, antes de assumir o cargo no Conselho.
"Ele não tomou providencias necessárias para cancelar o registro dele do partido. Ele pediu, mas não foi atrás, não foi à Justiça Eleitoral. Tanto que algum tempo depois, depois de ele já ter se desligado do partido, numa relação aparece o nome dele como integrante. Ele não se considerava mais (filiado ao PT), mas ainda tecnicamente era (filiado)", afirmou Lacombe.
Procurada, a assessoria de imprensa do Cade ainda não se manifestou sobre o caso.
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